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CAPÍTULO TRINTA E TRÊS
6 MESES DEPOIS
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Pai, eu te amo também mas não pode me ligar enquanto eu estou segurando um prédio desabando, no meio da Alemanha! — Elizabeth esbravejou, fazendo força para manter a estrutura, enquanto tentava soldar uma prancha de metal.

— Eu sei, querida, desculpe. Mas você faz tanta falta aqui na Torre. Até o J.A.R.V.I.S. sente saudades. — Tony respondeu pelo intercomunicador. — Pepper tá te mandando um beijo, aliás.

Mande outro para ela, e eu também estou com saudades, mas a minha vida agora também é aqui, com a Nat. E tem sorte que eu não estou aí para te esculachar sobre dar a localização da mansão para terroristas, Sr. Stark. — Após conseguir manter o prédio intacto, Elizabeth o solta e vai em direção a sua casa.

Eu senti um pouco de ironia nesse Sr. Stark. — Ele dá uma pausa. — Tá bem, eu sou inconsequente, mas sabe como é, eu tava meio mal das ideias, mas já está tudo bem. Seu pai ainda arrebenta em chutar os traseiros dos vilões. — Anthony comenta, com entusiasmo.

Sim, eu sei disso. — A morena ri. — Quando o projeto da Torre dos Vingadores estiver pronto, me manda o arquivo e me liga, tô ansiosa. Preciso ir agora. — Ela informa, traçando a rota para casa, pela C.A.T.

Tudo bem. Eu te amo, Lizzie.

Também te amo, pai. — Ela desliga, não conseguindo tirar o sorriso do rosto por detrás do capacete.

A casa que o casal vivia era simples por fora, mas escondia muito bem o que importava para qualquer tipo de missão. A tecnologia lá presente era invisível a olho nu, mas a estrutura da casa comporta tanto as armaduras da Stark, quando armas e munição da Romanoff. Elizabeth se aproximava do local, ativando a distância a plataforma onde pousaria.

A armadura foi sendo removida de seu corpo pela C.A.T., enquanto a mulher caminhava para dentro de casa, por uma passagem no subsolo. Já livre do traje, ela caminhou tranquilamente para a parte superior da residência.

— Nat? Cheguei! — Ela anuncia a própria presença, abrindo a porta do quarto e se deparando com Natasha, em seu uniforme, colocando armas de todo tipo nos coldres. — Vai sair em missão e nem me avisou? — Elizabeth pergunta, não chateada de verdade.

— Desculpe, amor. Fui convocada para trabalhar com o Steve Rogers numa missão de resgate em alto mar. Não devo demorar mais que uma semana. Estarei em Washington por um tempo. — A ruiva caminhava com passos firmes até a saída, ao lado da namorada.

— Tudo bem, vai lá salvar o dia. Udachi, ne umiray, uvidimsya na rassvete. (Boa sorte, não morra, te vejo ao amanhecer) — A Stark recita o mantra das duas, em russo, claro.

Kak tol'ko vzoydet solntse. (Assim que o Sol nascer) — Natasha responde, como sempre fazia ao escutar a frase anterior.

A ruiva parou na porta de vidro reforçado, pronta para sair, mas antes, avançou na companheira, selando seus lábios com vontade. Aquilo nunca se tornaria algo banal. As borboletas batiam suas asas nos estômagos delas, como se fosse a primeira vez.

— Boa sorte, Nat. E manda um "oi" pro Steve por mim. — Elizabeth diz, a vendo sorrir e encarar com as esmeraldas que tanto gosta, quando Natasha afasta a franja recém cortada da namorada, delicadamente.

✓ ORLON ── NATASHA ROMANOFFOnde histórias criam vida. Descubra agora