CAPÍTULO QUARENTA E CINCO
─────── ✵ ───────TODOS OS VINGADORES — inclusive os novos aliados — se preparavam para ir às pressas até Sokovia. Elizabeth e Tony adicionavam novas IA's em suas armaduras, as nomeando unicamente como Sexta-Feira.
— Nem todos sobreviveremos. — Anthony começou, conversando com a filha, Bruce e Steve no andar onde as naves ficavam. — Se um dos bonecos de lata ainda ficar de pé, nós perdemos. Vai ser um banho de sangue.
— Não tenho planos para amanhã à noite. — Rogers sorri, tentando amenizar o clima.
— Mas eu tenho. Nat me deve um jantar. — Elizabeth responde, sorrindo apesar da preocupação.
— Eu vou direto pra cima do vilão. Ele tá esperando o Homem de Ferro. — Tony continua, quando Visão passa atrás dos quatro.
— É verdade. Você é quem ele mais odeia. — O androide diz, gerando um riso nervoso nos demais.
Todos estavam no Quinjet naquela altura. Apreensivos apesar da coragem, fortes e juntos apesar do medo. O dia estava amanhecendo naquela parte do mundo, lhes causando uma sensação de frio no estômago.
— Ultron sabe que estamos indo. É provável que recebamos artilharia pesada. E foi pra isso que viemos. Mas as pessoas de Sokovia, não sabem. Nossa prioridade, é tirar todos de lá. — Steve detalha o plano para todos.
Pietro e Wanda cuidariam dessa parte, com manipulação mental e avisos ligeiros a todo tipo de ponto de comunicação da cidade.
— Só o que eles querem é viver em paz. E isso não vai acontecer hoje. Mas faremos o melhor para protegê-los. E cumpriremos a missão. Vamos descobrir o que Ultron está construindo, vamos achar Romanoff... e tirar os civis de lá. Mantenham a luta entre nós. — Steve dá uma pausa. — Ultron pensa que somos monstros. Que somos o que há de errado com o mundo. Não tem a ver apenas com derrotá-lo, e sim mostrar se está certo.
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APÓS MUITA INSISTÊNCIA, Bruce conseguiu convencer Elizabeth a ficar e evacuar os civis com os outros, enquanto ele ia ao resgate de Natasha. As ruas estavam uma bagunça de carros e pessoas com medo, correndo para lá e para cá com malas e crianças. Tony foi em direção a igreja principal da cidade, já que Ultron o esperava lá, e ambos queriam tempo para suas respectivas missões.
De repente, as cópias do robô assassino brotaram do concreto, saíram de bueiros e dos rios, escalando prédios, voando por aí e explodindo coisas ao léu, apenas para causar pânico em massa e dificultar a evacuação.
A luta havia começado. Steve desmembrava e destroçava quantos podia, Elizabeth atirava em qualquer um que viesse em sua direção, Clint os explodia com suas flechas certeiras. Tony não estava diferente, e enquanto Visão desligava Ultron da internet, Thor procurava saber o que ele planejava para a cidade. Mais um problema surgiu quando um gigantesco pedaço da cidade começou a simplesmente desgrudar do chão e subir em direção aos céus.
— Sexta-feira? Pessoal? Estão vendo isso? — Orlon pergunta a todos.
— Sokovia vai dar um passeio. — A IA responde.
Todos pararam um segundo para por os pensamentos no lugar. Era tão irreal que custaram voltar a pensar direito e saber o que fazer.
— Estão vendo a beleza disto? A inevitabilidade. Vocês se erguem apenas para cair. — A voz de Ultron é emitida por cada robô que ele construiu de si mesmo. — Vocês, Vingadores, são o meu meteoro. Minha espada certeira e terrível. E a Terra irá rachar com o peso da derrota de vocês. Expurguem-me de seus computadores... voltem meu próprio sangue contra mim. Não significa nada. Quando a poeira abaixar, a única coisa viva neste mundo... será de metal. — Ele decretou, com uma voz assustadoramente fria.
Elizabeth voltou a realidade e voou com tudo até o pai, que encarava o enorme pedaço de terra com prédios em cima indo para o céu numa velocidade preocupante. A visão era como um pesadelo se tornando realidade, um sonho vívido bem na sua frente, e um problema que ela e sua equipe precisavam resolver.
— O núcleo de vibranium tem um campo magnético, é o que mantém a rocha íntegra. — Sexta-Feira disse aos dois Stark.
— E se cair? — Tony quem pergunta.
— No momento, o impacto vai matar milhares.
— Se for mais alto? — Elizabeth continua.
— Extinção Global. — E novamente, o pavor tomou conta de cada um dos Vingadores.
Não havia tempo a perder. Elizabeth voou pelo pedaço voador de cidade, evacuando quantas pessoas Sexta-Feita indicava em prédios desabando.
— Tony, se preocupe em levar a cidade de volta para o chão. O resto de nós tem uma tarefa... despedaçar essas coisas. Se forem feridos, firam eles de volta. Se morrerem... levantem e lutem. — Steve diz pelo intercomunicador de todos eles, visando construir um plano de última hora.
Elizabeth não parou por um mísero segundo de atirar em quantas máquinas conseguisse, e até o Hulk chegou para a briga. De repente, ela viu Wanda protegendo uma civil, e desceu pra ajudá-la, dispensado o Gavião para outro setor da cidade em caos. Cinco deles apareceram e não havia como pegar Wanda e destruí-los, então avançou na Maximoff e entrou com ela numa casa abandonada, despistando os robôs.
— Como deixei isso acontecer? — A garota perguntou retoricamente, claramente abalada.
— Você tá bem? Wanda! — Elizabeth abre o capacete para olhá-la.
— Não, é tudo culpa nossa.
— Olha pra mim. — Ela pede, e com algum esforço, a morena levanta o olhar. — A culpa é sua, é de todo mundo. Quem liga? Mas você é capaz, Wanda? Eu preciso saber, nós precisamos, porque a cidade tá voando. E eu sou só uma mulher numa armadura enfrentando um exército de robôs. Nada disso faz sentido. — Elizabeth diz, quando um tiro é disparado entre as duas e revidado por ela da mesma maneira. — Eu vou voltar lá porque é o meu trabalho, é a vida dos meus amigos, da minha família e de pessoas inocentes. Não importa o que você fez ou quem era, se for até lá, tem que lutar. Se não quiser, eu chamo seu irmão e vocês ficam aqui, mas for até lá... será uma Vingadora. — A morena sorriu para a aprimorada, a encorajando e perdoando o que ela havia feito. — Por Deus, tem robôs lá fora. — A Stark comenta, tentando acostumar-se com isso, antes de sair voando para mais luta.
PARTE 1/3 👀
Até a próxima!
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✓ ORLON ── NATASHA ROMANOFF
FanfictionORLON ── Homens e armas não são a solução. Mas uma mulher numa armadura pode fazer milagres. A GENIAL ELIZABETH Stark quer levar ao mundo seu projeto. ORLON pode ser a solução para encerrar de vez a produção de armas da empresa do pai, mas tudo muda...