CAPÍTULO 2
─────── ✵ ───────0410. A SENHA criada para Elizabeth — e apenas ela — foi digitada no painel de vidro, dando acesso a oficina. Ela caminhou um pouco e J.A.R.V.I.S. identificou sua presença.
— Boa noite, Srta. Stark. Presumo que a visita seja por seu projeto, estou certo? — A IA diz, fazendo brotar um largo sorriso no rosto da morena.
— Acertou em cheio! Acesse o arquivo ORLON-V34, paramos daí e preciso conferir alguns cálculos. — Lizzie dá a ordem e a inteligência projeta um holograma tátil. — Estou progredindo, J.A.R.V.I.S., logo mais fabricar armas não será necessário. Acha que meu pai vai aceitar bem a ideia? — Ela pergunta, caminhando em volta do holograma da armadura que projetou.
— Analisando o padrão de comportamento do Sr. Stark, não acho que teria a reação que procura.
— Talvez, mas se ele abrir a mente só um pouquinho... — Elizabeth tenta, quando Pepper entra correndo na oficina, fazendo com que a Stark desativasse os hologramas às pressas.
— Lizzie, aconteceu algo. — A secretária diz, respirando pesadamente e com as sobrancelhas franzidas em preocupação. — Seu pai, terroristas atacaram o camburão que ele estava e o levaram, acabei de saber. — Potts revela e o coração de Elizabeth erra uma batida. — Lizzie, você está bem?
Suas mãos suaram frio, seus batimentos dispararam e suas pupilas dilataram de medo. Mas ela é uma Stark, e o que eles bem sabem fazer é criar e mandar. Pelo ou menos, Elizabeth tentava se convencer disso naquele momento.
— Srta. Stark, seus batimentos cardíacos dispararam de repente. Devo chamar uma ambulância? — J.A.R.V.I.S. pergunta ao analisá-la, então a morena respira fundo e fecha as mãos num punho para esconder o leve tremor.
— Não será necessário, J.A.R.V.I.S. — Ela responde, voltando seu olhar para Pepper. — Eu quero todo o exército, CIA, FBI, até o Governo Americano procurando por meu pai. O maior homem da ciência e tecnologia desse século vai e precisa ser encontrado. — Elizabeth assume sua postura séria, não conseguindo tirar da mente que não disse ao pai um "eu te amo" há muito tempo, e de como se arrepende disso. — Ligue para o Rhodes e mande ele se virar pra conseguir todo satélite desse país atrás de qualquer sinal estranho na região em que ele foi levado. — Ela manda e Pepper se impressiona com a atitude dura e dedicada da mais nova, porém tendo um pressentimento claro de que ela não estava bem.
— Farei imediatamente. — A Srta. Potts responde e se retira, deixando Elizabeth com seus pensamentos barulhentos.
— J.A.R.V.I.S., volte com ORLON-V34 para a pasta privada. Eu... não consigo ficar aqui agora. — A morena manda e caminha com passos vacilantes até a porta. — Elabore um algoritmo e invada cada câmera desse país, cada satélite e rastreie qualquer sinal que possa nos levar até meu pai.
Suas meias pareciam mais aderentes, grudando no piso. O chão era como se fosse se abrir e engoli-la. Pensar que terroristas poderiam enfiar uma ou dezenas de balas em seu pai a aterrorizava tanto, que nem sua própria mente era confiável para tomar qualquer outra decisão.
Elizabeth chegou ao seu quarto, pousando a mão direita no painel de escâner digital, liberando o acesso. Ela caminhou e sentou na beira da cama, sentindo lágrimas quentes escorrerem por seu rosto, desejando arduamente que tudo fosse um pesadelo e que Tony a chamasse pelo intercomunicador do prédio pra comer pizza na sala, assistindo a algum filme bobo na TV.
Mas não. Havia apenas o silêncio ensurdecedor de uma mansão vazia.
[...]
Passaram-se 3 meses e nada. Nenhum sinal, rastro ou vestígio de Tony Stark no Afeganistão inteiro. Era como se houvesse desaparecido por completo, deixando apenas história. Elizabeth não dormia muito, quase não comia e se recusava a sair da oficina, trabalhando incansavelmente, analisando cada imagem, cada vídeo de segurança possível do momento do sequestro até os dias atuais. Pepper insistia em levar refeições e dizer palavras de carinho para a garota de apenas 20 anos.
Eram 8:00 AM quando J.A.R.V.I.S. acordou Lizzie com um alarme, tendo notícias.
— Srta. Stark, o Sr. Stark foi encontrado caminhando em dunas de areia em um deserto do Afeganistão. O tenente-coronel James Rhodes o resgatou e está voando para Nova York neste exato momento. Tempo estimado para pouso: 2 horas. — A IA informa, retirando um peso do peito da morena. — Há uma gravação. Gostaria de reproduzir? — Ele pergunta e ao respirar fundo, Elizabeth assente.
Imagens meio borradas e um pouco confusas mostram três militares correndo em direção a Tony, que estava ajoelhado na areia após ter sido encontrado. O homem tinha queimaduras nos ombros, um braço levemente torto e um tecido marrom enrolado na cabeça para protegê-lo dos ventos secos. Rhodes o abraçou e o levou para o helicóptero do exército, finalizando a gravação.
— Lizzie! Acharam ele, encontraram o Tony! — Pepper chega na oficina, encontrando a garota com lágrima nos olhos e um sorriso aliviado no rosto.
A Potts a abraçou, como uma mãe abraça a filha após boas notícias.
— Querem que o recebamos no aeroporto militar em algumas horas, separei uma roupa pra você. Tome um banho Lizzie, ele está bem. — Pepper a sugere, recebendo um pequeno riso de volta.
— Obrigada, Pepps. Te vejo em 15 minutos. — Elizabeth responde e corre até o quarto, tomando uma ducha rápida e vestindo a calça e blusa preta que haviam sido separados.
Calçou um tênis branco e ajustou o relógio digital no pulso.
— Na escuta, J.A.R.V.I.S.? — Ela pergunta para o aparelho.
— Sim, Srta. Stark. — Ele responde e a mulher corre para fora de casa, entrando no carro onde Happy a levaria com Pepper até o aeroporto militar.
O caminho fora longo, mas finalmente chegaram no local indicado, descendo do carro e esperando pacientemente o avião que traria Tony sã e salvo de volta para a única família que restara.
Minha Lizzie merece tudinho nesse mundo 🥺
O que acharam desse capítulo? Lembrando que a grande maioria dos caps dessa história serão meio curtos, espero que gostem mesmo assim 💜
Tenho alguns já prontos, então vou libera-los logo para continuar a escrever.
Até a próxima!
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✓ ORLON ── NATASHA ROMANOFF
FanfictionORLON ── Homens e armas não são a solução. Mas uma mulher numa armadura pode fazer milagres. A GENIAL ELIZABETH Stark quer levar ao mundo seu projeto. ORLON pode ser a solução para encerrar de vez a produção de armas da empresa do pai, mas tudo muda...