Ventisei (prima parte)

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Mosteiro 17:35

-Está mais calmo agora?- Giovanni entregou um copo de água para Lorenzo.

-Obrigado.- tomou um gole da água e respirou fundo.- Estou sim.- concordou.- Não digo cem por cento, mas estou bem melhor.

-Como ele pode fazer isso cm você?- Carlo tinha seu rosto vermelho de raiva.

-Eu não sei, apenas aconteceu.- colocou o copo em cima da mesa.- Ela foi uma pessoa importante para ele, não vai ser fácil esquecê-la.- deu de ombros.- Ainda não sei como funciona o amor, apenas sei que as vezes, ele te deixa extremamente feliz, mas também pode doer muito.- olhou para os dois.

-Lorenzo...

-Vou ficar bem, eu prometo.- sorriu.- Mas e então,- mudou de assunto.- como foi as coisas enquanto eu estava fora?

-Normal.- sentou-se na cadeira, Lorenzo percebeu que as bochechas de Carlo ficaram ruborizadas.- Está calor hoje, não está?- tirou o casaco.

-Não, não está.- Lorenzo riu.- Me contem tudo!

-Contar?- fez-se de desentendido.- Não sei do que está falando.

-Está tudo bem Carlo.- Giovanni deu um beijo na bochecha do novo namorado, o deixando ainda mais vermelho.- Lorenzo sabe que gosto de você.

-Ele sabe?- alternou seu olhar entre os dois mais velhos.- Você sabia e nunca me falou nada?

-Não tínhamos certeza se você gostava dele também.- olhou para Giovanni, que agora lavava alguns legumes para preparar o jantar.- Então ele disse para guardar segredo, até ter certeza dos seus sentimentos, que pelo estou vendo, é recíproco.

-Como assim? Achei que estivesse bem óbvio que eu gostava dele.- Carlo e Lorenzo levaram um susto quando escutaram o barulho de vidro quebrado.

-Meu Deus!- Lorenzo levou a mão até o peito.

-Você se machucou?- o mais novo já estava ao lado de Giovanni, e começou a juntar os pequenos cacos de vidro.

-Não.- o moreno negou.- Apenas fiquei surpreso.- deu um largo sorriso.

Lorenzo observou os dois e sorriu largamente, levantou-se da cadeira e saiu da cozinha. Sentiu seus olhos arderem, era sinal de que ele poderia chorar a qualquer momento e não queria preocupá-los novamente. Andou vagarosamente pelo longo corredor do Mosteiro, enquanto deixava as lágrimas teimosas banharem seu delicado rosto, ultimamente, estava parecendo um bebê, que não fazia nada além de chorar.

-Lorenzo?- padre Lucca colocou a mão em seu ombro.- Quando foi que voltou?

Limpou as lágrimas e abriu um sorriso antes de se virar.

-Hoje mais cedo.- continuaram a andar.- Esqueci de avisar que estava voltando.

-Mas pensei que ficaria mais uma semana nos Estados Unidos.

-A Califórnia é maravilhosa, mas nada melhor do que a nossa casa.

-Aconteceu alguma coisa, não aconteceu?- segurou o braço de Lorenzo.

-Estou bem agora.

-Tem certeza meu filho? Sabe que pode me contar tudo.- o padre tinha a feição preocupada.

-Sei sim, e sou muito grato por isso.

-Sua corrente...- Lucca apontou para seu pescoço.- Você a perdeu?

-Não, dei para uma pessoa especial.

-Mas ela era muito importante para você.

-E ainda é muito importante para im, estava comigo quando fui abandonado na frente da igreja, e talvez seja a única coisa que eu possa usar para achar meus pais, mas isso já não importa mais.

2 meses em Roma (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora