2 meses em Roma (Romance Gay)

Tredici

Mosteiro 00:37

Lorenzo não conseguia dormir, não impotava a posição que ficava. Rolava de um lado para o outro. Bufou e levantou-se da cama.

Agora andava de um lado para o outro, como se quisesse fazer um buraco no chão.

Não conseguia tirar as palavras de Carlo da cabeça. O menino tinha sido mais compreensível do que pensara, na verdade, até demais.

-Mas que inferno!- esbravejou.

Assim que percebeu o que disse, estapeou seus lábios algumas vezes e pediu perdão para Deus.

Lorenzo suspirou derrotado. Já não sabia mais o que fazer, estava perdido.

Sentou-se na bancada da janela e afastou as cortinas. A noite estava extremamente estrelada, então começou a procurar sua constelação preferida, a de capricórnio. Ela não tinha nada de especial, era apenas um formato de triângulo, mas ela lembrava seus pais.

Na verdade, não gostava muito de lembrar de seus pais, mas ainda sim, gostava da constelação.

Achou as estrelas e suspirou. Tudo o que ele queria agora, era resolver seus problemas e pensar no futuro.

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Ristorante Capricorn Constellation 21:33

Iria fazer uma hora desde o começo da comemoração.

O diretor e os protutores tinham alugado uma sala VIP no restaurante e, a maior parte das pessoas já nem conseguiam raciocinar direito. Devon apenas queria ir para o hotel e deitar em sua cama.

Se serviu com mais um pouco de vinho, e foi para a pequena varanda que tinha naquele andar. Sentou-se em um dos banquinhos que não lhe pareciam confortáveis e fitou o céu.

Precisava arrumar suas malas, mas não estava com ânimo para fazê-lo. Sabia que ainda tinha duas semanas para fazer isso mas, ele apenas queria ir embora.

Antes tinha um motivo para querer ficar em Roma, mas agora, tudo parecia não ter passado de um longo sonho.

Roma sempre iria lhe lembrar Lorenzo, em qualquer fosse a ocasião. Na Califórnia, ele voltaria para sua normal e pacata vida, sem se lembrar dele.

-O que está fazendo aqui fora sozinho?- Eliza qustionou, fazendo o coração de Devon acelerar um pouco por conta do susto- Deveria estar lá dentro comemorando com os outros.

-Eu sei.- bufou ao escutar alguém gritar do lado de dentro- Estou melhor aqui fora.- levantou sua taça, fazendo um pequeno brinde.

-Ainda pensando no padre?

-Ainda pensando no padre.- deu uma risada nasal.

-Quem diria, Devon Crueses apaixonado.- ela sorriu e ele fez o mesmo.

-Nem eu estou acreditando...

-Ele é um cara de sorte.

-Diz isso para ele.

-Ele deve com toda certeza saber disso.

-Será mesmo?- levantou uma das sobrancelhas.- Não pareceu muito isso quando ele me rejeitou.

-Devon, ele é um padre. Dê um tempo. Ele ainda deve achar que isso é o maior pecado do mundo.

Eliza deu uma gargalhada.

-Não tem graça.

-Tem sim, e você sabe disso.- Devon rendeu-se e riu.- Apenas espere, a hora de vocês vai chegar, assim como a minha chegou.

Eliza disse olhando para Pauline que conversava alegremente com a maquiadora da equipe.

-Ela é uma ótima pessoa.

-Ela é maravilhosa.

Devon olhou novamente para o céu e suspirou cansado.

-Acho que já vou indo.

-Tem certeza?

-Tenho sim, preciso descansar um pouco.

Devon deu um beijo na testa de Eliza e entrou novamente para a sala. Chegou perto de Pauline, e a avisou que estava indo embora.

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Piazza 22:06

Mais uma vez, Lorenzo não conseguia dormir. Já tinha cansado de rolar na cama. Olhou para o relógio e resolveu dar uma caminhada pela pracinha perto do mosteiro.

Estava sentado em um dos balanços, sentindo a briza suave bater em seus rosto. Respirou bem fundo e depois soltou o ar. Ele queria encontrar Devon mais do que imaginava, sentia saudades, santia falta de tudo que era ligado a ele.

Lorenzo queria pensar um pouco sobre tudo. Ele se encolheu no banco, não por conta do frio, mas para se acomodar no assento duro é desconfortável.

Cumprimentou um casal que estava fazendo caminhada.

Tombou a cabeça para trás e fechou os olhos.

Precisava achar um jeito de arrumar as coisas, mas como?

Como chegar no padre Lucca e dizer, "Padre, acho que gosto de um homem."?

Começou a rir de si mesmo. Sabia que não teria coragem nem de abrir a boca, quem dirá falar que gostava de uma pessoa do mesmo sexo.

-Você está bem?- Lorenzo voltou sua cabeça com tudo para frente- Está rindo sozinho feito um bêbado. E olha que quem bebeu fui eu.- Devon juntou as sobrancelhas.

-O que está fazendo aqui?- sentou-se direito.

-Apenas dando uma volta.- Devon de acomodou ao lado de Lorenzo, mas com alguns sentimetros de distância.- Estava em uma confraternização.- fez aspas com os dedos e revirou os olhos.

-Confraternização?

-Acabaram as filmagens.

Por um momento o coração de Lorenzo parou de bater, e tudo o que ele sentia era a vontade de chorar.

Acabar com as filmagens, queria dizer que Devon iria embora.

-Oh, compreendo.- ele disse quase em um sussuro.

-Daqui a duas semanas volto para casa.- aorriu levemente.

Duas semanas. Duas semanas era o tempo restante para que Devon fosse embora. Poderia ser muito tempo para algumas pessoas, mas para Lorenzo, era como se fossem horas e não semanas.

-Da onde você disse que era mesmo? Não lembro de tê-lo comentado.

-Estados Unidos, na Califórnia.

-É bonito lá?- Lorenzo juntou as mãos.

-Sim, nasci e cresci lá.- sorriu com um ar nostálgico- Tem muita praia, e muito calor. Deveria ir para lá, não iria se arrepender, tenho certeza disso.

-É, quem sabe algum dia.

Um silêncio desconfortável se istalou sobre eles. Ninguém sabia o que falar, apenas queriam aproveitar o encotro para dizer algo, mas não conseguiam.

-Lorenzo.

-Devon.

Disseram ao mesmo tempo. Devon olhou para aqueles olhos azuis pelos quais tinha se apixonado e disse:

-Você quer ir morar comigo, na Califórnia?

chegay meu povo bonito!
demorei, mas chegay ;)
escutem I'm not afraid- Holland
é tudo de bom!

kissus meus morangosss