Due

3.5K 322 70
                                    

Hotel Eterna Passione 22:30

Pauline estava ajeitando seu travesseiro, para finalmente poder dormir, mas escutou alguém bater na porta. Murmurou alguns xingamentos antes de abrir a porta.

-Eliza! O que lhe devo a infelicidade desta visita?- forçou um sorriso.

-Você sabe aonde o Devon está?

-Sim, eu sei.

-E o que está esperando?

-Você sair da minha frente.

-O que?

-É, eu quero dormir.- ela revirou os olhos- Vai correr atrás de quem te quer.

Fechou a porta e sorriu ao ouvir Eliza lhe xingar. Desligou as luzes e agora, finalmente poderia descansar.

Capela São Benedito 22:32

O padre encarou Devon e pensou por uns dois minutos. Revirou toda sua mente, mas nada estava o ajudando no momento. Ora, se ele estava sendo perseguido por fãs, era famoso.

-Me desculpe. Mas realmente não sei.-coçou a nuca e sorriu sem graça.

Devon sorriu. Ele sorriu mais do que deveria. Era óbvio que aquele padre não sabia de sua existência! Ele provavelmente morava em um mosteiro e sua diversão, no mínimo, era decorar a bíblia de ponta a ponta, isso se já não tivesse feito isso.

-Você decorou a bíblia?

-Sim!- o padre respondeu animadamente- Consegui decorar depois do meu primeiro mês no mosteiro!

Devon estava certo. Sorriu de lado. Era uma ótima chance de divertimento durante esses dois meses.

-Mas, eu realmente preciso fechar a capela senhor Crueses.

-Ah, claro.- eles andaram até a porta por onde Devon tinha entrado mais cedo. O padre desligou as luzes e trancou a capela logo em seguida- Mas então,- colocou as mãos no bolso da calça jeans que estava usando- sabe algum restaurante bom por aqui?

-Restaurante?- o padre pensou. E Devon não pode deixar de notar que o padre era bonito, muito bonito. Tinha olhos azuis e o cabelo castanho. O jovem padre sorriu ao lembrar de algo. E que sorriso.- Tem um a duas quadras daqui. Se não me engano, era de macarrão. Faz tempo que não saio, alem de ir ao mercado.

-Não sei como aguenta.

-Como assim?-perguntou confuso.

-Não sair.- sorriu e encostou-se em um muro- Não conhecer o mundo, não se divertir.

-Bom, conhecer o mundo, eu adoraria.- sorriu sonhador- Mas eu me divirto aqui. É o que sempre sonhei.

-Quer ir comigo?

-Aonde?

-No restaurante.

-Ah, não sei se posso...

-Você seria de grande ajuda, não sei falar nem 'oi' em italiano. Eu pago para você, um agrado, por me deixar me esconder na capela.

-Acho que não haveria nenhum problema.- respondeu depois de pensar por alguns segundos.

-Então vamos! Estou morrendo de fome.-sorriu- Você poderia me falar o seu nome? Te chamar de padre não é muito legal.

-Mas eu sou um padre, porque não seria legal?

-Sei lá, não combina com você.

-Lorenzo.- ele sorriu, e mais uma vez Devon quase caiu, era um dos mais belos sorrisos que já tinha visto- Sei que é um nome comum, mas gosto dele.

-Bom Lorenzo, por que direção devemos seguir?

Lorenzo falou o nome de alguma rua, que sinceramente, Devon não entendeu nem um pouco, então apenas deu de ombros e começou a segui-lo.

♞♜♝♟

Devon acordou com uma bela de uma dor de cabeça. Era fraco para álcool, muito fraco. Não deveria ter bebido aquelas três taças de vinho quando chegara em seu quarto. O jantar com o padre tinha sido, incrivelmente interessante e divertido.

Aos olhos bem treinados de Devon, Lorenzo era muito inocente. Talvez fosse isso que despertou um certo interesse em Devon. Todas as piadas que ele tinha feito, o mais novo não havia compreendido nenhuma. Apenas fazia uma cara confusa e sorria em negação.

Sorriso. Aquele sorriso era como um dia ensolarado, que alegra o dia das pessoas. Ele passava alegria e uma estranha segurança para Devon.

Bagunçou os cabelos e levantou-se da cama. Porque raios estava pensando sobre isso? Lorenzo era um padre. E sentir-se atraído por um homem, nunca fizera parte de sua agenda. Sempre fora um 'galinha', como Pauline sempre dizia.

Jogou suas roupas no chão do banheiro e foi tomar um banho gelado, para tentar aliviar sua linda dor de cabeça.

-Devon!- Pauline abriu a porta do banheiro.- Você está atrasado!- Devon nem se importou pelo fato de estar nu na frente de sua irmã, apenas digamos que ele está acostumado. Pauline nunca bate antes de entrar no banheiro, nunca.

-Eu sei Line.- fez uma careta e ligou o chuveiro- Minha cabeça está doendo.- choramingou.

Pauline pegou as roupas que o irmão tinha largado no chão e as colou no cesto. Saiu do banheiro e foi até o guarda-roupa pegar uma muda de roupa para o irmão e viu uma taça sobre o criado-mudo. Agora estava explicando a dor de cabeça.

Sorriu ao lembrar dos desastres que aconteciam quando Devon ficava bêbado. Uma vez, chegou a beijar todos os homens que passavam pela rua ao seu lado. Outra, ele saiu pelado pela rua. As outras, ela preferia nem se lembrar.

-Vamos, vista isso rápido.- entregou a roupa para Devon- No caminho do set, eu te dou um remédio.

-Obrigado, não sabe o quanto eu amo você.

-Não mesmo.

-Você é a melhor irmã do mundo, a mais bonita, a mais inteligente.

-Vai, continua que ainda não estou satisfeita.

Devon balançou a cabeça em negação e depositou um beijo na bochecha da irmã.








olá olá meu povo!!!
chegay com mais um capítulo/~~~~
espero que estejam gostado desta história, porque o trama e as tretas estão ainda por vir (isso se tiver, mas acho que vai sim. ou não?? kabsksna)
kissus meus moranguinhos(˃̵ᴗ˂̵)

2 meses em Roma (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora