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— WOOYOUNG DESCE AQUI A JAEHEE TÁ DESACORDADA! — era possível ouvir a voz embargada da minha mãe em meio a seu grito desesperado.

A partir de agora eu vou contar a vocês como é ter uma irmã estúpida e irresponsável. Jung Jaehee é a definição de vacilo e eu odeio admitir isso porque ela é minha irmã e as pessoas da vizinhança ligam o fato de ela ser uma completa irresponsável a minha mãe, sendo que a mamãe sempre deu a melhor educação do mundo para todos nós. Principalmente para a Jaehee pois ela seria a mulher da família, aparentemente ela não dá a mínima para isso.

Calço meus chinelos e desço as escadas correndo já com as chaves do carro em mãos, provavelmente ela deve estar chapada de drogas e bêbada como da última vez em que ela chegou em casa de madrugada. Às vezes eu até me pergunto como que essa praga consegue chegar em casa nesse estado.

Olho para a de cabelos rosa largada no chão da sala, se eu não estivesse com raiva dela pela tamanha irresponsabilidade até sentiria pena, mas eu sou mal, não me sensibilizo com mais um dos teatros de Jaehee apenas para chamar a atenção, como sempre.

Entrego a chave para minha mãe que corre para fora da casa correndo e eu carrego minha irmã. Ela estava pálida demais para uma garota que faz bronzeamento artificial duas vezes por mês e eu não sou médico nem nada mas tenho certeza que ela está prestes a ter uma overdose, já falei com essa garota pra parar de misturar drogas com bebida.

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O nome dela estava em uma lista de espera para uma transfusão de sangue porque os médicos constataram que havia uma grande presença de heroína no sangue dela. E ela precisa de mais pois estava demasiada fraca. Eu fiquei envergonhadíssimo por minha mãe estar passando por uma situação como esta. Quando aquela garota acordar desse coma alcoólico idiota eu vou matar ela sério mesmo.

— Calma.— abraço a morena ao meu lado dando um beijo em sua testa e ela deita em meu ombro desabando em lágrimas.— Mãe, não vai adiantar nada chorar dessa forma, a Jaehee vai ficar bem, eu sei disso, daqui a pouco eles vão vir me chamar e eu vou lá doar sangue para ela.

Hyemin assente limpando as lágrimas dos olhos e respirando fundo, a mesma vasculha a bolsa a procura de algo e me entrega 5 mil wons.

— Pra quê isso? — questiono.

— Vou precisar do carro para quando a Jaehee sair daqui porque não quero levar ela de ônibus. Então quero que você pegue um táxi e volte para casa, cuide de tudo por lá, da Suri e de Haerin e Haru.— mamãe disse, serena até demais.

— Nada disso mãe. Eu não aguentaria um dia sozinho com aquelas pestes, quero dizer, santas diabinhas. Pode deixar que eu fico aqui com a problemática e você vai pra casa. Se acalmar e cuidar de si mesma.— digo e após minutos de insistência minha mãe concorda comigo que isso era o melhor a se fazer no momento.

Dessa forma, ela foi embora me deixando sozinho naquela sala de espera, sem notícias e sem sinal de nenhuma enfermeira que me levasse a sala de coleta. Se a minha irmã morrer a culpa vai ser desse hospital medíocre.

𝐈𝐍𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍. Onde histórias criam vida. Descubra agora