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O casamento da minha mãe está acontecendo em plena quarta-feira, achei precipitado da parte dos dois e sem planejamento ter marcado o casamento para uma quarta-feira, mas como naquela época do ano aconteciam muitos casamentos aquela fora a única data disponível para o uso da igreja.

A noite estava bonita, havia uma bela constelação de estrelas enfeitando o céu e a lua cheia constatava bastante com o cenário. Os convidados de ambos os noivos chegavam aos poucos e pelo que parecia a família de Hyeongsuk iria ter que ficar em pé já que estavam vindo em monte.

— Nunca vi tanto parente reunido desde o enterro da tia Jisu.— Jaehee falou aparecendo ao meu lado.— Escuta, viu a Suri?

— Hum, ela passou por mim tem uns 2 minutos. Por quê?

— Ela disse que precisava que eu desse uns pontos no vestido dela, mas não acho a bastarda! — Explicou a outra saindo a procura de Suri por todos os cantos da igreja.

— Wooyoung, quanto tempo! — Meu tio vindo de Cheongdam me cumprimentou e eu fiz o mesmo. Sua mulher, minha tia Gayeon, apenas o puxava para longe já que a mesma me renegou quando assumi minha sexualidade.

— Como vai tia Gayeon? Esperava que sua prepotência e seu preconceito tivessem sumido depois de um tempo mas vejo que continua a mesma filha da puta homofobica de sempre.— Falei com sarcasmo e saí de perto dos dois esbarrando com San logo depois.

— Você está muito bonito, fala sério.—  Ele me deu um abraço apertado e eu retribui podendo sentir o cheiro adocicado de seu perfume.— Como o Yeonjun diz estou parecendo um garçom de festa de debutante....

— Está excepcional.— Comentei e ele riu envergonhado. Seguimos caminhando por um corredor meio escuros da igreja acho que ambos desejávamos fugir daquela parte agitada então se nenhum de nós falasse nada sobre estarmos indo pra uma parte desconhecida seria muito melhor. Para nós dois.

— Seus parentes são loucos e aquela sua tia de Jeju não para de apertar as minhas bochechas. Jesus, que louc-

— O quê foi? Por quê parou de falar? — Questionei com o cenho franzido mas ele nada me respondeu, apenas riu rapidamente e segurou meus dois braços tentando me virar de volta para o salão principal.

Até meus olhos seguirem a trilha perfeita até um corredor um pouco mais distante de nós e ver o que eu infelizmente não desejava ver, ou o que eu pelo menos estava me privando de ver. Yeonjun e Suri aos beijos em baixo da estátua de Jesus, oh pai perdoe os dois eles não sabem o que estão fazendo.

— Choi Yeonjun! — Gritei com um nó na minha garganta já formado.

— Woo? — Ele abriu bem os olhos e Suri apenas virou o rosto para o lado mostrando sua frustração em ter sido atrapalhada, lógico que ela não iria sentir nenhum remorso do que estava fazendo.— E-eu posso explicar...

— Explique levando suas coisas de volta pra Londres e nunca mais olhando na minha cara. Como você foi capaz de esconder isso de mim? Puta merda, o que eu te fiz? Eu não fui suficiente? Por quê não terminou comigo?

— Eu não queria, foi mais forte que eu.

— Não queria mas fez. Não quero ouvir mais nada que saia da sua boca. É melhor pegar a droga das suas coisas assim que o casamento acabar e se mandar de volta pra Londres! — Avisei furioso, eu não iria chorar até porque eu nem tinha lágrimas pra isso. Acho que estava mais decepcionado com minha irmã que com ele. Mas eu não diria nada.— Vamos Sannie.

— É vai com o San. Tenho certeza que ele vai te fazer muito mais feliz...ah eu me esqueci, ele não pode porque é namorado da sua irmã.— Yeonjun disse em um tom sarcástico e San foi em sua direção para lhe socar mas eu segurei seu corpo o puxando pra trás.

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