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— Querido eu me sinto tão orgulhosa em ser sua mãe! — disse a mais baixa enchendo meu rosto de beijos.

— Por eu ser um ótimo filho ou por ir para Cambridge e você não precisar mais lidar comigo? — brinco e ela me dá pequenos tapinhas.

— Woo você vai vir visitar a gente nos finais de semana? — Haru pergunta manhosa.

— Ô meu amor, Cambridge é muito longe daqui, eu não iria aproveitar nada além do mais, meus dias serão muito cansativos por lá, não dá pra vir todos os fins de semana.— Explico e ela assente engolindo em seco para não chorar.

— Você nunca mais vai voltar né? — Suri pergunta com a sobrancelha arqueada. Falsa.

— Não Suri, o seu irmão vai voltar sim.— E quando a mamãe diz isso ela revira os olhos e se joga no sofá.

Desde que eu havia chegado em casa com a carta de Cambridge elas estão me enchendo de perguntas, Jaehee não parou de falar sobre arrumar minhas malas um só minuto, sendo que eu só preciso ir daqui uns dias. Haru está mais cabisbaixa desde que descobriu que vou embora, Suri nada, e a Haerin por incrível que pareça não sai do quarto desde que eu falei que ia morar em outro país.

— Com licença meninas eu preciso fazer algo.— saio da sala e subo as escadas indo em direção ao quarto da Haerin. Bato na porta duas vezes e nenhum barulho é emitido.— Rin, eu posso entrar?

— Não quero falar com você.— Disse ela com voz de choro e eu ri anasalado.

— Não quer falar comigo ou não quer me ver? Se esse for o caso, você pode experimentar abrir a porta de olhinhos fechados.— Digo e espero por sua resposta. A porta é destrancada e ela volta para a cama com as mãos nos olhos.— Quer me contar por que está assim?

— Você sabe. Seu falso.— ela respondeu.— Vai abandonar a gente, a Suri já me contou tudo.

— Eu jamais abandonaria vocês Haerin. Vocês são a minha família e o motivo de eu estar indo estudar em outro país, quero dar um futuro melhor para vocês então preciso fazer o que for para que isso se concretize, hum? — faço carinho em seus cabelos.— Não quer abrir os olhos?

— Não! — Respondeu ainda com raiva.

— Certo. Mas olhe, você pode acordar amanhã e não me ver mais aqui, não acha melhor abrir os olhos agora e poder me visualizar? — tento uma última vez e ela concorda abaixando as mãos, eu consigo ver seus olhinhos miudinhos quase desaparecendo por conta do rosto inchado.— Por que chorou tanto Rin?

— Não quero que você vá embora Woo, eu sei que eu te abuso e te faço passar raiva e sei que talvez você possa me odiar até mais do que odeia ervilhas mas-

— De jeito nenhum! Nunca mais diga isso. Eu amo vocês, todas!

— Até a Suri, aquela chata?

— Até a Suri.— rio novamente.— Que tal um abraço?

— Sim, mas antes eu preciso fazer algo, ok?

Ela sai da cama, abre a porta e grita da sacada:

— Chupa essa sua vaca esquelética!

E volta correndo para me abraçar.

— Aonde você aprendeu isso, Jung Haerin?

— Ah sabe como é né, a gente vai crescendo e aprendendo umas coisas que-

— Pare de me enrolar sua pilantrinha! — começa a fazer cócegas em seu abdômen e ela ri histericamente.

𝐈𝐍𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍. Onde histórias criam vida. Descubra agora