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— Eles tão há 15 minutos lá dentro. Será que já se reconciliaram? — Joong perguntou coçando a cabeça.

— Não seja burro ninguém resolve problemas de 4 anos em 15 minutos.— Seonghwa respondeu o namorado.

Ouvimos então um barulho que se assemelhava a um soco na porta e todos pulamos de susto. Já estava começando a achar que aquilo tinha sido uma péssima ideia e o que mais me surpreende é que foi o Jongho quem teve essa ideia.

— Eles precisam sair de lá.— Falei caminhando até a porta e puxando a maçaneta para baixo. Mingi caiu com Yunho por cima dele o mesmo que estava lhe enforcando, puxei o moreno de cima do dele e o segurei. Mingi puxou tanto ar pelo nariz que achei que ele iria morrer ali mesmo.

— Yunho, o que você estava fazendo? Era pra estarem conversando não se matando! — Jongho bradou vindo até nós.

— Você é um idiota! Sabia de tudo o que estava acontecendo e o quanto eu me sentia mal com toda a situação envolvendo Mingi e mesmo assim mandou nós dois para a droga desse quartinho, é isso que fazem os amigos? Você me decepcionou.— Yunho disse visivelmente irritado empurrando-o de sua frente e indo para o banheiro.

— Mingi é melhor sentar nesse sofá e explicar o que aconteceu.— Hongjoong disse em tom autoritário. Ao que parece ele também sabia do ocorrido.

— O lance é que o Yunho queria que eu ficasse aqui com ele mas eu disse que precisava ir para Cambridge e que eu não poderia desistir dos meus estudos por algo que eu nem sabia se daria certo ou não.— O Song falou.— Ele não gostou e desde então anda se comportando desse jeito, que nem uma criança.

— PORQUE VOCÊ ESTÁ CONTANDO A HISTÓRIA PARA TE FAVORECER? — Yunho surgiu das escadas gritando novamente.

Alguém pega a pipoca.

— A droga da história não é assim! — O Jeong retrucou.— Você havia me prometido, Mingi você me pro me teu, que independente se fosse escolhido ou não você desistiria e ficaria comigo, porque segundo você mesmo tínhamos uma conexão sem igual. E quando acordei no outro dia a única coisa que eu recebi foi a porra de uma mensagem dizendo que seu voo partiria para Cambridge em 2 horas. Eu estava emocionalmente magoado demais para implorar ou sequer ir atrás de você.

— Eu não podia desistir dos meus sonhos!

— Vai se foder não é nada sobre sonhos e sim sobre a promessa que você deveria ter cumprido. Se sabia que era uma pessoa impulsiva então por quê prometeu? Eu amava você.— Assumiu Yunho com os olhos marejados.— Quer saber eu desisto, já passou, eu só não queria ter que ouvir você dizer que a culpa disso aqui é minha sendo que o real culpado é você, seu mentiroso infeliz.

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Depois do caos na casa dos Park, eu e San fomos para a casa dele. Mamãe já estava ciente de tudo então nem se importou muito se o tesouro dela não fosse jantar em casa. Sannie estava preparando um prato especial para nós dois o qual ele já estava me prometendo há tempos. Eu lhe auxiliava pegando os ingredientes.

— San, você pensa em ir para Cambridge no final do ano? — Perguntei como quem não queria nada.

— Por quê? Está com medo de eu te abandonar por 4 anos também? — Brincou e eu joguei um pouquinho de farinha em seu rosto. Ele tossiu e depois fez uma cara feia.

— É que você me disse que nada nos separaria agora. Mas se você for para Londres nós teremos que passar 4 anos longe um do outro.— Disse.— Não quero parecer egoísta mas seria doloroso demais.

— Respondendo a sua pergunta. Eu não penso em ir, eu não consigo me virar aqui imagine em outro país além do mais tenho tudo que preciso aqui, um namorado perfeito, amigos que me amam e que eu amo também, vou começar no meu emprego novo semana que vem e já estou conseguindo juntar dinheiro com algumas músicas que eu estou vendendo.— Respondeu o de cabelos coloridos.— Quem sabe eu...vire um idol.

— Não brinca. Pensa mesmo em fazer uma audição?

— Amor, eu sou velho demais pra isso. Empresas preferem trainees mais novos, quando eu debutar já vou estar com a idade certa para me alistar.— Disse ele provando de seu tempero e soltando um sorriso satisfatório.— Prove isto.— Ele levou a colher até minha boca e eu pude sentir o gosto da comida, estava excepcional, sorri em aprovação.

— Ainda acho que deveria tentar.— Dei de ombros.

— E quais são seus planos, hum? — Ele tampou as panelas e ficou entre o meio das minhas pernas erguendo o rosto para mim.

— Bem, quero continuar fazendo o que sei de melhor, que é escrever músicas e talvez eu tente fazer uma nova faculdade. Dessa vez de advocacia, espero que não tirem com a minha cara de novo.— Falei e San riu da minha cara deixando pequenos beijos em meu maxilar.— Também penso em comprar uma casa e quem sabe se você aceitar, queria que você morasse lá comigo depois que a gente se casar senhor Jung.— E ele parou de me beijar.— Por quê parou? Eu estava gostando dos beijinhos.

— Você me chamou de senhor Jung. E disse que quer casar comigo.— San abriu um sorriso gigante e me abraçou forte. Depois ele começou a chorar.

— Por quê você está chorando, meu amor?

— Você disse que quer casar comigo.— Falou ele novamente limpando as lágrimas que não paravam de descer.

— Isso é ruim?

— Não. É que ninguém nunca disse que queria casar comigo antes.— San disse ainda chorando baixinho.

— Talvez porque você tinha 19 anos antes. E ninguém em sã consciência casa com 19 anos.— Disse irônico e ele me bateu.— Não chore agora, ok? Eu ainda nem te pedi em casamento.

— Mas já me deu uma prévia e eu estou muito feliz mas quero chorar.— Ele falou sorrindo.— Amo você 3 milhões de infinito.

— Eu também te amo muitão.— Puxei o mesmo para um beijo demorado com direito a mão boba e tudo.— Melhor olhar as panelas.

𝐈𝐍𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍. Onde histórias criam vida. Descubra agora