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Pov Day

- Dayane. - Minha mãe me chamou assim que entrou no quarto.

Eu estava escutando música, tirei meu fone de ouvido e sentei na cama.

- Senta aí, mãe. - Falei e ela se sentou na minha frente.

- Olha filha ... Sei que você já é adulta, sabe que toda decisão que toma tem consequências, mas, eu como mãe, preciso te alertar. - Ela começou e eu respirei fundo, já sabendo do assunto.

- E que venha a bronca.

- Você está com a Vanessa? E não tenta mentir pra mim, porque ela veio te procurar. - Seu tom era sério, sério demais pra mãe que eu estou acostumada.

- Sim, quer dizer ... Não sei.

- Como não sabe? - Ela perguntou confusa.

- Eu não gosto dela, mas não quero terminar ...

- Tá, primeiro ... A baby sabe dela?

- Não. - Falei rapidamente.

- Então avise que você namora alguém. - Ela praticamente ordenou e eu neguei.

- Não, mãe.

- Então larga a Vanessa.

- Não é tão simples ...

- É sim. - Eu amo minha mãe, mas as vezes ela me estressa.

- Não, não é. A Vanessa tem um monte de problema e eu não quero que ela fique mal porque eu terminei com ela. - Falei um pouco irritada.

- Dayane, vamos combinar, que em quase um ano que vocês estão juntas, a única coisa que ela fez foi te magoar. - Agora minha mãe estava irritada. - Ela nunca te procurou ... aí quando você começa a falar com sua alma gêmea ela vem te visitar? - Ela perguntou e eu suspirei. - E outra, você tem que se preocupar com a sua saúde mental. Você é responsável por ela, não pela saúde mental da Vanessa. Você sempre tratou ela bem, mesmo quando ela pisava em você... Já deu o que tinha que dar esse namoro.

- Eu sei que ela só tá fazendo esse drama pra não ficar sozinha, mas ... - Minha mãe me interrompeu.

- Mas nada. Você precisa tomar uma decisão, se não quem vai ficar sozinha é você. Vai perder sua alma gêmea e a Vanessa.

Um soco doeria menos.

Não consigo nem pensar na ideia de ficar um dia sem falar com a baby.

- Nada haver, mãe. A baby nem sabe da existência da Vanessa... - Falei e ela me encarou séria. Achei que ela me daria uma bronca, mas ela apenas suspirou e colocou sua mão sobre a minha.

- Conselho de mãe nunca é demais, filha. Apenas escute o que eu estou te falando e pense bem sobre. - Ela me alertou e se levantou.

- Obrigada, mãe.

- De nada, ah, o jantar está pronto.

- Já vou descer.

E lá estava eu deitada na cama fazendo exatamente o que minha mãe pediu, pensando no assunto.

Não demorei muito e fui jantar.

Earphone - Au DayRol | Concluída |Onde histórias criam vida. Descubra agora