025

1.1K 108 1
                                    

Pov Narrador

Selma tinha acabado de chegar em casa quando encontrou, novamente, sua filha dormindo no chão de seu quarto, o que era uma mania que tinha nos dias de calor.

Mesmo que naquele dia estivesse bem frio, ela não estranhou a atitude da filha.

- Dayane, acorda. - Ela falou e abriu as cortinas, o que geralmente acordaria Day, mas isso não aconteceu. - Day? - Selma a chamou de novo. - Filha, acorda. - Selma se ajoelhou no chão e chacoalhou Day, mas ela estava mole demais e então a mais velha começou a se desesperar. - Amor! Me ajuda. CÉSAR, ME AJUDA. - Selma gritou desesperada para seu marido, que rapidamente apareceu ali.

- O que aconteceu? - Ele perguntou ofegante, por ter corrido.

- Acho que ela desmaiou. - Ela apontou para a filha jogada no chão.

- Vamos levá-la ao hospital.

Enquanto César pegava a filha inconsciente e a levava para o carro, Selma pegava os documentos da filha.

Enquanto isso ...

▪︎

- Puta que pariu! - Carol resmungou irritada.

- Caroline, olhe os modos. - Rose mãe falou brava.

- Desculpe, mamãe. - Ela suspirou. - Mãe, eu vou me deitar.

- Tudo bem, te amo.

- Te amo, mãe.

- Quando a janta ficar pronta eu te chamo.

- Obrigada. - Carol deu um beijo no ombro de sua mãe e se trancou no quarto.

Durante toda a semana, Carol sentiu dor de cabeça, mas estava cada dia pior e ela só queria ter uma noite de sono completa.

Ela preferiu não comentar com a mãe, pois achava que era apenas por causa de sua TPM.

Sua dor de cabeça parecia aumentar a cada minuto, naquele dia nem comer Carol conseguiu, ela passou a noite em claro chorando de dor.

E também porque talvez ela estivesse com saudade de sua alma gêmea, mas ela não iria admitir.

Quando acordou no dia seguinte, por volta de duas da tarde, sua dor de cabeça tinha diminuído e seu pai estava finalmente em casa, ele tinha viajado por conta do trabalho.

- Oi princesa, dormiu bem? - Ele perguntou carinhoso para a filha.

- Não muito.

- Percebi, tá fazendo cara feia e acordou tarde demais. - A mãe brincou com ela, se não tivesse com dor ela até iria rir.

- Ah, você melhorou, meu bem? - Ele perguntou dando um selinho na esposa.

- Sim, foi só um mal estar.

- Entendi, cuidado meu amor.

- Como sabia que a mamãe passou mal? Ela nem falou com o senhor.

- É que quando sua alma gêmea não está bem de saúde, ou algo assim, o chip envia uma mensagem para o nosso cérebro e então acabamos sentindo dor de cabeça, quanto maior a dor, pior o estado de sua alma gêmea.

- Puta que pariu. - Carol falou e por um segundo seu coração parou de bater.

- Caroline eu vou lavar sua boca com pimenta.

- Mãe, ela está mal. - A menina falou desesperada.

- Quem? - A mais velha perguntou confusa.

- A pizza. Eu tô sentindo dor de cabeça a semana toda, mas ontem foi tão insuportável que eu chorei de dor, mamãe.

- Quer falar com ela? - Rose perguntou e Carol sentiu sua garganta se fechar e uma forte vontade de chorar.

- Eu joguei o fone no lixo. - Falou deitando a cabeça na bancada e começou a chorar.

Rose levantou dali e foi até seu quarto, pegou o fone e o entregou para Carol.

- Toma.

- M-Mas ...

- Eu guardei ele. Tente falar com ela. - Rose falou calma e a menina agradeceu a mãe internamente, mas estava preocupada demais, então apenas pegou o fone e voou para o quarto.

Por favor, esteja bem e que isso seja apenas uma dor de cabeça boba. - Carol repetia isso mentalmente, enquanto ligava o fone.

Seu coração quase parou de bater quando ouviu uma voz fraca.

- Oi.

- O-Oi. - Droga, eu não deveria ter ligado, pensou Carol. - Você está bem? - A ruiva perguntou preocupada.

- Não muito. - A voz de Day saía tão baixa que Carol quase não escutava.

- O que aconteceu?

- Eu não passei muito bem ...

- A semana toda?

- Como sabe? - Perguntou surpresa.

- Basicamente, quando você está mal de saúde eu sinto e vise versa.

- Ah, entendi. De qualquer forma eu já estou melhor. Obrigada por se preocupar. - Dya falou sincera e Carol sentiu seu coração bater mais forte.

- Quando estiver melhor ... - A ruiva deixou a frase no ar, junto com sua coragem.

- Fala.

- P-Pode me explicar?

- É o que eu mais quero, ba... Desculpa.

- T-Tudo bem. Eu acho melhor você descansar.

- Eu estava quase dormindo, mas achei mais importante falar com você. - A morena admitiu, fazendo a ruiva sorrir.

- Me desculpa.

- Não se sinta culpada, foi melhor que dormir. - Day suspirou aliviada por finalmente estar escutando a voz de sua alma gêmea. - Q-Quando eu acordar, posso te chamar?

- Pode.

- Obrigada.

- De nada, descansa.

- Vou dormir muito melhor, agora. - Day falou e então desligou o fone.

As duas suspiraram aliviadas, uma conseguiu finalmente dormir e a outra foi almoçar.

Earphone - Au DayRol | Concluída |Onde histórias criam vida. Descubra agora