040

1.2K 111 0
                                    

Pov Narrador

Carol tinha acabado de sair do banho, enquanto Day estava deitada na cama escutando música, já que estavam sem internet e a morena gastou seus últimos MB's pedindo a pizza.

Day largou o celular e seu fone de ouvido assim que sentiu o outro lado da cama afundar.

- Tá com sono? - A morena perguntou.

- Não, eu me acostumei a dormir às três da manhã.

- Culpada. - Day levantou as mãos e a ruiva riu.

- Vai acordar que horas amanhã? Carol perguntou.

- Minha mãe me deu folga.

- A minha também.

- Amém! Vamos emendar a semana toda, até segunda, né?

- Acho que sim. Eu estou feliz! Não aguento mais ninguém dali.

- E aquela menina insuportável, quem é?

- Acho que você não deve conhecer, ela nunca vai nos outros setores da FSF.

- Posso acender o abajur? Tá muito escuro. - Day perguntou.

- Tem medinho de escuro, meu bem? - Carol perguntou desafiando Day.

- Não, eu só quero te ver melhor. - Day falou e ligou o abajur, que ficava ao lado da cama.

- Virou o lobo mau?

- Mas você comeu palhacitos hoje, hein?

- Eu estou feliz.

- Por que?

- Porque a minha alma gêmea é bonita e não uma assassina.

- Existem muitos assassinos bonitos por aí, baby. E nada me impede de te matar durante a noite. - Day falou e começou a fazer carinho no braço da ruiva, que se arrepiou com o contato repentino.

- Revelou seu plano muito cedo, vou ligar pra polícia. - A ruiva falou e Day riu baixinho.

- Bobinha.

- A gente sempre vai se xingar de boba, besta, idiota e derivados? - Carol perguntou de olhos fechados, enquanto sentia as carícias que Day fazia ora em seu braço ora em seu rosto.

- Acho que sim.

- O tal do relacionamento moderno.

Elas ficaram em silêncio durante alguns segundos.

- Eu estava pensando no banho... - A ruiva começou.

- Diga.

- Nós duas pareciamos super íntimas com o fone, mas cara a cara me sinto meio estranha.

- É que nós duas estávamos acostumadas a saber só a voz uma da outra, agora estamos morando juntas, é tudo novo pra mim e pra você, é normal ficarmos um pouco acanhadas, relaxa, baby. - Day passou toda a tranquilidade que a ruiva precisava.

- Obrigada, Pizza. - Day sorriu ao ouvir o apelido.

- Você ficou linda nesse pijama de hambúrguer. - Day falou e a ruiva riu alto.

- Gostou? Eu quase chorei quando minha mãe me deu ele.

- Meu Deus, que bebezão.

- Eu sou mesmo, tem que cuidar de mim, hein? - Carol fez um bico.

- Vou cuidar direitinho. - Day deu um beijo na bochecha da ruiva, fazendo a mesma ficar com vergonha. - Baby, você vai ficar vermelha toda vez que eu encostar em você?

- É q-que eu não estava esperando.

- Não precisa ficar tímida, baby. Já falei, não sou um monstro.

- Se você for um monstro, é o monstro mais gato que eu já vi. - A ruiva falou e logo se arrependeu, não deveria ter dito isso muito alto.

- Então me acha gata? - Day perguntou se gabando.

- Acho, ué. - A morena mordeu os próprios lábios para conter um sorriso.

A verdade é que ambas estavam loucas para se beijarem, mas também estavam com receio de serem muito apressadas.

- E você ficou linda com esse pijama. - A ruiva falou.

- É só uma blusa do AC/DC e um short.

- Mas tá linda.

- Sabe outra coisa muito linda? - Day perguntou.

- Hm. - Day levou seu dedo até a boca da ruiva e ficou contornando o lábio dela, como se estivesse desenhando ali.

- Sua boca. Ela parece que tem formato de coração.

- Besta.

- Tô falando sério. - Day olhou nos olhos de Carol. - Dá vontade de beijar. - A ruiva suspirou com a confissão repentina. - Desculpa...

- Não tem problema.

- Tem sim.

- Ah é? Qual? - A ruiva desafiou.

- O problema é que eu quero te beijar, mas não quero parecer apressada demais e não quero que você se sinta desconfortável. Até porque vo...

Day parou de falar assim que sentiu os lábios de Carol nos seus, em um selinho. Quando a ruiva ia se afastar, Day a segurou pela nuca e a beijou.

Day pediu passagem com a língua, a ruiva prontamente aceitou e o beijo foi se aprofundando mais.

Elas só desgrudaram seus lábios, porque, infelizmente, precisavam de oxigênio, mas logo voltaram a beijar.

- Se toda vez que eu ficar nervosa e começar a falar desesperada, você me der um beijo, acho que eu consigo viver feliz.

- Desculpa ... É que ... - Day deu um selinho rápido em Carol.

- Eu gostei, baby. Se quiser repetir ...

- Vem cá. - A ruiva deitou na cama e Day deitou ao seu lado.

As duas ficaram conversando e trocando carinhos e beijos até dormirem.

Carol dormiu primeiro e Day só conseguia pensar no quão sortuda ela era, mas logo o sono a pegou e ela dormiu abraçada em Carol.

Earphone - Au DayRol | Concluída |Onde histórias criam vida. Descubra agora