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Pov Day

Destruída.

É assim que eu me sinto.

Acho que eu nunca me senti tão mal assim.

E o pior de tudo é que a culpa de eu estar assim agora, é única e exclusivamente minha.

Eu realmente iria terminar com Vanessa ontem, mas eu fiz isso tarde demais.

Nós brigamos ontem.

Ela pediu desculpa e falou que não sabia que eu estava falando com minha alma gêmea, o que era claramente mentira. Eu expulsei ela de casa e da minha vida.

Sim, nós terminamos.

Por um lado estou feliz, não estou mais em um relacionamento tóxico. Mas por outro eu estou destruída, estou tentando falar com a baby, mas lógico que ela não me atende.

Acho que eu mereço isso.

Eu deveria ter contado a ela que eu estava com alguém, eu deveria ter escutado a Cae, a Nana e a minha mãe, mas não fiz nada disso e agora eu estou assim.

Eu estava deitada na cama, até que ouvi uma batida na porta, fingi que não escutei apenas pra não ter que falar com ninguém, mas a porta foi aberta.

- Dayane. Você precisa sair desse quarto. - Minha mãe falou brava, mas eu apenas virei pro lado oposto e fechei os olhos.

- Não, tô bem aqui, mãe.

- Você almoçou hoje?

- Não tô com fome.

Na verdade eu tentei almoçar, mas acabei vomitando o pouco que comi.

- Vem jantar.

- Não tô com fome.

Eu estou sim, mas não quero passar mal de novo.

- Eu não perguntei, eu mandei você vir jantar. Quero você sentada na mesa em menos de cinco minutos, se eu precisar subir você ficará de castigo. - Ela realmente estava brava comigo.

- Sério? Ótimo. - Falei irônica e ela bufou sem paciência.

- Dayane, me obedeça e pare de agir como uma criança mimada.

- Tá, tô indo. - Ouvi a porta bater forte e comecei a chorar.

Assim como eu esperava, assim que eu terminei de jantar, passei mal e acabei vomitando.

Quando terminei de tomar banho eu tentei dormir, mas foi uma tarefa muito difícil, já que minha mente claramente estava contra mim e ficava me culpando.

- Day? - Escutei minha mãe me chamar, mas não tive força para responder. - Filha, você está bem? - Ela perguntou chegando mais perto e eu concordei.

- Não dormi direito. - Falei baixo, me esforçando ao máximo para conseguir falar.

- Fique em casa hoje, meu amor. Não gosto de brigar com você, igual ontem, mas eu me preocupo com você.

- Eu sei, mamãe, obrigada. - Eu forcei um sorriso e ela suspirou.

- Sei que não está bem e sei que não quer falar sobre, mas eu estarei aqui.

- Obrigada.

- Te amo, meu amor. - Ela beijou minha testa e saiu.

O dia passou rápido, talvez porque eu dormi o dia todo e não sai do quarto por nada. E isso aconteceu a semana toda.

Earphone - Au DayRol | Concluída |Onde histórias criam vida. Descubra agora