— O que você está fazendo aqui?
Olhei para cima e encontrei Dante, Vítor e Fabian, lado a lado, nos encarando com uma expressão de poucos amigos. A tensão no ar era palpável, e o semblante de Henri se endureceu visivelmente.
— Apenas conversando com a Alana — Henri respondeu, tentando manter a calma na voz, mas era evidente que ele estava nervoso.
Dante deu um passo à frente, sua postura imponente fazendo Henri recuar um pouco. Os olhos de Dante estavam fixos em mim, carregados de uma intensidade possessiva que eu estava começando a conhecer bem.
— É melhor tomar cuidado com quem você conversa, Henri. Algumas conversas podem acabar muito mal — a voz de Dante era baixa, mas carregava uma ameaça clara.
Henri olhou para mim, e eu pude ver a preocupação em seus olhos. Ele deu um último olhar para Dante e os outros, antes de se afastar, murmurando um "até mais" quase inaudível.
Dante segurou meu braço com firmeza, puxando-me para perto dele. Eu podia sentir a raiva irradiando de seu corpo, seus dedos apertando minha pele com força suficiente para deixar marcas.
— O que ele te disse? — Dante perguntou entre dentes, seus olhos escurecendo com uma mistura de ciúme e fúria.
— Nada importante — respondi, tentando manter a calma. — Apenas coisas sem importância.
Vítor e Fabian se aproximaram, ambos com expressões sérias. Vítor lançou um olhar para onde Henri tinha desaparecido, balançando a cabeça.
— Esse cara está se metendo onde não deve — comentou Vítor, a voz carregada de desdém.
Fabian, por sua vez, manteve um sorriso enigmático nos lábios, mas seus olhos tinham um brilho perigoso.
— Alana, querida, você realmente precisa escolher melhor suas companhias — disse ele, o sotaque francês carregado de ironia.
Eu me soltei do aperto de Dante, olhando para cada um deles com determinação.
— Vocês estão me assustando. O que está acontecendo? — perguntei, tentando manter a voz firme.
Dante se aproximou mais, seu rosto a centímetros do meu. Eu podia sentir sua respiração quente contra minha pele.
— Apenas estamos cuidando de você, Alana. Esses caras desse lugar não são confiáveis. Henri especialmente — ele disse, sua voz suave, mas carregada de perigo.
Senti um arrepio percorrer minha espinha. Algo dentro de mim alertava que esse lugar é mais perigoso do que parece. O stalker me seguindo, enviando mensagens e fotos, as amigas da louca da Natália me empurrando na piscina, agora Henri dizendo que os meninos são perigosos e os meninos dizendo que o perigo é o Henri.
— Então, por que vocês não me contam a verdade? — desafiei, cruzando os braços. — O que está acontecendo?
Dante riu, um som sem humor.
— Algumas coisas, Alana, são melhor deixadas no escuro. Mas não se preocupe — ele acariciou meu rosto com a mão, sua voz se tornando suave e quase carinhosa. — Vou te proteger. Sempre.
O toque de Dante, embora gentil, tinha um peso que eu não conseguia ignorar. Era um lembrete constante de que, por mais atraída que eu estivesse por ele, havia um abismo de segredos e perigos entre nós. Será que ele ainda me acharia interessante e digna da sua proteção se soubesse que matei um homem? Será que Vitor e Fabian ainda seriam meus amigos? Duvido muito que eles queiram uma assassina tão próxima a eles.
— Vamos, precisamos ir — disse Vítor, olhando ao redor, como se estivesse esperando alguém aparecer.
— Para onde vamos?
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Only Love Can Hurt Like This
RomanceAlana Volkov, marcada como a ovelha negra em sua rígida família búlgaro-mexicana, é enviada para a distante Imperial College London após uma tragédia pessoal. Lá, ela é forçada a compartilhar um dormitório misto com três garotos, incluindo o enigmát...