O homem mais forte do mundo

Antes de uma longa jornada

Numa pequena vila em algum lugar do East Blue um garoto pequeno vestido simplesmente com uma camisa branca, um short surrado e chinelos segurava uma faca com a mão esquerda.

Ele estava em cima da proa de um navio pirata, mas ao invés de irritados a tripulação parecia se divertir com a situação.

Luffy: AGORA VOCÊS VÃO ME LEVAR A SÉRIO!

Shanks: Hahaha, vai fazer o que agora Luffy?

O capitão, um ruivo usando um chapéu de palha, uma calça marrom com algumas marcas que ia até um pouco abaixo do joelho, uma camisa branca que com botões dourados mas que só está abotoada até chegar no seu peito, além de uma capa preta que e uma espada na cintura.

O que mais chamava atenção, além de seu cabelo, eram três cicatrizes em seu olho esquerdo que pareciam ter sido feitas por algum tipo de garra de animal.

Tripulante: Uma acrobacia idiota? Ou vai tentar domar mais um animal? Você devia abrir um zoológico!

Todos começaram a rir, até o garoto enfiar a faca um pouco abaixo de seu olho esquerdo, fazendo com que um pouco de sangue começasse a sair enquanto a criança grita de dor.

Luffy: Aaargh!

Apesar da dor e de algumas lágrimas, o garoto não tirava a faca, que já estava manchada de sangue assim como uma parte da proa, do rosto. Foi necesssário a intervenção dos piratas para ajuda-lo.

...

Algum tempo se passou desde o pequeno incidente, num bar da vila podia se ouvir o som de uma comemoração.

Todos: Um brinde a idiotice e coragem do Luffy!

Os homens brindaram seus copos de cerveja, alguns comiam carne e outros tentavam roubar comida ou bebida de seus companheiros, o que sempre terminava com todos enchendo a cara.

Shanks: Você é retardado por acaso?

Shanks demonstrava a sua irritação com o quão descuidado o garoto tinha sido enquanto tomava um copo de cerveja.

Luffy: Cala boca! Eu já provei minha coragem, agora me leva numa viagem com vocês!

Assim como tinha feito várias vezes antes Luffy tentava exigir que o ruivo levasse ele junto no navio.

Shanks: Hahahahahaha. Tá de sacanagem? Um pirralho como você? Vai fazer o que? Se mijar? Você sequer consegue nadar direito? Vai ser só um peso morto.

Ele falava lacrimejando de tanto rir.

As sobrancelhas de Luffy se contorceram com a raiva dele.

Luffy: Cala boca! Eu sou muito, muito, muito forte. Eu treino todo dia, e um dia vou ter um soco mais forte que uma pistola.

Shanks: Sim, claro, com certeza...

Ele falava com óbvio desinteresse, o que só irritava o moleque de cabelo escuro ainda mais.

Alguns membros da tripulação tentavam animar o Luffy falando o quanto a vida de pirata era divertida, o mar, tesouros, mulheres, liberdade. Um ou outro até tentavam convencer seu capitão a deixar a criança ir com eles, pelo menos uma vez, o que levantava as esperanças dele até elas caírem de novo quando o Shanks coloca uma condição que ninguém da tripulação quer cumprir.

Irritado o garoto vai pro canto do bar resmungando.

Benn: Escuta Luffy, o capitão não faz isso por mal.

Falava um homem de rabo de cavalo, uma camisa verde, uma faixa na cintura e uma calça preta. Ele tinha cicatrizes em seus braços e acabara de acender um cigarro.

Benn: Um dia você vai entender o que ser um pirata não é tão fácil, principalmente ser o capitão, você tem que cuidar e se preocupar com toda a tripulação, garantir que eles não vão morrer, lutar por eles e com outras mil coisas que você vai encontrar no meio do caminho. Ser pirata não é brincadeira. Claro que eu não to falando isso pra te desanimar, e nem o capitão faz o que faz pra caçoar de você.

Ele dava uma tragada no cigarro e soltava a fumaça expirando.

Luffy: Tenho minhas dúvidas.

Fala isso apontando pro ruivo fazendo caretas pra ele. Benn ri e volta a tomar cerveja.

Makino: Que bom que todos estão se divertindo.

Falou a dona do bar, uma mulher com cabelo escuro que nem o do Luffy. Ela usava uma camisa de mangá comprida, uma saía que cobria toda sua perna e lenços cobrindo seu cabelo. Ela estava atrás do balcão e carregava o último barril de cerveja que eles tinham no momento. O barril sequer durou alguns minutos antes de toda a tripulação acabar de vez com o estoque de álcool do bar.

Makino: Então Luffy, vai querer comer alguma coisa?

Luffy: Carne!

Ela sorri ao ouvir a resposta de prontidão do garoto e ver que ele já até pegou os talheres para comer.

Luffy: Shanks, quanto tempo mais vocês vão ficar aqui?

O garoto olha pro da cicatriz com seus grandes olhos redondos questionando. Shanks põe a mão em sua barba ainda a fazer esfregando ela pensativo.

Shanks: Acho que vamos fazer mais umas duas ou três viagens antes de ir embora. E não vamos levar você em nenhuma.

Ele dá um sorriso tirando sarro da criança.

Makino botou a comida de Luffy no balcão e o garoto começou a comer, o que não durou muito. Querendo mais ele deu uma olhada ao redor e viu um baú. Ele abre e tem uma fruta esquisita dentro.

BAAM

A porta do bar é chutada com violência, o barulho e as brincadeiras param.

???: Olha só idiotas, digo, piratas. Praticamente a mesma coisa.

Um homem com um casaco vermelho, camisa branca, calça preta um colar de ouro batendo no peito e uma espada na cintura entra no bar junto com o que pareciam ser seus subordinados. Ele era um bandido da montanha, Higuma, famoso nas áreas próximos pelos vários crimes que cometeu.

Higuma: Não precisa se preocupar gracinha, eu só quero 10 barris de cerveja pros meus homens e vamos embora.

Makino dá um passo pra trás um pouco assustada.

Makino: D-desculpe, mas não temos mais cerveja.

O bandido da montanha dá um suspiro e olha irritado ao redor.

Higuma: E o que esses caras estão bebendo é?

Makino: Era nossos últimos barris.

Ela fala com um sorriso forçado.

Shanks: Não seja por isso Makino.

Ele pega a sua garrafa e oferece ao líder dos bandidos. O mesmo dá uma risada, pega e garrafa, vira ela de cabeça pra baixo e bate na cabeça do ruivo com ela, quebrando o vidro e fazendo toda a cerveja cair.

Higuma: Escuta aqui, eu sou um bandido famoso que custa 8.000.000, e vocês são só uns piratas idiotas. Bandidos da montanha e piratas são inimigos naturais, só de pensar em beber a mesma cerveja que você me dá nojo.

Shanks: Mas que bagunça hein.

Ele se abaixa pra recolher os cacos de vidro, Higuma observa com desprezo. Ele destrói mais algumas garrafas que estavam em cima da mesa e joga comida no chão.

Higuma: Já que gosta de limpeza isso deve te manter ocupado. Vamos embora.

Em contraste de quando chegaram, agora que eles saíram tudo estava quieto. Por apenas um segundo.

Tripulação: Hahahahahahahahahahahahaha.

Tripulante 1: Eles te pegaram capitão!

Tripulante 2: Pode apostar, a sua cara tá impagável.

Shanks: Hahahahaha, realmente.

Luffy ouvia tudo aquilo e a raiva foi crescendo nele. Apertando seus punhos e com a testa frazinda ele grita.

Ninguém percebeu ainda, mas um pouco de fumaça escura saía de seus punhos.

Luffy: VOCÊS TÃO DE SACANAGEM? ISSO FOI VERGONHOSO, POR QUÊ VOCÊS NÃO FIZERAM NADA? VOCÊS NÃO SÃO PIRATAS?

Shanks olha pra ele ainda com um sorriso no rosto.

Shanks: Ora Luffy, vamos lá. Isso não é motivo pra se irritar com ninguém, porque começar uma briga com mortes que vão ser atoa.

Luffy: ENTÃO VOCÊS TEM TANTO MEDO ASSIM DE MORRER?

O de cabelo escuro se vira extremamente irritado. Mais fumaça estava saindo dele agora, e dessa vez não era somente das mãos, mas sim de todo o braço e costas, a fumaça era da mesma cor de seu cabelo. Shanks arregala os olhos.

Shanks: Luffy espera!

Ele estica o braço pra tentar tocar no garoto.

Luffy: NÃO FALA COMIGO! EU VOU ATRÁS DE PIRATAS DE VERDADE!

Ele desvia da mão de Shanks, e algo que parece um fogo preto saí de sua própria mão, bate na mesa mais próxima destruindo ela completamente. Aqueles que estavam lá saíram a tempo. O queixo de Luffy parecia que ia cair no chão, não somente o dele, o de toda a tripulação, inclusive o do capitão.

Nesse momento um homem redondo olha dentro de um baú que estava em cima do balcão. Só que ele estava aberto e vazio.

Lucky: Capitão! Sumiu!

Lucky pega um desenho próximo da fruta e mostra pro Luffy. No desenho tinha uma fruta roxa, que parecia um monte de uvas em formato de lágrimas com redemoinhos dentro juntas, e algumas folhas verdes no topo.

Lucky: Luffy, por acaso você comeu isso aqui?

O garoto olha pro desenho e faz um: "Ah."

Luffy: Eu achei que era sobremesa. E era bem ruim.

Shanks bota as mãos na cabeça desesperado.

Shanks: Porra Luffy isso era uma Akuma no Mi! Além de ser uma que tivemos muito trabalho pra pegar!

Não dava pra dizer se ele estava com raiva ou preocupado, mas a calma que ele demonstrava antes sumiu completamente.

Luffy: A-akuma no mi?

Luffy faz uma cara de dúvida e inclina a cabeça pra direita.

Shanks: Uma fruta do demônio! E não qualquer uma, era logo a Yami Yami no Mi! Primeiro que você nunca mais vai poder nadar, segundo que-

O garoto faz uma cara de desespero, mais fumaça preta saí dele.

Luffy: O QUÊ?!

Uma pequena explosão acontece.

...

Alguns dias depois.

Luffy caminhava em direção ao bar da Makino cumprimentando o pessoal da vila enquanto passava por eles. O prefeito brigava com ele falando que ele não ia deixar a criança virar um pirata, ele agia semelhante ao avô do garoto. E assim como ele fazia com o avô, Luffy só o ignorava completamente.

Ele estava de bom humor, apesar de ainda cansarem bastante seus novos poderes pareciam muito fortes. Ele ainda tem que aprender a controlar eles ou caso suas emoções saíam de controle de novo pode resultar na mesma situação de antes. E o mesmo ainda tinha que aprender sobre as propriedades daquela fruta.

O garoto entra no bar e acena pra dona.

Luffy: Yo Makino.

Ela dá um sorriso.

Makino: Oi Luffy, vai querer alguma coisa?

Luffy: Acho que só um suco.

Enquanto tomava a bebida que tinha pedido o bar era preenchido com silêncio.

Makino: Até que eles fazem falta não é?

Luffy entorta a boca.

Luffy: Nada. Eu julguei eles mal, são só uns covardes.

Makino: Não sei, não acho que um covarde iria rir depois de uma situação como aquela.

Os dois ouvem o barulho da porta do bar se abrindo. Os bandidos da montanha daquele dia entram novamente.

Higuma: Esse lugar fede bem menos sem piratas aqui.

Ele e seus ocupam todas as cadeiras do bar e agem como se fossem os donos do local. Makino põe Luffy pra trás do Balcão.

Higuma: E aí gracinha? Cadê a cerveja?

A dona força um sorriso, enche vários copos e vai entregando. Os bandidos vão assoviando conforme ela passa, e até tentam tocar nela. Luffy demonstra um extremo ódio de todos eles no rosto, mais uma vez aquela fumaça preta começa a sair dele, o garoto até pensa em agir, mas Makino faz sinal para ele ficar parado.

Ela passa um copo pro Higuma, e volta pra trás do Balcão. Ele olha ela por trás com um sorriso desprezível.

Higuma: Aqueles caras do outro dia eram uma piada completa. Fiquei isso aqui de matar aquele arrombado. Covarde desgraçado.

Ele bota o dedo indicador acima do polegar com uma distância bem pequena entre eles.

E com isso a paciência de Luffy se extora. Ele pula pra cima do balcão, Makino tenta parar ele mas não dá.

Luffy: UM BANDIDO DE BOSTA COMO VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE CHAMAR O SHANKS DE COVARDE!

Todos os bandidos da montanha olham irritados pro pirralho em cima do balcão. Dessa vez não tem fumaça saindo dele.

Higuma: Como é q-

Luffy: VOCÊ ME OUVIU!

Higuma: Tsc.

Com um impulso ele saí da cadeira e dá um soco no garoto que caí de cabeça no chão.

Makino: LUFFY!

Luffy: AAAAAAAAIIIIIIIIIII.

A criança segura aonde o soco foi dado com uma mão e no calo que se formou na cabeça quando caiu. Nunca tinha sentido tanta dor na vida, o que era muito estranho, já que já tinha passado por coisas piores.

Higuma: Hahahahahahahaha. Esse moleque também é só fala, é ainda pior que aquele idiota.

Todos os outros bandidos começam a rir. Makino fica extremamente desesperada, mas não faz ideia do que fazer.

Luffy: Um... bandido de bosta... não tem direito... de insultar o Shanks!

Abaixo do corpo de Luffy, enquanto ele se contorcia, a sombra dele foi mudando, como se se tornasse fogo escuro e fumaça saia de seu corpo também. Todos pararam de rir vendo aquela cena surreal.

Uma ventania começou dentro do bar, só que o vento parecia estar indo direto para aquele fogo negro. Um copo que estava em cima do balcão caiu naquela "sombra" e parecia ter sido completamente engolido.

Essa situação só durou alguns segundos antes de Luffy ficar completamente sem energia e tudo voltar ao normal. Todos estavam em choque, até Makino que tinha visto que Luffy tinha comido a Yami Yami no Mi não sabia da extensão dos poderes dele. O garoto estava deitado no chão soando frio e respirando pesado.

Higuma: Mas que porra foi essa?

O líder dos bandidos da montanha tinha um pouco de medo nos seus olhos. Isso até um de seus subordinados falar algo que transformou o medo em ganância.

Bandido da montanha 1: Ei chefe, quanto você acha que alguém ia pagar por esse moleque com um poder desses?

Um sorriso se forma no rosto do líder.

Higuma: Só tem um jeito de descobrir.

Ao ouvir isso Makino fica desesperada.

Makino: Espera, por f-

Higuma: Cala boca mulher!

Ele dá um tapa na cara dela, pega o Luffy do chão e saí correndo do bar junto com seus subordinados.

Luffy: Makino...

Luffy tenta levantar a mão, mas nem para isso o garoto tem forças.

A dona do bar se levanta e saí correndo, só que a silhueta dos bandidos já está fora da vila e mesmo que eles estivessem lá não teria ninguém para ajudá-los.

Makino: "Se pelo menos o Garp-san estivesse aqui!"

De longe toda a vila observava os criminosos se afastando, alguns até queriam tentar ajudar o de cabelo escuro, só que faltava coragem pra todos.

Prefeito da vila: Droga, em que merda você se meteu dessa vez?

Todos estavam angustiados, rezando por um milagre que salvasse o garoto. Suas preces foram ouvidas.

Shanks: Estava me perguntando por que ninguém recebeu a gente no porto. Por quê os bandidos pegaram o Luffy?

Ninguém tinha percebido a presença do pirata e de repente ele estava do lado deles.

Makino: Shanks eles vão tentar vender o Luffy!

O ruivo olha a angústia no olhar da Makino e entende mais ou menos a situação.

Shanks: É claro que eu não vou deixar eles fazerem isso com o meu amigo. Homens vamos lá!

Tripulação: Sim capitão!

Assim como o Shanks, eles só perceberam a presença da tripulação quando eles falaram. E tão rápido quanto apareceram, tão rápido eles sumiram, ou pelo menos foi como pareceu para os moradores da vila.

Os bandidos seguiam pela costa em direção a sua base mais próxima. O Luffy se debatia em vão, já que não tinha forças pra nada. Então, uma pressão gigantesca se impõe sobre seus corpos e todos ficam petrificados.

Shanks: Eu não importo de vocês me caçoarem ou rirem de mim. Agora, se tentarem machucar um de meus amigos é algo que só pode ser perdoado com suas mortes.

Luffy: A-amigo...

O ruivo com chapéu de palha andava entre os bandidos. Só que a expressão dele era diferente da de alguns dias atrás.

Higuma: M-merda!

A pressão sob os bandidos some e eles voltam a conseguir se mexer. Todos pegam armas e apontam para o Shanks que permanece inabalável.

Antes que qualquer um dos bandidos pudesse atirar a tripulação do ruivo ataca. Durou menos que meio minuto e todos os bandidos da montanha exceto Higuma estavam no chão mortos.

O líder estava chocado sem entender nada do que estava acontecendo. Até o moleque de cabelo escuro com ele estava surpreso. Ele se lembrou sobre o que o Shanks disse sobre mortes desnecessárias e ele entendeu que ele não estava falando das mortes de alguém da tripulação.

Shanks: Solta o garoto!

O líder, ou antigo líder, dos bandidos estava desesperado. Ele dá alguns passos pra trás, antes que alguém fizesse algo ele uma coisa do bolso e joga no chão. Uma bomba de fumaça.

Os piratas tossem um pouco e quando a fumaça desce tanto Higuma quanto Luffy desapareceram.

Shanks: Coff. Merda!

Perto dali o bandido da montanha tinha roubado o barco de um pescador próximo e se distanciava o máximo que podia da costa. Ele estava hiperventilando em completo desespero.

Higuma: Merda! Merda! Merda! ISSO É TUDO CULPA SUA!

Ele chuta Luffy na barriga com toda a força que podia, fazendo a criança vomitar, chorar e gritar ainda mais de dor.

Luffy: AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH!

Higuma: Grita o quanto quiser seu porra.

Ele tinha agora o olhar de um lunático, ele levanta no meio do barco, as ondas batendo no barco e o mesmo sendo somente um pequeno barco de pesca fazem ele ser bem difícil de manter o equilíbrio. O bandido pega uma arma da cintura e aponta pro Luffy.

Higuma: Imagino qual vai s-

Antes dele terminar a frase, um monstro marinho atraído pelo barulho dos gritos do pequeno usuário de Akuma no Mi engoliu a parte superior do corpo do Higuma.

A carne e os ossos pareciam tão fáceis de cortar quanto papel pro monstro, e um monte de sangue sujou, o barco, o mar e o Luffy que não deu a mínima atenção pra isso, ele estava estava muito assustado com o que iria acontecer com ele. A criatura termina a parte inferior do antigo bandido do mar e destrói o barco no processo. Luffy caí na água e as poucas forças que ele ainda tinha somem de vez. Com seus olhos quase fechando ele só vê a silhueta do monstro avançando em sua direção.

Luffy: "Eu não quero morrer!"

Uma força puxa ele pra cima da água e o cobre num abraço. O garoto enche os pulmões de ar de novo e olha pra cima, pro ruivo com um chapéu de palha.

O monstro marinho abre a boca para atacar os dois mas Shanks simplesmente olha pra ele. A criatura para, e foge com muito medo.

Luffy: Shanks, cof cof, as coisas que eu te disse... me desculpa.

O pequeno fala chorando. O ruivo coloca a mão na cabeça dele e bagunça um pouco mais o cabelo do garoto. Um grande sorriso pode ser visto em seu rosto.

Shanks: Tá tudo bem Luffy.

Foi a primeira vez na vida que Luffy se sentiu tão fraco e ele finalmente entendeu o quão perigoso o mar podia ser.

...

Luffy: Dessa vez vocês vão de vez né?

O garoto, que agora também tem uma cicatriz embaixo do olho esquerdo perguntava sorrindo.

Shanks: Sim, e nem adianta pedir que eu não vou te levar.

O do chapéu de palha fala em tom de brincadeira.

Luffy: Eu não ia pedir mesmo.

Ele bota a língua pra fora respondendo.

Luffy: Quando eu for pro mar, vai ser com a minha própria tripulação.

Ouvindo isso não só o capitão, mas todos os piratas no navio dão um sorriso vendo que o garoto amadureceu um pouco.

Shanks: Me pergunto que tipo de tripulação um fracote como você vai conseguir juntar.

Luffy: Uma tripulação ainda melhor que a sua. E eu vou ser ainda mais forte do que você, não mais forte do que todo mundo. EU VOU SER O REI DOS PIRATAS!

O sorriso de todos se intensificou ainda mais. Eles sabiam que o garoto não ia decepcionar.

Shanks se abaixa para olhar Luffy cara a cara, sua expressão fica um pouco mais séria.

Shanks: Acho que por hora isso é um adeus. Luffy eu já te expliquei as propriedades da Yami Yami no Mi, tome muito cuidado pra garantir que ninguém além de seu avô descubra sobre isso.

O garoto acenou com a cabeça.

Luffy: Pode deixar! Essa é a fruta perfeita pro futuro mais forte do mundo.

Shanks: Hahahahaha com certeza é. E pra finalizar.

Ele pega o chapéu de palha da sua cabeça e bota na do Luffy. O garoto arregala os olhos surpreso.

Shanks: Sabe, esse chapéu é bem importante pra mim. Então, até o dia em que você se tornar um grande pirata e nós nos reencontrarmos
cuide dele pra mim. Pode ser?

Luffy queria falar alguma coisa, mas o choro não deixou. Então ele novamente só acenou com a cabeça.

Esse ainda não era o começo da jornada do Luffy, mas com certeza foi o que iniciou ela. E a jornada começaria 10 anos depois.
Todos da vila estavam no porto olhando, um garoto. Ele não era gigante, mas tinha músculos muito bem definidos e treinados, usava um chapéu de palha antigo, uma camisa vermelha aberta, shorts e chinelos, ele também tinha alguns colares que roubou por aí e em seus bolsos só alguns berries, também roubados. Nas suas costas ao invés de uma arma de fogo ou uma espada estava um cano de aço. Ele terminava de botar os suprimentos num dos barcos de pesca. Num barco ao lado um grande tigre cochilando ocupava todo o espaço.

Luffy terminou de amarrar um barco no outro e virou para se despedir.

Luffy: Adeus pessoal. Agora quando vocês ouvirem falar de mim de novo vai ser por causa da minha recompensa. Shishishi.

Tirando o prefeito todo mundo riu.

Makino: Adeus Luffy, faça uma boa viagem.

Morador da vila: Não esquece de trazer algum tesouro quando voltar.

Luffy: Shishishi. Pode deixar.

Prefeito: Tsc, você vai é destruir nossa reputação isso sim.

O de chapéu de palha então desamarra o barco do porto e puxando o outro barco com seu tigre de estimação segue em direção as suas aventuras.

Ele já tinha tomado uma distância considerável quando um monstro marinho, o mesmo de vários anos atrás, surge em sua frente.

Luffy: Yo, sempre quis te reencontrar.

O monstro avança, Luffy simplesmente ri, sua mão direito fica coberto de chamas negras, que na realidade era escuridão, e ele dá um soco
que se torna uma coluna de escuridão, atingindo e matando na hora o mostro marinho, fazendo até um grande buraco no seu cadáver.

Luffy: Uhuuu! Ucy, comida!

O pirata puxa monstro pra mais perto e até o seu tigre acorda para comer. Esse era o começo da jornada de Monkey D. Luffy, o homem que iria se tornar o Rei dos Piratas.