Dalton: Tenham cuidado, existem muitas espécies nativas daqui, mas os Lapahns são especialmente violentos, evitêm-os o máximo que puder.
O da túnica verde avisa, dando a última ajuda que conseguiria dar, sentia que era o mínimo que poderia fazer e lamentava não poder ajudá-los mais, até se culpando um pouco, seja pela situação em que os piratas se encontram, ou o estado atual de Drum. No fim, até hoje ele não foi capaz de se perdoar por seus pecados.
Vivi: Pode deixar Dalton-san, muito obrigada por tudo.
A azulada agradeceu o aviso, e o gigantesco felino pré-histórico também conhecido como Monkey D. Luffy acenou a cabeça concordando. A falta de uma resposta verbal dele faz Dalton imaginar que ainda não tinha controle completo sobre seus poderes, e ainda era incapaz de se comunicar em forma animal.
Dalton: Lhes desejo uma boa viagem.
Ouvindo isso o do chapéu de palha rapidamente correu na direção da montanha o mais rápido possível, ele avançava como se sua vida dependesse disso, mas na realidade era muito pior, era a vida de suas amadas e de seu amigo que dependia.
Vivi: Luffy vai rápido, mas tenta não ser muito bruto. Se tiver muitos impactos de corrida, pode afetar os outros!
Por um segundo ele para antes de voltar a correr, só que agora de maneira mais cuidadosa, tendo certeza de que não está indo por um trecho muito tortuoso e evitando o máximo de colisão possível. A azulada dá um suspiro de alívio, a situação podia não estar tão boa quanto pensaram que estaria quando chegassem em Drum, e eles teriam que literalmente enfrentar uma montanha para salvar todo mundo, mas ela sabia, sabia que tudo daria certo.
Porque ninguém menos que o futuro Rei dos Piratas estava a ajudando, e quando Luffy estava envolvido tudo era possível. Com um sorriso meigo no rosto, pela primeira vez se sentindo mais calma desde que Bonney, Nami e Law tinham caído doentes, ela faz carinho no topo da cabeça de Luffy. A atitude pega o moreno de surpresa, porém um sentimento bom, quase igual aos momentos em que suas namoradas fizeram isso com ele.
...
Na maior parte do tempo, o trabalho de um vigia de Drum era bem monótono. Tirando meses atrás com aquele filho da puta do Barba Negra, e a menos de uma hora atrás com os Chapéus de Palha, a maioria das vezes eles sequer viam um navio pirata. No máximo vez um ou outra, quando algum navio passava no horizonte e esse era o ápice da empolgação deles enquanto ficavam esperando para ver se piratas viriam ou não, sempre sendo a segunda resposta. Sem eles saberem isso acontecia porque uma das ilhas principais que apontava para Drum era Little Garden, com quase ninguém saindo vivo de lá.
As outras ilhas que também apontavam para Drum eram ilhas menores, que não costumavam ser rotas de piratas, como resultado Drum era um lugar na maioria do tempo pacífico durante essa Grande Era dos Piratas.
Os que tinham acabado de chegar no turno de vigia observavam o mar entediados, atentos, mas não esperando nada. Até os que estiverem presentes quando os Chapéus de Palha chegaram já tinham perdido a adrenalina do momento, apesar do rosto furioso do capitão ainda os assustar.
- Mas e aí? Aquele Chapéu de Palha é tão assustador quanto os rumores diziam?
Quem perguntou era um jovem de vinte e poucos anos cujo turno tinha acabado de começar. Ele, assim como vários outros, estava curioso quanto ao infame bando que o líder deles havia deixado entrar.
- Porra, teve um imbecil que deixou o dedo escorregar e atirou sem querer. Por sorte pegou de raspão numa garota, ela mesma pediu pra Monkey D. Luffy não fazer nada.
- Então ele é tranquilo assim?
A pergunta fez todos os que estavam presentes durante aquela situação rirem alto, pegando os outros de surpresa.
- Garoto, se ela não tivesse segurado ele estaríamos todos mortos. O chapéu de palha olhou pra gente com um ódio, juro que parei de sentir minhas pernas naquela hora, pensei que ia morrer.
Percebendo que as histórias não eram exageros completos os outros engoliram em seco. Um dos que observava o oceano com um binóculos comentou.
- Demos sorte de que pelo menos eles parecem razoá-
Sua fala é interrompida por uma surpresa nada agradável. O mar gelado que normalmente era bem calmo de repente começou a formar diversas ondas. A água se levantava com algo obviamente se emergindo, e o que surge na frente de todos é um grande navio com um hipopótamo como cabeça.
O primeiro pensamento de todos foi a de que aquele era somente mais um navio pirata, dois chegarem em Drum num intervalo tão curto de tempo era incomum, mas não impossível.
- Algum registro desses piratas?
Pergunta olhando para os lados, esperando uma resposta de seus amigos.
- Não, mas-
Ele deixa o binóculos cair na neve, seus olhos arregalados enquanto dava passos para trás lentamente.
- O que foi?
A reação desse vigia assustou a todos, por um momento até se perguntaram se Barba Negra havia voltado, mas isso sequer fazia sentido.
- É o Wapol...
Para os habitantes de Drum essa era uma resposta ainda mais assustadora do que se um pirata de verdade tivesse aparecido. Wapol foi quem fez suas vidas um inferno, um verdadeiro tirano que abusava dos fracos sempre que podia.
Desespero se formou no rosto de todos, mas eles não ficaram parados, se dividindo em dois grupos. O primeiro ainda permaneceria de vigia, o ideal seria evitar confronto para evitar mortes de seu lado, sabiam muito bem que avançar agora era o mesmo que cometer suicídio, e o segundo grupo iria correndo para encontrar Dalton e avisá-lo sobre o retorno do antigo rei de Drum.
Só que antes desse grupo sair, eles receberam mais uma notícia, talvez até mais devastadora que o retorno do de cabelo roxo.
- Musshuru...
Quem falou isso era um velho que após ver a pessoa que estava ao lado de Wapol no convés do navio, ficou completamente pálido.
- Aquele arrombado do Wapol... AVISEM O DALTON QUE MUSSHURU VOLTOU!
...
Bartolomeo: Hmmm, aqueles são os caras de ontem? E esse pessoal parece conhecer eles. Hmmmm...
O de moicano esfregava o queixo pensativo, considerou se deveria se envolver, mas no fim sua missão de cuidar do navio era muito mais importante. Carue rezava do fundo de seu coração que eles não fossem envolvidos nessa loucura, dessa vez eles realmente não tinham nada haver com a situação.
Bartolomeo: Só espero que o Zoro-san não tenha sido pego quando esse navio subiu.
Obviamente ele havia sido.
O navio já havia atracado, dele desciam Wapol com uma capa vermelha com veludo branco nas laterais, uma cara de ouro na cabeça e um sorriso convencido no rosto. Ao seu lado, andando de igual para igual estava um homem. Ele tinha um cabelo rosa, o formato de seu cabelo lembrava a cabeça de um cogumelo. Seu queixo era quadrado, também tinha uma barba preta em seu rosto, assim como uma máscara da mesma cor nos olhos. Seu corpo era protegido por uma armadura azul, com linhas verticais de azul claro, seu ombro direito era coberto por uma capa cor violeta e veludo branco nas pontas. Já no seu lado esquerdo ele tinha uma ombreira escuro com esferas douradas, e por volta de seu pescoço ele usava a pele de uma doninha como cachecol. Suas calças eram laranjas, suas botas vermelhas e suas luvas da mesma cor, ambos com veludo na base deles.
Esse Musshuru, e ao contrário de seu irmão mais novo, ele era magro e alto.
Atrás deles vinham duas pessoas, Chess que tinha uma expressão confiante pois finalmente tudo estava dando certo de novo. O segundo era um homem de altura médio com uma capa laranja com dois afros nas pontas do fim dela, e afros brancos nas pontas das partes superiores que cobriam seu peito. Sua camisa era também laranja, com detalhes brancos nos lados e botões de amarelo claro, shorts também laranja, mas suas botas eram pretas. Seu cabelo era um afro, e na sua barba ele usava três afros pequenos. Seus punhos eram cobertos com o que parecia ser luvas de box, só que também assemelhavam a um afro, com o único dedo de fora sendo o dedão de cada mão.
Ele era Kuromarimo, o segundo em comando de Wapol.
Wapol: O que acha An-chan?
Perguntou com um tom respeitoso para o de cabeça de cogumelo.
Musshuru: É o mesmo picolé do qual eu fui chutado anos atrás. E me chame de Aniki!
Respondeu após dar uma olhada ao redor, vendo quão pouco o cenário do país gélido havia mudado durante vinte anos.
Wapol: Foi mal An-chan.
Uma veia apareceu na testa do mascarado, e ele decidiu não insistir no assunto agora.
Musshuru: Onde está o tal do Barba Negra?
Se virou para os subordinados de seu irmão para perguntar.
Chess: Nós não temos certeza se ele ainda está no país Musshuru-sama. Se ele não estiver estará tudo bem, caso ele esteja um...
Um sorriso perverso e confiante se formou em seu rosto enquanto observava a grande carta na mangá que haviam obtido, canhões de força extraordinária. Eles haviam conseguido contrabandear esses canhões que tinham origens na própria ilha Karakuri, sem dúvidas o maior poder de fogo presente em Drum inteiro estava em suas mãos.
Musshuru: Eu mesmo cuido desse merdinha, esses canhões aí pra ensinar o povo a se curvar pra família real. Mas você também tem que ser muito incompetente pra permitir que tantos ainda estejam rebeldes a você.
Disse diretamente para seu irmão mais novo, que ao invés de ficar irritado com as palavras apenas coçou a cabeça e deu um sorriso sem graça.
Wapol: É mesmo né An-chan, mas com você aqui vai dar tudo certo.
Musshuru o observa com o canto do olho, bufa e saí andando na frente.
Kuromarimo: Tsc, insolente, se não fosse por nós e pela grandeza de Wapol-sama ele ainda estaria preso naquele inferno.
Apesar terem ficado quietos o tempo todo, os dois principais subordinados de Wapol se demonstraram bastante insatisfeitos com as atitudes do irmão mais velho de seu rei.
Wapol: Deixe esse merdinha se achando agora, assim que o país for meu de novo eu posso só manda-lo de volta pro País do Fogo. Mahahahahaha, aposto que por essa ele não vai esperar!
Ao contrário de sua atitude complacente enquanto o de cabelo rosa está ao seu lado, agora o rosto do de queixo de aço carregava uma expressão irritada e um claro desprezo na voz.
Kuromarimo: Vamos direto para o castelo Wapol-sama?
O de cabelos roxos considera por alguns segundos, era tentador mas se lembrando de um certo traidor, sua boca se torce num sorriso psicótico.
Wapol: Vamos primeiro dar uma passadinha na casa do Dalton. Mahahahahahaha!
Com alguns de seus subordinados carregando os canhões e já em cima de suas montarias, hipopótamos peludos originários de Drum, eles seguem para que o povo lembre quem é seu rei.
Sequer imaginavam que aqueles piratas que haviam encontrado ontem estavam em Drum. Os planos de Wapol era usar seu irmão e as armas para retomar o país, e depois caçar aqueles piratas. Se ele soubesse que eles já estavam ali sua expressão seria muito agradável, mesmo se soubesse a verdadeira força e brutalidade deles ainda estaria confiante. Musshuru, apesar de na sua opinião ser um imbecil, era muito forte, eles tinham canhões muito poderosos, e acima de tudo, ele era rei. O que um mero pirata poderia fazer perante um verdadeiro rei?
Eles foram em frente em suas montarias, levavam consigo alguns soldados armados, alguns que carregavam os canhões e Isshi-20, ps últimos médicos que sobraram em Drum, os que haviam abaixado a cabeça e decidido trabalhar diretamente para Wapol.
Estavam levando uma boa parte de suas forças, mas alguns ainda ficaram no navio. Eles tinham que descer com diversas coisas, além de que na hipótese de tudo dar errado deveriam estar prontos para fugir a qualquer instante. No entanto, eles deram um tremendo azar, porque quando estavam emergindo acabaram interrompendo o treino de um certo espadachim de cabelos verdes.
Zoro, com apenas a parte superior na água, olhava para o navio.
Zoro: Quase certeza que esse é o mesmo de ontem.
Dando de ombros ele escala por toda a parede do navio até subir no convés. Vários homens armados andavam por aí patrulhando e descendo com vários itens para a praia. Eles usavam as mesas roupas que os que atacaram o Merry no dia anterior, botando um sorriso no rosto do esverdeado.
- Quem é você? Saía desse navio agora!
Por estarem concentrados com suas tarefas em mãos demorou alguns segundos para percebe-lo, só que como um verdadeiro exército, assim que o fizeram todos largaram o que faziam e apontaram as armas carregadas para o espadachim.
Zoro: Vocês atacam nosso navio, interrompem meu treino e ainda nem sabem quem eu sou? Acho que minha recompensa ainda tá muito baixa.
Todos os presentes fizeram rostos confusos sem entender o que o intruso quis dizer, porém alguns poucos se lembraram de ouvirem de Chess sobre o que aconteceu ontem.
- Espera, por acaso esse não é um daqueles piratas que o Wapol-sama encontrou ontem?
Ouvindo essa possibilidade todos deram alguns passos para trás assustados, fazendo um sorriso tenebroso se formar no rosto do primeiro imediato dos Chapéus de Palha. Chess havia sido bem detalhista com os eventos que decorreram ontem, e o massacre que esse homem e seus companheiros fizeram assustaram todos os soldados.
- ATIREM!
Reunindo toda a coragem que tinha esse homem gritou acreditando que se atacassem primeiro conseguiriam a vantagem. Seguindo a ordem os soldados recuperaram a postura, e atiraram na direção de Zoro, porém ele não estava mais lá.
Assim que o barulho das balas acaba eles ouvem o som de carne e ossos sendo cortada, assim como um grito agudo e desesperado de terror.
Zoro estava entre eles, a Wado Ichimonji estava entre os dentes, a Shigure em sua mão esquerda e a Sandai Kitetsu na direita. Aos seus pés estava um homem que tinha tido os dois braços cortados, gritando e se contorcendo no chão. As duas espadas nas mãos do esverdeado estavam com o sangue escorrendo pelas lados afiados, além do próprio ter se sujado de sangue, que se misturava com as gotas de água ainda em seu corpo, amenizando o vermelho do líquido que não mais corria nas veias do soldado. Os gritos também não duraram muito porque a Sandai Kitetsu foi parar na nuca do homem.
Qualquer força de vontade que os soldados poderiam sentir havia se reduzido a nada, suas mentes apenas gritavam para eles saírem correndo. Os que eram amigos das pessoas que haviam sido mortos ontem se perguntaram se os falecidos haviam sentido o mesmo que eles sentiam agora.
Para os homens de Wapol aquele foi um massacre completo. Para Zoro aquilo era aquecimento.
Com o balançar da Sandai Kitetsu arrancava a cabeça de três, ele sentia a katana tremer satisfeita em suas mãos, já tinha um melhor controle sobre ela só que também sentia que ainda não havia nem começado a arranhar o potencial da espada. Com a Shigure ele fazia cortes rápidos, enfiando a espada que uma vez de uma marinheira no peito de um homem e quando a tirou já cortou o pescoço de outro. Com a Wado Ichimonji ele defendia as poucas balas que atiravam, a maioria estava focada em tomar distância dele só que morriam antes disso. Com a katana de punho braço cortou as costas de um dos soldados, derrubando-o morto no chão.
Mais e mais soldados surgiam tentando matar Zoro, mas em questão de segundos ou eles já estavam mortos, ou corriam para serem mortos depois.
O massacre era desconhecido por Wapol, mas não passou despercebido pelos vigias que haviam ficado para reportar as movimentações do tirano. Eles observavam assustados e também impressionados enquanto as forças do homem que tanto odiavam eram reduzidas a nada.
- Incrível...
A batalha também não passou despercebida por Bartolomeo, que observava tudo do ninho de corvo com um binóculos.
Bartolomeo: Zoro-san com certeza está se divertindo bastante.
E o pato continuava fervorosamente rezando para que eles não fossem envolvidos nessa confusão. Era triste que seus esforços seriam em vão.
...
Dalton: Esse tempo... Parece que vai começar uma tempestade, espero que dê tudo certo...
Falou enquanto observava a montanha da qual os piratas se dirigiam. Nuvens escuras começavam a cobrir o céu e de pouco em pouco os ventos iam ficando mais fortes.
Marianne: Não se preocupe, o Luffy-nii é bem forte, ele vai chegar lá bem.
Respondeu ao mais velho sem tirar os olhos da pintura que fazia do cenário do país, com Ucy incluso fazendo pose. Daonde ela tinha tirado telas, tinta e pinceis Dalton não fazia ideia.
Dalton: Pode até ser, mas será horrível se eles derem de cara com Lapahns.
Tinha uma tensão na sua voz, ele parecia verdadeiramente preocupado.
Mikita: Você não falou que eles eram tipo... coelhos carnívoros?
Ela tinha uma sobrancelha levantada e os ombros pra cima, mostrando que esse conceito simplesmente não fazia sentido.
Usopp: Se forem só uns coelinhos com dentes afiados não tem problema. Por acaso não viu o tamanho do Luffy?
O narigudo fez um gesto apontando para trás com seu dedão sobre o ombro. O de cavanhaque balançou a cabeça de um lado mostrando que não era isso.
Dalton: Lapahns são coelhos, tem a agilidade deles, mas o tamanho e a força de um urso, além de atacarem em bando.
É possível ouvir o som de Usopp e Mikita engolindo em seco, até Marianne quase cospe o chá que está bebendo quando ouve isso.
Sanji: EU SABIA QUE EU DEVIA TER IDO JUNTO!
Gritou o jovem adulto em forma de criança saindo da casa com vários pratos quentes das mais variadas comidas. Dalton nem sabia que ele tinha tantos ingredientes em sua casa, e que eles serviriam para fazer tanto variedade de pratos. A dos limões, a dos cachinhos, o narigudo, o tigre e da túnica verde estavam começando a se questionar da sanidade dele.
Mikita: Não acho que você seria muito útil desse... jeito.
Sendo pela milésima vez lembrado da sua condição, ele primeiro morde o lábio inferior e depois começa a chorar alto, o que faz todos darem um suspiro.
-: Dalton-san! Dalton-san! Você precisava de um médico né?
Uma mulher de grande estatura chega chamando o líder. Marianne e Usopp, se lembrando do que havia sido dito para eles no caminho para cá sobre Ursos Alpinistas se curvam para ela.
Dalton: Sim, mas os pacientes já foram levados.
Habitante de Drum: Que pena, acabaram de falar que ela está na outra vila.
Todos viram seus rostos para ela com os olhos arregalados e surpresos.
- QUE?
...
Os ventos gélidos eram como lâminas finas cortando através da pele dos dois, Vivi pelo menos estava agasalhada, e Nami, Bonney e Law estavam cobertos o suficiente para não terem que se preocupar com o frio, mas a azulada estava atenta a situação de Luffy.
Para não rasgar sua roupa de frio quando se transformasse ele a tirou ficando apenas com sua camiseta e short. Eles esperavam que os pelos dele fossem o suficiente para aquecê-lo, mas os ventos gélidos e o grande amontoado de neve no chão que, além de ridiculamente gelados, atrapalhava a corrida estavam provando o contrário.
Mesmo assim ele ainda tinha um olhar completamente focado, parecia ignorar sua própria condição e avançar apenas pelo bem dos três em suas costas. Se lembrando das palavras duras que tinha dito para o moreno mais cedo, agora se arrependia.
A azulada passou a mão pela nuca dele, estava fria, então ela se deitada colocando seu queixo em cima da cabeça dele e seus braços abraçando seu pescoço. O das cicatrizes levantou levemente a cabeça para o lado com um olhar curioso que a princesa notou.
Vivi: Estou te ajudando a se aquecer.
Ela tinha o rosto completamente vermelho, mas abraçou ele ainda mais forte. Não conseguia ver, porém tinha um leve sorriso no rosto de Luffy.
Vivi: Ei- susurrou perto do ouvido do garoto - Me desculpa por antes, você é um ótimo capitão.
Fala essas palavras apenas para o ouvido dele. Por mais que Luffy não consiga responder verbalmente agora, ele acena a cabeça e a princesa sabe que ele está dizendo que está tudo bem. Reconfortada ela fecha os olhos e deitada a cabeça na dele, querendo aquece-lo um pouco e aproveitando o abraço.
A distância, uma família de Lapahns, criaturas brancas do tamanho de ursos mas com rostos e orelhas de coelho, observavam o feroz tigre dos dentes de sabres. Normalmente essas criaturas são extremamente protetoras de seu território e atacariam qualquer um que o invadisse, independente dele parecer forte ou não. Porém existia algo sobre aquele felino, como se ele fosse uma força ancestral que eles não pudessem deter, que fazia os pelos dos Lapahns se arrepiarem de medo, então dessa única vez, eles decidiram que iriam abrir uma exceção.
Eles não faziam ideia de como essa decisão os poupou de muita dor.
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O homem mais forte do mundo
FanficPoucos sabem quais as Akumas no Mi mais fortes, e mesmo entre esses poucos o consenso de qual é a mais forte de todas é inexistente. Mas todos concordam que uma fruta depende muito mais do potêncial do seu usuário do que do seu próprio poder. E o qu...