Chapter Thirteen

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 Estávamos no alto das escadas de madeira que ficavam frente a frente. Ele segurava a mola Slinky verde, e eu, a vermelha.

— A mola que chegar lá embaixo primeiro ganha. Só pode tocar se ela ficar presa — avisei, e minha voz ecoou no espaço amplo.

— Eu podia estar lendo.

— Eu podia estar comendo uma refeição caseira, mas nós dois estamos fazendo sacrifícios pelo bem maior.

Ele sorriu e rasgou a embalagem do brinquedo com os dentes.

— É tão boa nisso quanto no pôquer?

— Ei! Deixa a marra para depois que ganhar.

Colocamos as molas no alto da escada. Contei até três e as soltamos. A dele desceu três degraus, passou por um vão do corrimão e caiu no chão lá embaixo. Eu ri ao ver que a minha continuava descendo.

— Você não saiu do jogo — falei. — Só pega a mola e põe de volta no mesmo degrau.

Ele desceu a escada correndo, mais depressa do que eu esperava, e pulou por cima do corrimão quando chegou perto do fim. Pegou a mola e subiu correndo. Nunca o vi tão animado como quando devolveu a mola ao degrau e deu um empurrãozinho para fazê-la descer. Mas era tarde demais. Eu tinha ganhado antes que a mola dele descesse mais cinco degraus. Levantei as duas mãos

— Ganhei! Quem vai ser a marrenta agora?

Ele cruzou os braços e se apoiou no corrimão, como se esperasse o ataque.

— Eu ganhei porque sou a melhor — falei, e achei bobo.

— Você treinou muito, já percebi.

— Eu sempre ganho. Sou humilde, só isso. — Ele riu, depois pegou sua mola no chão.

— Melhor de três?

— Pode ser. O que não falta para nós é tempo.

Depois da minha quinta vitória seguida, ele ficou parado no alto da escada, estudando a mola.

— Talvez a minha tenha algum defeito.

— É essa a desculpa que vai dar? — Ele a virou e puxou uma ponta.

— Se eu tivesse chiclete e uma moeda... — Franzi a testa.

— Quê?

— Se um lado ficasse mais pesado, acho que ela desceria mais depressa.

— E para que serviria o chiclete?

— Eu teria que colar a moeda com alguma coisa, não é?

— E chiclete é a primeira opção? Não pensou em fita adesiva ou supercola?

— Eu pensei em duas coisas que poderíamos encontrar por aqui.

— Vamos passar para o próximo jogo, antes que você comece a procurar embaixo das mesas.

— Próximo jogo?

— Vem comigo.

Eu o levei até o fim do corredor, para além de um busto de bronze do presidente da faculdade que antes ocupava o prédio, depois virei. Os outros brinquedos estavam no meu bolso, ainda na embalagem, e peguei os dois minifrisbees que tinha encontrado. Cada um deles tinha um lançador de plástico.

— Você encaixa o frisbee no lançador e aperta a ponta. Ganha quem lançar mais longe.

— Tem algum segredo para fazer isso ir mais longe?

Ao Seu Lado {Adaptação Beauany}Onde histórias criam vida. Descubra agora