Cheguei ao colégio meio cedo no dia seguinte e fiquei esperando Bailey no estacionamento. Ele sempre parava o carro no mesmo lugar, na fileira do fundo, de frente para a saída. Vi quando ele estacionou na vaga. Ele pegou a mochila no banco do passageiro e saiu do carro. Eu saí do meu. Tinha que consertar as coisas com ele. Bailey era amigo de Jeff havia muito tempo, e nos últimos meses havia se tornado meu amigo também. E não me agradava saber que ele estava bravo comigo.
— Oi — falei, levantando o punho para ele bater.
Bailey olhou para minha mão fechada e não fez nada, e eu a baixei. Mas respondeu um "oi" enquanto continuava andando.
Eu o acompanhei.
— Bailey, eu não pedi para ver o Noah. Desculpa. A mãe dele me disse que você era a primeira opção de visita, mas ela ficou com medo das suas brincadeiras. — Não tinha nada de errado em uma mentirinha inocente diante de sentimentos feridos, certo?
— Legal — ele respondeu, mas não era essa a reação que eu esperava.
— Está chateado porque não pôde ver o Noah ou porque eu pude?
— Os dois.
— Por quê?
— Porque não acho que você seja a garota certa para ele. O Noah discorda, por isso pediu para eu tentar me aproximar de você. E eu tentei, estou tentando, estou me esforçando ainda mais desde que ele foi para o hospital, porque espero que ele possa sentir isso de algum jeito ou pelo menos que o universo perceba. Mas ainda acho que você não é o melhor para ele. Está mexendo com a cabeça do cara há meses.
— Mexendo com a cabeça dele?
— É, você não se importa. Está sempre sumindo. Fugindo. Fazendo o Noah correr atrás de você. Fiz uma festa para você e você sumiu. Parece que se acha boa demais para nós.
Meu queixo caiu com o choque e não consegui pensar em nada para dizer de imediato. Era assim que meus amigos viam minha ansiedade? Acreditavam que eu me achava boa demais para eles?
— Não é nada disso. Tenho algumas dificuldades, mas nunca achei isso. Nunca.
Eu precisava engolir o orgulho e me explicar melhor, falar sobre o transtorno de ansiedade, mas ele continuava andando como se não quisesse me ouvir.
— Ele está sempre te procurando, correndo atrás e fugindo com você. Como fez no dia da fogueira.
— Eu nem estava na fogueira. Eu não fui. Vocês me deixaram na biblioteca.
— Mas se você não tivesse esse hábito de sumir...
— Ele ainda teria ido sem mim. Como vocês todos foram.
— Mas depois que te encontraram na biblioteca e eu descobri que você nem tinha ido até a fogueira, percebi que ele estava correndo atrás de você. E, se não estivesse, não teria tanta pressa e teria sido mais cuidadoso.
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Ao Seu Lado {Adaptação Beauany}
RomanceO que fazer quando você se apaixona pela pessoa que menos esperaria? Depois de se ver trancada acidentalmente na biblioteca pelo fim de semana inteiro, Any Gabrielly não acha que as coisas podem piorar. Mas ela percebe que não está sozinha. Josh Bea...