Quando As Barreiras São Rompidas

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Klaus e Elijah ficaram discutindo sobre o que fariam, até que decidiram enviar uma mensagem para Freya, ela certamente saberia o que fazer. Receberam a resposta de que não era um feitiço reversível, no caso, somente Bonnie poderia o desfazer. Se viram sem muitas alternativas, a não ser chamar Kassandra, a bruxa sifão que possuíam na família. Não tinha como a chamarem sem que os Salvatores se ligassem do que estava acontecendo, por isso resolveram enviar uma mensagem a irmã mais nova.

Ao receber a notificações de uma mensagem, a mixórdia pegou seu telefone móvel e leu sobre o que estava se passando com seus irmãos. Aproveitou estar no fim da conversa com Stefan e Damon, assim poderia ajudar seus irmãos o mais cedo possível. Respondeu a mensagem de Elijah, confirmando a sua ida e guardou o telefone outra vez.

- Quem estava te mandando mensagem? - Já estava esperando pela pergunta de Damon. Tinha consciência do quão fofoqueiros e curiosos todos de Mystic Falls eram.

- Kai estava pedindo por torresmo e geleia. - Foi convincente com sua resposta, que soou extremamente natural. Estava se levantando, pronta para se despedir dos irmãos. - Muito obrigada pelas respostas e fiquei tranquilos, não irei matar nenhum de vocês. - Os tranquilizou.

Stefan e Damon não tinham medo dos Mikaelsons, sejam eles originais, híbridos ou tri-híbridos. Ficaram aliviados por não precisarem se preocupar com uma mordida de lobisomem ou o gasto de energias para a luta contra a bruxa.

- Mas acho que não haverá nenhum problema se vocês tirarem um breve cochilo. - Não deu tempo para que pudessem raciocinar. Quebrou o pescoço de cada um da dupla. Não precisava de mais nenhum tipo de informação e os deixar acordados poderia desencadear problemas futuros.

Após o "livramento" dos donos da casa, Kassandra pode procurar por seus irmãos, sem ter que passar pelos túneis. Caminhando pelo primeiro andar, se deparou com uma escada que parecia levar até uma espécie de porão. Optou por descer a mesma. Se concentrou nos barulhos que seus irmãos faziam para encontrar o local desejado com mais facilidade.

Chegou ao local onde seus irmãos e o corpo se localizavam no momento. Não foi muito difícil entender o que deveria fazer. Entendeu após tentar chegar ao corpo e ser barrada por uma barreira de magia. A retirou de lá, utilizando seus poderes de sifão. Ao conseguir entrar em contato com o "defunto" de Enzo, Klaus o pegou e os três vampiros saíram da pensão pela porta da frente, que seria mais rápida do que voltar pelos túneis.

Não se preocuparam com os irmãos, que ainda estavam inconscientes no chão da sala.
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- Eles estão voltando. - Rebekah repassava a notícia para sua irmã mais velha, Freya. - Preparare as coisas do feitiço para fazer a troca de corpos.

Uma ajudou a outra a arrumar tudo para que a troca fosse feita o mais cedo possível. Não queriam que algum imprevisto acontecesse e os impedisse de realizar seu objetivo, então o quanto mais cedo, melhor.

No momento em que o trio chegou, o outro trio que estava na casa foi direto em sua direção.

- Preciso do sangue de um dos dois agora. - Kol pedia para um dos gêmeos.

Kol não dava a mínima para Enzo, mas se importava com Kai, que já era um grande amigo da família. Kai não só era um grande amigo dos Mikaelsons, como morava com eles e estava tendo uma espécie de caso com uma das moradoras da mansão.

- Vocês quatro vão iniciando o feitiço, eu vou lá com o Kol. - Kass deu suas ordens e seguiu o caçula até a cela em que o vampiro delirante se encontrava.

Enzo não falava quase nada. Estava se lembrando de seus bons tempos com Kassandra, antes que ela fugisse para agradar seus irmãos. Também estava se rebatendo de dor, parte das dores eram devidas ao veneno em si e parte em relação as memórias que se passavam em sua cabeça como um filme se passando em uma tela.

A loira mordeu seu pulso e o colocou rente a boca do vampiro, assim se curaria do veneno do lobisomem. Foi uma cura praticamente de imediato, que a fez utilizar um outro feitiço para deixá-lo inconsciente para a execução do feitiço principal.

- O leve para Freya, estarei logo atrás. - Disse o que seu irmão deveria fazer. Assim foi feito.

Estavam todos os irmãos originais, exceto por Finn, reunidos na sala para a execução do feitiço. Freya a Kass uniram forças para a realização do objetivo e os outros quatro ficaram apenas de apoio moral.

- Katherine disse que eles ficarão desmaiados por algum tempo. - Freya explicou após a conclusão de sua missão.

Enquanto esperavam pelo despertar de Lorenzo e Malachai, Rebekah fez a sugestão de irem se arrumando para o jantar que aconteceria ainda naquela noite. Fizeram uma divisão de quem iria se arrumar e quem iria cuidar dos dois, caso acordassem. Kass não demorou muito para se arrumar e trocou de lugar com Kol, que também não iria demorar tanto.

Não demorou muito para que um deles acordasse e revelasse algo sobre o funcionamento do feitiço passado por Katherine.

- Por que fez tudo isso? - A mestiça questionou o primeiro que despertou.

- Eu preciso de te ter de volta, esse foi o modo que eu encontrei. - Lorenzo a respondeu enquanto se levantava. - Eu te amo. - Adicionou.

- Onde? - Levantou um pouco seu tom de voz.

- O quê? - Não conseguiu compreender o que ela queria dizer com o "onde".

- Mostre-me. - Mudou novamente seu tom de voz, porém dessa vez era pouco mais baixo que o usual. - Onde está esse amor? Eu... Eu não consigo ver, não consigo tocar, não consigo sentir. Eu consigo ouvir, eu consigo ouvir algumas palavras, mas eu não posso fazer nada com palavras rasas!

Ficaram se encarando por um pequeno intervalo de tempo, até que ela voltou a se pronunciar sobre o caso.

- Tudo o que você disser, é tarde demais. - Não se referia somente ao futuro, se referia ao passado, as coisas que ele fez não a traria de volta.

- Eu sabia disso. - Enzo tornou a falar. Sua voz era baixa e com um ar de tristeza.

- Você sabia? - Sua voz estava fraca. Era a sua vez de não compreender o que ele queria dizer com aquilo. Se sabia, por que fez tudo isso?

- Eu precisava ouvir de você. - Explicou, porém ainda deixou lacunas na cabeça da mais velha.

- Por quê?

- Porque eu sou um idiota! - Poderia ter seguido e frente quando ela o deixou em 1903, mas escolheu ser um idiota e tentar conseguir a garota de volta.

- Sim! - Ninguém disse mais nada, a casa ficou um silêncio total. - Adeus. - Se despediu dele.

- O quê? Ka- Não terminou a frase por ter seu pescoço quebrado por alguém que não era a moça com que discutia.

- E o meu, você consegue ver, tocar e sentir? - Kai perguntou depois do corpo de Enzo se espatifar no chão. - Escuta palavras vagas de mim?
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Durante as discussões da tri-hibrida, a campainha tocou. Os que estavam lá encima ouviram, mesmo prestando atenção na discussão que acontecia no andar de baixo. Niklaus, que já estava pronto foi atender a porta. Já sabia quem iria encontrar.

- Niklaus. - Esther o cumprimentou do lado de fora da casa, sendo educada e esperando um convite para entrar.

- Elijah. - Finn fez o mesmo que sua mãe, mas para o irmão que descia as escadas.

Kassandra MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora