New Orleans

11K 845 182
                                    

- Então para onde devemos ir? - O bruxo questionou.

- Eu te levo lá, mas só depois de me contar como veio parar aqui. - Fez o exato mesmo jogo que ele.

O homem já possuía conhecimento o suficiente sobre a história da garota, era a vez dele contar uma história, ou resumir a mesma.

- Após ser traído e deixado no mundo prisão de 1903, eu consegui sair e estava planejando matar a próxima geração de gêmeos Geminis. - Introduziu. - Porém fui descoberto antes mesmo do casamento da minha gêmea e colocado aqui. Tenho certeza que tentaram criar um novo mundo prisão para mim, obviamente não foi o que aconteceu. - Finalizou sua história. - E agora, para onde vamos?

- Entra no carro. - A original instruiu.

- Não vai usar sua super velocidade? - Perguntou curioso. Sempre estranhou o fato de Damon ser vampiro e utilizar seu carro azul para se locomover.

- Eu não vou te carregar no colo. - Respondeu óbvia, entrando no carro

Kai fez o mesmo. Se sentou no banco do passageiro.

- Para onde vamos? - O tagarela perguntou animado.

- New Orleans. - Respondeu dando partida no carro e sem se importar muito com o sifão.

- Quantos quilômetros até lá?

- Quase 2.500km.

- Quanto tempo vamos demorar?

- Eu não estou afim de viajar com o Burro do Shrek. - Deu uma indireta bem direta, ignorando totalmente a última pergunta do moço.

Ao longo do percurso para Nova Orleans, Kai parou para pensar em algumas coisas. Ele conhecia Kassandra fazia pouco tempo. Eles eram os únicos no local. Se queiram conversar, tinha que ser entre os dois. Um sabia bastante coisa do outro, e vice versa.

Desde que tinha realizado a fusão, com Luke, ele tinha absorvifo parte de sua personalidade, inclusive a parte dos sentimentos. O próprio nome já se explica por si só "fusão".  Malachai possuía dificuldade para entender os novos sentimentos que apareciam em sua vida. Não é uma pessoa acostumada a ter amigos, na verdade, ele nunca teve nenhum amigo. Pode-se dizer que Kass era sua única amiga.

Essa amizade foi construída em pouco tempo, mas devida as circunstâncias, era uma bela amizade.

O Bruxo Gemini tentava entender se o que sentia era somente uma amizade ou algo mais. Tinha medo de ser algo mais, poderia estragar sua única amizade.

Droga Luke, por que você tinha que ter sentimentos? Pensou.

- Ok, agora você está quieto demais, qual é o problema? - Chamou, o despertando de seu transe. Por .aos que tivesse pedido para ele ficar quieto, não esperava que levasse tão ao pé da letra.

- Eu... Só estava pensando em algumas coisas, nada com que deva se preocupar. - Tentou disfarçar, no entanto não foi muito convincente.

- No que pensava? - Exprimiu saber. Seu tom era reconfortante e preocupado, ao mesmo tempo.

- No que farei quando sair desse lugar. - Olhou pela janela. - Onde estamos? - Mudou repentinamente de assunto.

- Chegamos em New Orleans faz poucos minutos. - Respondeu a pergunta, antes de voltar ao assunto anterior. - Você pode sair daqui, conhecer meus irmãos e ficar com a gente. Eu sei que não tem muitos amigos e sua relação com sua família não é muito boa. - Estacionou o carro. - Não quero te deixar sozinho. - Falou olhando para ele, que ainda estava dentro do carro. Por mais que não fosse extremamente educada com ele, de vez em quando, ainda se importava com o mais novo.

- Não precisa ter dó. Sou um bruxo, sei me virar no mundo lá fora. - Disse descendo do carro. Por mais que gostasse da atitude da loira, não queria a pena de ninguém. Sabia que poderia resolver sua situação sozinho.

- Não estou fazendo isso por dó - também desceu do carro. Estavam se encarando,cada um de um lado do carro. - Eu fiquei presa alguns meses com alguém que não calava a boca e não o matei, pelo contrário, nós fizemos amizade. - Sorriu para o bruxo, que retribuiu o ato. - Não estou fazendo essa oferta por dó, estou fazendo isso por mim. - Por mais que fosse, seu tom não transmitiu seu egoísmo. - Não quero perder um amigo, e eu acho que você não vai perder a oportunidade de ter originais como aliados .- Riu e deu uma volta no carro. Estava pronta para entrar no cemitério, até que Kai tornou a falar.

- Eu acho que se eu tivesse conseguido matar as gêmeas e não fosse mandado para cá, Damon iria arrancar minha cabeça - Fez uma referência ao assunto iniciado e finalizado em Mystic Falls. - E eu não teria feito uma amizade que está significando tanto para mim. - Sorriram um para o outro. A amizade entre os dois sociopatas era importante para ambos os lados.

- Vamos? - Fez menção de voltar a andar. - Temos alguns frascos de sangue para pegar.

- Pensei que nunca fosse perguntar. - A seguiu até o local repleto de mortos, como quase todo seu clã. - Que cemitério estranho. - Comentou. - Ele é para cima... - Completou sua observação.

- E é isso que o torna o local perfeito! - Exclamou animada. O quanto mais "anormal", melhor era para qualquer atividade de bruxos.

- Perfeito para...? - Esperou o complemento.

- Isso! - Parou na frente de algo, que parecia mais um túmulo do local. Apenas era maior do que a maioria.

- E o que isso deveria ser? - Perguntou antes que recebesse ordens.

- Você precisa sugar a magia daqui. - Se referiu ao maior "túmulo" daquele cemitério.

- Por quê eu?

- Só faz. - Não deu importância para a pergunta.

Kai caminhou para mais perto do monumento. Assim que colocou uma de suas mãos no mesmo, começou a "roubar" um pouco da magia encontrada em suas paredes. Não demorou muito para que uma porta fosse aberta.

- Que lugar é esse? - Questionou assim que viu a loira dos olhos claros adentrar no local. - E por que tem tantos objetos negros? - Perguntou olhando a sua volta, enquanto a seguia.

- Meu irmão, Kol, praticava magia antes de se tornar vampiro. - Iniciou, procurando por algo extremamente específico. - Depois, não podia mais praticar, mas arranjou um jeito de usar a magia do mesmo modo. - Não estava dando muita importância para o que estava proferindo.

- E você me conta isso? Não acha que mais tarde eu possa usar isso contra você? - Utilizou em um tom brincalhão.

- Eu acho que eu estou confiando em você, fique um aviso, eu não confio em muita gente - Ainda procurava por algo.

- Eu... Obrigado por confiar em mim - Continuou a se admirar com os objetos de magia negra ao seu redor.

- Você é meu amigo, é isso que amigos fazem. - Se virou para ele no momento de responder, logo se virou de volta para as prateleiras que cercavam o "cômodo".

Amigos... Então esse era o sentimento de uma amizade? Kai sorriu de lado. Estava feliz por ter uma amiga, uma pessoa que realmente confiasse nele. Ela precisava confiar no mesmo para mostrar aquele local, para deixar que ele mexesse lá e... Isso o fazia pensar que ela não faria o mesmo que Bonnie, em 1903. Bonnie... Ele só queria se desculpar, se redimir e tentar ser uma pessoa melhor, a Bennett não queria o mesmo. Ela queria vingança.

- Aqui está! - Chamou sua atenção, enquanto colocava uma caixa em cima de uma mesa, localizada no centro do local. A caixa era de tamanho médio e muito detalhada. Seu detalhes eram em dourado e vermelho, enquanto seu fundo era preto. - Pode escolher. Temos Freya, a mais velha e perdida. - Mostrou o frasco. - Finn, o... O Finn. - Levantou se.u frasco. - Elijah, o nobre irmão - Chacoalhou o frasco del
e - Kol, o rebelde e Rebekah, a "vadia".

- Eu acho que podemos ir de... - Se aproximou pelos lados. - Finn, o Finn. - Pegou o frasco referente ao irmão mais velho de Kassandra.

Kass sorriu e começou a andar em direção a saída do recinto. Estava na hora de se libertar daquela prisão, literalmente.

- Para onde está indo? - Questionou parado.

- Para casa, você vem? - Se virou para ele enquanto sorria.

Kassandra MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora