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Juliana entrou saltitante no quarto, cheia de sorrisos e felicidade.

— Dia dois! _ela disse, esperando que seu comportamento alegre encobrisse o que acontecera horas antes.

Valentina rolou de costas e deu um sorriso sonolento para Juliana.

— Alguém está feliz em trabalhar novamente.

— To tão feliz. _Juliana colocou um copo de suco de laranja na mesa de cabeceira.
— Você não sabe como foi ruim sair por aí procurando audições na terra dos esquecidos. Eu estava perto de me tornar uma alcoólatra.

Valentina sorriu com o exagero óbvio e seguiu o exemplo

— Sentada em um motel em Hollywood, tentando matar uma mosca irritante, enquanto lia os classificados. Fumando seu último cigarro e bebendo sua última gota de vodca.

—Sim! _Juliana ajudou Valentina a se sentar e colocou um travesseiro nas suas costas para melhor apoio.

—E então eu joguei a garrafa vazia na parede porque aquela última gota caiu no meu robe, enquanto alguém do outro lado da parede estava gritando, me dizendo para calar a boca.

— E à noite, você andava pelas ruas de Sunset Boulevard, amaldiçoando o mundo.

— E eu esperava que um Richard Gire me encontrasse e me tornasse a nova Pretty Woman.

Valentina tomou um pouco do seu suco de laranja e em um tom mais sério disse:

— Obrigada por cuidar de mim ontem à noite e por ficar comigo.

Juliana acenou com a mão como se não fosse nada.

— Cuidar da sua bunda é o meu trabalho, lembra? _ela brincou.

Ela não se permitiria corar, e se Valentina pensava que lembrá-la do fato de terem dormido de conchinha faria isso, bem, ela estava muito enganada. Ela removeu as cobertas e estendeu a mão.

— Vamos, temos que nos arrumar.

— Sem problemas, ursinho carinhoso. _Valentina riu e foi para o banheiro.

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Jacobo, deu uma última olhada na localização das câmeras.

— Bem, senhoritas, agora vamos ver vocês brigaram também.

Valentina encontrou sua marca no chão do elevador.

— Ah, somos profissionais nisso.

Juliana estava na marca do dado de Valentina, segurando uma pesada caixa de arquivo.

— E que profissionais.

O assistente de direção repassou o protocolo e Jacobo gritou.

— AÇÃO!

Ao saírem do elevador, Macarena colocou a pasta em cima da caixa pesada que Bárbara carregava, tornando-a ainda mais pesada.

— Pegue minhas roupas na lavanderia esta noite. Vou precisar do meu terno preto amanhã.

Elas entraram no escritório e Bárbara jogou a caixa no chão.

— Por que estou aqui Macarena? Tudo o que faço é ser seu cabide, dirigir, fazer café e arrancar olhares feios de todo mundo no escritório.

Macarena sentou-se à sua mesa e olhou as várias mensagens que tinha.

— Você me diverte.

— Eu te divirto?

The ScriptOnde histórias criam vida. Descubra agora