Me peça pra ficar

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Valentina ficou ao lado da limusine por um momento, juntando a coragem.

Sergio estava mantendo os paparazzi longe e ela não via os pais de Natha por perto. Ela olhou para a direita e encontrou Renata, que lhe deu um sorriso encorajador.

Valentina caminhou lentamente até os túmulos. Natha estava sentada ao lado de Juliana com um braço atrás dos seus ombros.

–Está na hora pequena. _Valentina ofereceu a mão a Juliana.

Juliana olhou para ela com um olhar vazio, mas pegou em sua mão sem hesitar e se levantou.

Natha levantou-se e agarrou o braço de Juliana.

–Deixe-a sentada aqui o tempo que ela quiser.

Valentina não soltou a mão de Juliana, ignorando completamente Natha.

–Me diz o que você precisa, pequena. _ela disse colocando uma mecha atrás da orelha dela com a mão livre e deixando-a no pescoço.
–Você quer ficar aqui quando o caixão for abaixado?

Juliana balançou a cabeça levemente.

–Eu não posso ver isso de novo. Quando eles jogaram terra na minha mãe, eu... _ela disse enquanto fechava os olhos pelo toque de Valentina.

Valentina eliminou o espaço entre elas e beijou a testa de Juliana.

–Shhh... tudo bem, pequena. Eu vou cuidar disso.

Juliana suspirou e apertou mais a manga do casaco de Valentina.

–Eu preciso dizer adeus a ele. _sussurrou para ela.

Juliana foi até o caixão levando Valentina com ela, sem soltar a sua mão. Ela colocou a mão livre no caixão e imediatamente começou a soluçar novamente. Inclinando-se para dar um beijo em seu pai. Depois ela se virou e caiu nos braços de Valentina, escondendo o rosto no pescoço dela.

Enquanto isso, Lucia baixou sua janela e seguiu Natha com o olhar enquanto ela saía de cena.

–Isso aí. Volte por onde você veio, garotinha.

Renata levantou o polegar para Lucia, que achou engraçado e devolveu seu movimento.

Juliana se segurou em Valentina enquanto voltavam para a limusine.

Sergio abriu a porta para elas e olhou Juliana nos olhos.

–Obrigada Sergio, por tudo.

Ele assentiu e ofereceu-lhe a mão, ajudando-a a entrar na limusine. Ele fez o mesmo com Valentina e Renata e depois fechou a porta. Ele olhou para Natha e seus pais que estavam ao lado do carro olhando para eles e bateu duas vezes no teto da limusine, avisando ao motorista que elas estavam prontas para ir.

–Obrigada por ter vindo, senhora Carvajal.

Lucia sentou-se ao lado de Juliana abraçando-a.

–Me chame de Lucia, querida.

Juliana apoiou a cabeça no ombro de Lucia e deixou suas emoções fluírem novamente. Sua mão alcançou a de Valentina, encontrando-a e apertando-a com força, ela não a soltou por todo o caminho.

Mais tarde naquela noite, Juliana abriu os olhos e viu um papel de parede familiar. Lembrou-se que estava no hotel, lembrou do pai morto e do funeral e claro de Valentina. Ela ainda não estava pronta para nada disso, ela puxou as cobertas sobre o rosto e fechou os olhos novamente.

Meia hora depois, a bexiga de Juliana a acordou. Ela saiu da cama e não olhou para trás para ver se Valentina estava por perto.

Quando ela voltou, Valentina estava na cama esperando por ela, ela levantou as cobertas para que Juliana pudesse se acomodar ao seu lado. Juliana subiu na cama e Valentina se aconchegou atrás dela, abraçando-a de conchinha e dando-lhe beijos suaves na lateral do pescoço.

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