Juntas

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Ambas sabiam que tinham que estar no estúdio em uma hora para assinar alguns papéis. As filmagens ainda não haviam começado e isso era bom, pois Juliana precisava descansar por mais alguns dias.

As meninas colocaram a mão na obra e foram se arrumar, Valentina na casa principal e Juliana na casa de hospedes.

Valentina falava a verdade quando disse que tudo estava como Juliana havia deixado.

A foto da mãe de Juliana ainda estava na parede e seus chinelos ainda estavam na porta. O livro que ela comprou estava exatamente onde ela o havia deixado, na ilha da cozinha. Ela amarrou o cabelo e entrou no chuveiro, deixando a água correr por suas costas.

Após o banho, Juliana vestiu uma calça, uma camiseta macia e um par de sandálias. Quando ela voltou para a casa principal ela não pôde deixar de sorrir, lembrando-se de quantas vezes havia feito isso no passado.

A bela cafeteira recebeu um beijo.

—Olá minha querida amiga.

Ela fez um chá de ervas para ela e café para Valentina. Agora ela não podia beber café com cafeína e elas ainda não tinham comprado descafeinado.

Ela encheu as duas garrafas térmicas e fez dois bagels para viagem. Valentina desceu as escadas e Juliana sorriu para ela.

—Olá, morrita.

—Minha chiquita. _Valentina a abraçou por trás.

Elas estavam atrasadas, então Juliana não perdeu tempo entregando a garrafa térmica a Valentina. Elas foram para a garagem, as chaves do Range Rover de Juliana estavam penduradas onde ela sempre as deixava. Ela as pegou.

—Não senhorita, você ainda não pode dirigir. _disse Valentina ao estender a mão para que Juliana lhe entregasse as chaves.

—Mas...

—Mas nada, ordens são ordens. _Valentina fechou a mão ao receber as chaves.
—Além disso, você me terá como motorista, isso é um privilégio, não acha?

—Claro, um privilégio. _Juliana disse fazendo beicinho.
—Bom, então vamos.

Valentina balançou a cabeça e sorriu, mas parou quando Juliana se virou.

—O que foi?

Juliana hesitou, enquanto seus olhos desciam para os lábios de Valentina.

—Nada, nos beijaremos mais tarde. _ela tentou se virar e continuar andando, mas Valentina segurou seu braço.

—Nada disso, vamos nos beijar agora.

Foi um beijo doce. Ambas tinham gosto de hortelã. Valentina gemeu em aprovação e aprofundou o beijo o máximo que pôde com as mãos cheias de chaves, café e bolsa. As mãos de Juliana também estavam cheias, então elas lutaram pelo domínio do beijo por um momento até que Juliana desistisse do beijo. Se continuassem, a garrafa térmica cairia no chão e haveria roupas voando por toda parte e elas teriam um momento de paixão ali mesmo. Mas nada disso era uma boa idéia, porque elas não poderiam fazer isso nas duas semanas seguintes e não seria uma boa idéia com um irmão de dezoito anos andando pela casa.

—Agora não, mas vou compensar você. _Juliana disse regulando a respiração e apoiando a testa na de Valentina.

—Deus, sim você vai. _Valentina disse.
—Agora respire fundo Juls.

Ambas se concentraram nisso por alguns momentos.

—Vamos ou iremos nos atrasar.

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The ScriptOnde histórias criam vida. Descubra agora