Você a ama

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Renata bateu na porta uma hora antes de irem para o aeroporto. Valentina a deixou entrar e se virou para a mala.

–Me dê apenas um minuto. _disse ela.

–Esta tudo bem?

Renata conhecia muito bem sua chefe e definitivamente podia sentir a tensão no ambiente, ela também podia ver a preocupação em seu rosto.

Valentina não respondeu de imediato, ela continuou dobrando as roupas e colocando-as na mala.

–Eu não sei onde a Juliana está, teremos que ir sem ela.

Renata foi até a cama e pegou um suéter para ajudá-la a dobrar as roupas.

–Podemos adiar o vôo. _disse ela esperando Valentina contar o que estava acontecendo.

–Não. Ela sabe que temos que ir e se ela quiser ficar, eu tenho que deixá-la.

Renata colocou o suéter na mala e apoiou a mão no braço de Valentina.

–Por que você não me diz o que está acontecendo, para que eu possa ajudá-la?

Valentina se afastou e cruzou os braços firmemente caminhando em direção à janela.

–Ela está com a Nathasha. Ela foi tomar um café ontem à tarde e não voltou para casa... quero dizer, ela não voltou.

Renata balançou a cabeça em confusão.

–Como você pode ficar tão calma? E por que você está a entregando em uma bandeja de prata?

–Você não entende.

–NÃO MESMO!

Parecendo um pouco surpresa com a raiva de Renata, Valentina virou-se para olhá-la e deu-lhe um olhar fulminante .

–E por que você está gritando comigo?

–Alguém precisa fazer isso! Você nem sabe onde está sua garota. Eu estaria morrendo de ansiedade agora! Precisamos ligar para a polícia! Apresentar uma queixa. É a sua NAMORADA Valentina! Aqui é Nova York e ela saiu com uma víbora.

–Eu estou aqui.

Renata se virou e encontrou Juliana parada na porta. Ela queria gritar com ela: onde diabos você estava? Mas deu as costas para ela e esperou que Valentina lhe dissesse exatamente isso, mas ela ficou lá, olhando para Juliana. A tensão era tão espessa que poderia ter sido cortada com uma faca, ela decidiu sair.

–Me avise quando decidir o que fazer.

Renata tentou não fazer contato visual com Juliana quando passou por ela, mas Juliana agarrou o braço dela:

–Me dê dez minutos para tomar banho e sairemos. _Renata ficou em silêncio e relutantemente assentiu.
–Não vou demorar.

Valentina apenas a ignorou, fechando a mala e colocando-a no chão.

Juliana foi direto ao banheiro e, quando saiu alguns minutos depois, Valentina já não estava.

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–Sinto muito por ter gritado com você. _disse Renata, quebrando o silêncio na limusine.

Valentina só olhava pela janela.

–Tudo bem. Acho que a pessoa com quem você realmente queria gritar era a Juliana.

–Bem, você não está errada. Estou irritada com ela. O que ela pensou que estava fazendo, saindo assim? Algo poderia ter acontecido com ela. Ela não está em sã consciência.

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