Sinopse e avisos

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Sinopse

O mestrado deveria ser o começo de sua caminhada para uma carreira acadêmica, não descobrir sobre suas próprias fantasias mais sufocadas. Quando um projeto de pesquisa empurra um Leonardo super confuso para uma experiência inesperada, ele não tem certeza do que fazer. Seu foco na faculdade sempre foram boas notas e bons contatos com os professores. O rumo que a disciplina sobre sexualidade humana está tomando o faz sentir totalmente despreparado.

Ver seu colega de quarto tropeçar no mundo do petplay e fetiches no estilo BDSM não deveria intrigar Otávio tanto quanto intrigou. O fato deles serem desconhecidos um para o outro realmente não importava. Não quando você dorme, acorda e passa finais de semana nos mesmos 35m². Otávio sabe que eles são muito diferentes, mas algo não o deixa se afastar de Léo.

Ainda mais quando algo muito embaraçoso acontece. Comentários afiados são trocados. E faíscas voam da maneira mais incomum. 

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Quanto mais eu entro no universo no romance hot e no romance erótico eu noto as distorções sobre as práticas de fetiches e BDSM. Tanto que comecei a procurar autores que são praticantes em suas vidas reais, porque me irritava ler tanta merda. Ou obras de autores que verdadeiramente pesquisaram e usam o BDSM com consciência. Resolvi escrever um texto sobre isso para esclarecer o leitor de primeira viagem. 

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*O que é BDSM*

BDSM é uma forma de relacionamento adulto entre dois ou mais parceiros e seu acrônimo é definido da seguinte forma: Bondage e Disciplina; Dominação e Submissão; Sadismo e Masoquismo. 

 

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Você não precisa ser adepto de todas essas vertentes para se denominar BDSMer, mas necessita ser praticante de ao menos uma delas.

· Bondage e Disciplina

A corrente "Bondage e Disciplina" é composta por praticantes que apreciam a imobilização, seja através de acessórios como correntes, camisas de força ou outros artefatos que tenham o mesmo efeito, ou seja: imobilizar. Aqui entra o Shibari também.

· Dominação e Submissão

"Dominação e Submissão" reúne os adeptos cujo prazer está em dominar ou ser dominado. É o jogo em que um se submete aos desejos do outro com regras claras dentro de uma consensualidade negociada.

Dominador e submisso definem seus prazeres e limites. Por exemplo, um Dominador tem seus desejos de ter o poder de comandar e subjugar. Seu melhor parceiro será aquele que tenha a fantasia inversa, a de ser submetido aos caprichos do outro. Nessa relação podem existir humilhações, castigos e inclusão de fetiches diversos e tudo aquilo que for prazeroso aos dois.

Normalmente ambos devem estipular limites para que tudo fique dentro do prazer e erotismo. Para isso convenciona-se uma palavra de segurança conhecida como "safeword" que funciona como um alerta de que algo está errado e fugindo ao combinado. Se o submisso num determinado momento deixar de ter prazer, sentir-se mal, tiver algum tipo de desconforto físico ou emocional que colida com o previsto, ele utilizará essa palavra código (combinada antes) para interromper a cena.

· Sadismo e masoquismo

"Sadismo e masoquismo" abriga um grupo que tem comportamentos diferentes dos praticantes de Dominação e submissão. SM é uma orientação erótica ou uma forma de comportamento entre dois ou mais parceiros adultos. Esse comportamento pode incluir, sem estar limitado a isso, o uso de estimulação física e/ou psicológica com o objetivo de produzir excitação e satisfação sexual. Em suas relações é possível haver cenas de "spanking", torturas, sangue e outras práticas associadas. O importante a ser observado é que no SM erótico, o prazer de ambos, é sempre o objetivo final.

O que difere o BDSM da violência gratuita são seus pilares, ou seja: SSC.

· SSC significa: são, seguro e consensual.

"São":

Em outras palavras, tudo que se faz deve ser "São", portanto, seus participantes dever estar em perfeito estado mental de consciência e lucidez. Devem ter a capacidade de separar a fantasia da realidade e entenderem que o "jogo" se limita ao momento em que podem extravasar suas fantasias.

Também deve ser "são" em sua saúde física. Exames em dia. Se tiver limitações como pressão alta ou asma deve ser comunicado ao parceiro para juntos escolherem os melhores jogos para os dois.

"Seguro":

Tudo deve ser feito de forma a dar total segurança dentro da cena. Todos os riscos possíveis devem ser considerados e minimizados.

É conhecer as técnicas com profundidade e estar seguro daquilo que se propõe a fazer tendo em vista a responsabilidade de proteger a si mesmo e seu parceiro de quaisquer riscos, físicos ou mentais.

A mídia, frequentemente, explora comportamentos sadomasoquistas de forma extrema, a verdade, porém é que a grande maioria dos praticantes não vão além de sensuais spankings. Infelizmente alguns irresponsáveis, que via de regra não fazem parte da comunidade, cometem erros e nos fazem carregar essa fama de que o BDSM é violento.

"Consensual":

O relacionamento ou cena são acordados antes e obrigatoriamente de comum acordo de ambos e partindo do pressuposto de que as atividades tenham um significado erótico ou sexual.

Tome coo exemplo uma relação sexual. A diferença entre o estupro e prazer baseia-se em uma única palavra: consensualidade. Com BDSM não é diferente, sem a consensualidade teremos somente uma agressão sem sentido e criminosa.

Qualquer prática que abra mão desses preceitos não é reconhecida como BDSM.

· Fetiche é BDSM?

O fetiche individualmente não é considerado uma prática BDSM. Ele é um componente e é agregado como um prazer adicional a essas correntes.

Um exemplo clássico é a podolatria (adoração por pés). A podolatria sozinha não implica em dominação ou submissão (embora beijar os pés tenha a conotação de submissão), é apenas um desejo e foco por determinado objeto de prazer. Mas dentro de uma prática D/s pode ser usada como ferramenta de humilhação.

O petplay é outro exemplo. Geralmente o submisso é um bichinho de estimação e o dominante é seu treinador. Os bichinhos mais comuns são: cachorro (dogplay), gato (catplay), poney (poneyplay). Mas... a imaginação é o limite. Se vcx se sentem um porquinho da índia, um coelhinho... é só arrumar os acessórios e jogar. 

· BDSM é uma parafilia? Uma perversão?

A medida que a sociedade evolui, determinados comportamentos passam a serem vistos de forma diferente. Há 100 anos atrás o sexo oral era visto como doentio e o sexo anal um caso de polícia. Hoje essas práticas são lugar comum na vida da maioria das pessoas.

O que determina a parafilia é seu comportamento obsessivo, quando um indivíduo não obtém prazer de outra forma que não seja pelo objeto de seu fetiche. 

Portanto, se você pratica de forma espontânea, com consentimento e o melhor de tudo, com prazer... se joga. 

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Olá filhotes,

É isso povo. Nesse romance vou abordar o petplay... mais especificamente o dogplay. Confesso que eu mesme tinha um certo preconceito com a prática. Conforme fui pesquisando e conversando com praticantes me apaixonei. 

Agora, meu dono que aguente. hahahahahaha. 

bjokas e boa leitura. 

Aprendendo a ser um cachorrinho (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora