Capítulo 18

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Capítulo 18

Léo

Eu não pude evitar sentir como se tivesse caído na toca do coelho enquanto olhava para Otávio no banco do motorista. Ele sorria como uma criança em uma loja de doces, não que eu fosse reclamar. Tudo mudou tão rapidamente, mas eu não mudaria nem um minuto disso. Eu ia aguentar firme enquanto durasse. Não era ingênuo o suficiente para acreditar que duraria para sempre. Não poderia. Mas eu não iria perder tempo me preocupando com o que poderia acontecer. Apenas o fato de que eu tinha acordado em seus braços e ele não se arrependeu do que fizemos foi mais do que eu esperava.

Eu iria segurar esse novo Otávio enquanto ele me permitisse, o novo Otávio que ainda estava me dando aquele sorrisinho que dizia que ele estava muito satisfeito consigo mesmo. — Então você vai me dizer agora?

Otávio balançou a cabeça e estendeu a mão sobre o meu joelho, casualmente, como se não fosse nada fora do comum. — Não. Mas você só tem mais alguns minutos.

Isso deveria pelo menos me dar uma pista, mas alguns minutos cobriram muita área quando você morava na zona oeste de São Paulo. — Me dê uma dica?

Ele apertou minha perna e riu. — Você deveria ser grato por eu não ter te vendado.

Oh.

Otávio deu uma risada baixa que causou arrepios na minha coluna e sua mão começou a vagar pela minha coxa. — Você gostou dessa ideia. Você parece tão baunilha, mas eu aposto que você tem todos os tipos de fantasias sujas passando por seu cérebro nerd.

Não até eu começar a pesquisar tudo online, e não até ele começar a me olhar como se ele finalmente tivesse me visto.

— Eu... — Deveria dizer a ele? Ele tinha aquele olhar malicioso e provocador que dizia que ele não ia deixar isso em paz. No passado, essa expressão me fez estremecer por dentro. Eu tinha medo do que ele ia dizer ou fazer. Mas agora, enviou uma onda de antecipação dentro de mim.

Sua risada era áspera e cheia de algo que eu não conseguia entender, mas a mão dele subiu mais na minha perna até que ele estava quase tocando meu pau. Isso empurrou todas as preocupações completamente fora da minha cabeça.

— Você está seguro agora, Léo, mas eu não vou ser tão suave com você mais tarde. — Os dedos de Otávio fecharam a lacuna final para que eles roçassem a cabeça do meu pênis. — Eu não acho que você queira que seja muito suave, não é, filhote?

Um gemido baixo escapou e tudo que eu conseguia pensar era o quão bom seria se ele apenas mexesse os dedos, se apenas fizesse alguma coisa. Qualquer coisa. Um dedo começou a circular pela ponta, dificultando a minha respiração.

— Você quer? — O dedo pressionou apenas com força suficiente para fazer minha cabeça cair para trás. — Filhote? — Era claramente uma pergunta, mas eu não conseguia lembrar o que era... não com ele me tocando assim.

— O que?

Sua risada ecoou através do carro, mas ele aliviou o suficiente para me deixar pensar. Eu não sabia o que ele achou tão engraçado. — Você quer que eu relaxe com você, cachorrinho?

Eu podia sentir o calor subindo pelo meu rosto, mas disse a mim mesmo que não ia esconder nada dele. Não enquanto ele fosse meu. As palavras não vieram, mas fechei os olhos e balancei a cabeça.

— Porra, Léo... — Sua voz era áspera e aquecida, mas havia algo mais nela. Aqueles pequenos fios de emoção que fizeram com que me enrolasse com ele na noite passada, tão incríveis. Quando seus lábios tocaram os meus, meus olhos se abriram.

Aprendendo a ser um cachorrinho (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora