A pantera

Almoço

O vestido que ele havia comprado era muito lindo. Seu tom de verde azulado, combinou bastante comigo, ele tinha um decote em formato de coração com uma fina alça que acabava fazendo um x na parte de trás das costas e ele tinha uma grande fenada na perna.

Fiquei tão elegante nesse vestido que não estava nem me reconhecendo.

Sorte minha que eu tinha uma gargantilha prateada dentro da minha nécessaire, ela me ajudo um pouco a esconder o hematoma do meu pescoço, mas do braço eu tive que passar maquiagem, pois não tinha pulseira o suficiente.

— Vamos Samanta querida, não quero chegar atrasado — disse Alec da sala.

— Já estou indo — disse terminando a maquiagem passando um batom nude e uma sombra simples azul clarinho.

Coloco as argolas que tinha ali e então vou ao seu encontro.

— Você ficou deslumbrante — disse ele encantado.

— Obrigada — digo um pouco envergonhada.

Tenho que dizer que ainda não me acostumei a ser tão elogiada assim.

— Tome e calce, acho que ele irá combinar melhor com esse seu vestido do que o sapato que você veio — disse ele me entregando um salto escarpa branco.

— Está bem — calço o sapato sem dizer muita coisa.

— Não se esqueça de pegar sua bolsa — disse ele apontando para uma clutch branca que até parecia uma grande laço que estava em cima do sofá.

— Ok.

Desse jeito vou acabar me acostumando com tantos presentes assim.

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No caminho até o tal almoço, percebo que nós estávamos fazendo um caminho bastante familiar.

— Nós vamos para a casa dos Sampaio? — pergunto um pouco assustada com a familiaridade do caminho.

— Sim, como você conhece esse lugar? — perguntou ele um pouco surpreso por saber a onde era.

— Sim, minha melhor amiga é a filha deles.

— Sua melhor amiga?

— A Agatha — digo não entendendo a sua surpresa.

— Como vocês se conhecem? — perguntou ele surpreso.

— Faculdade.

Só, por favor, não diz nada racista!

Só, por favor, não diz nada racista!

Só, por favor, não diz nada racista!

— Ótimo, pelo menos posso deixar a formalidade de lado — disse ele um pouco calmo.

— Verdade — digo com um sorriso amarelado.

Ele não disse, mas sua desconfiança falo.

A casa estava toda bem decorada, de uma forma bem refinada.

Agora entendi o telefone de Agatha.

Esse seria mais uma daqueles almoços onde ela teria que ficar posando de boa filha para os convidados de seus pais.

Não tinha coisa que ela mais detestava do que fazer isso.

Assim que chegamos dou de cara com a Agatha e os seus pais.