Favores

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No outro dia mandei liguei para Carla falando sobre o Theo e se era possível marcar alguma sessão para ele ver como as coisas funcionavam.

— Garota você tem certeza dessa vez? — perguntou ela rindo de mim.

Na última vez que tentei sair com um cara para isso, passei o contato para ela e tudo para eles irem conversando e ele poder entender mais do meio, só que ela me disse que o cara foi muito babaca, disse que pensava que eu queria as coisas que ele via nos vídeos dele da internet e só estava no grupo para poder achar uma "submissa de verdade"

Já disse que eu tenho um dedo podre?

— Tenho, sabe aquele cara que eu te falei.

— Sei, aquele lixo de gente.

— Sim, ele é bem amigo de infância dele.

— Temos mais um motivo para você se afastar dele.

— Só que ele jurou para mim que não quer ser um babaca e está aberto a novas experiências.

— Sério? — disse ela ainda um pouco desconfiada.

— Bastante sério.

— Está bem, por hora vou acreditar em você, mas depois não vem correndo para mim dizendo que não tem ninguém.

— Pode deixar, não irei.

— Sábado nós não temos nada de importante para fazer.

— Vou ver com ele, mas eu também não.

— O que você já falou com ele?

— Eu só falei de consentimento e sobre mais ou menos o que seria um dominador, um submisso e um switcher.

— Já é alguma coisa, me passa o número dele que vou conversando sobre as outras coisas que ele deve fazer. Vamos fazer uma sessão mais leve.

— Está bem.

— Já trate de começar a elaborar o seu contrato.

— Vou providenciar isso.

— Fico tão feliz por você ter achado o cara.

— Estou mais ansiosa e nervosa do que feliz.

— Imagino, me senti assim na minha primeira vez com o Tales. Fica tranquila, vai dar tudo certo.

— Muito obrigada mesmo Carla por isso.

— Não precisa agradecer. Agora deixar eu desligar, acabou o intervalo.

— Vai lá.

No primeiro segundo que ela desligou mandei logo uma mensagem para ele com o número dela.

Acho que nunca fiquei tão nervosa assim em toda a minha vida, mas não era só nervosa, acho que era um pouco de medo de alguma grande merda acontecer.

Depois de fazer algumas contas e o meu expediente já estava acabando, juntei as minhas coisas para ir logo para casa e poder pensar um pouco mais nas coisas que poderia colocar no nosso contrato.

Eu estava animada confesso, depois de tudo que eu passei poderia muito ter ignorado tudo e nunca mais ter tocado no assunto.

Ter feito essa coisa de BDSM ter morrido juntamente com o meu relacionamento com o Alec, mas depois que eu me recuperei de todo o baque de ter ficado com ele e voltei a ser a mulher que eu sempre fui, sentia que faltava algo, sentia que nunca mais iria gozar da forma que era como Alec, não porque o Alec era o pica das galáxias e tal, mas com ele não era só a penetração, com ele era o tudo.

A panteraOnde histórias criam vida. Descubra agora