O inesperado

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Era domingo e esse é o meu dia favorito da semana.

Você me pergunta, por que sua louca?

Eu digo...

Esse é o único dia da semana que tento tirar para mim não fazer absolutamente nada.

Nada de sexo, nada de sair com os amigos, nada de beber...

Absolutamente nada, só ficar em casa vendo TV.

Só que esse domingo minha querida mãe resolveu estragar os meus planos aparecendo a minha casa com o pessoal logo depois deles terem ido à igreja.

— Oi filha, viemos fazer uma visita surpresa. — disse minha mãe toda alegre. — Trouxéssemos cervejas e uma carne que o seu pai ia fazer lá em casa, mas como tem um bom tempo que você não vai nós visitar e nem você nós convida para vir aqui nós mesmo viemos. — disse ela parada na porta do meu apartamento.

— Sério mãe? Tantos dias para vocês virem vêm logo hoje. Olha nem arrumei direito a casa e... — digo já bem revoltada.

Atendo a porta ainda de pijama e o cabelo toda bagunçada.

Hoje era dia deu dormir até umas duas da tarde.

Justamente no momento que eu estava tentando enxotar a minha família Theo aparece atrás de mim só de calça.

— Sam a onde está o pó do café? — pergunta ele com cara de sono.

Filho da puta!

Dorme igual pedra toda vez que vem aqui, justamente hoje tem que acordar cedo!

— Seu namorado? — pergunta minha mãe com os olhos brilhando.

— Não mãe — digo me segurando para não explodir.

— Agora mesmo que você tem que nós deixar entrar — disse ela toda eufórica.

— A Sam para de ser chata e nós deixe entrar, estou cansado de ficar em pé aqui — disse o chato do meu irmão.

— Fica quietinho aí, por favor — digo a ele.

— Olha como você fala com o seu irmão — disse meu pai.

E assim acaba o meu domingo de paz.

****

Eu e minha mãe com algumas ajudinhas do Theo ficamos fazendo o almoço e meu pai e meu irmão arrumando a sala.

— Por que você não arruma essa casa no dia de semana? — perguntou meu irmão.

— Porque eu estudo e trabalho diferente de certas pessoas.

— Mas você já se formou. — o retrucou.

— Estou fazendo MBA.

Esse garoto me tira do sério.

— Você é maluca, invés de se livrar de vez dos estudos você vai é estudar mais — diz ele bufando.

— Cala a boca e termina de arrumar — brigo com ele.

— Olha aí mãe, a Samanta — disse ele como se ainda tivesse oito anos de idade.

— Nossa isso faz me lembrar muito eu e os meus irmãos — disse Theo rindo.

— Vai me falar que você era igual ao meu irmão.

— Não, se você não se lembra eu sou o mais velho.

— A então você era chato igual a ela. — disse Marcos meu irmão.

Sério, pra que minha mãe foi ter outro filho.

A panteraOnde histórias criam vida. Descubra agora