Minha decisão

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Em um desses finais de semana Alec encontrava-se viajando para os EUA e acabou me dizendo para aproveitar esses dias com a minha família e amigos.  

Não que eu tivesse que o obedecer, mas foi isso mesmo o que  fiz.

Já tinha meses que eu não passava um final de semana com a Agatha e eu estava percebendo que a nossa amizade estava se esfriando cada vez mais.

Mesmo estando em junho, depois de uma semana de prova cansativa nós precisávamos relaxar, aproveitando um pouco do sol forte fora de época, nós fomos para a praia da Reserva.

— Aí miga, me fala quanto tempo que nós não fazemos isso? — disse ela bem animada segurando a sua bolsa de praia.

— Bastante tempo mesmo amiga, sinto muito por não estar mais com você como antes — estava me sentindo um pouco culpada por não estar passando tanto tempo assim com ela. 

— Não precisa se culpar amiga, eu estou feliz por você finalmente estar em uma relação estável — disse ela bem contente passando o seu protetor solar.

Muito estável.

— Mas me conta, como vai você e o Alec?

— Vamos bem amiga, ele é um amor comigo — minto.

— Só isso? — perguntou ela um pouco desconfiada.

— Acho que sim — odeio mentir para ela.

Bom dessa praia era que ela quase nunca ficava cheia e esse era um desses dias que a praia estava quase deserta mesmo com o sol forte e o mar não tão violento, só que mesmo assim, estava eu sentada na canga ainda com a minha camiseta lilás e o meu short jeans preto.

Mesmo que tenha sido eu que deu a ideia, esqueci completamente das manchas arroxeadas do último jogo.

— Oh garota, não vai tirar esse short? 

— Não, só vim aproveitar o sol — digo passando o bronzeador.

— Para né Samanta, você vai é fica com marcas do short e da blusa e seu corpo é mais bonito que muito das minas por aqui. Tira logo essa roupa — zombou.

— Não é isso... — digo envergonhada.

— Tira logo e vamos dar um mergulho na água — disse Agatha sendo a Agatha.

— Está bem! Vou tirar.

Bem devagar tiro primeiro a blusa, depois me levanto, timidamente tiro o short, bom, sou negra mais não tão retinta assim. Marcas de roxo ficam muito bem-marcadas, assim como estava na minha bunda, lateral da coxa, levemente no calcanhar e pulso.

— Samanta que isso! — na hora ela ficou bem espantada olhando para a minha bunda.

— Isso aqui é nada menina — digo tampando com a canga que puxei rapidamente da minha bolsa.

— Nada é o caralho! Samanta pode me falar o Alec anda te batendo? — disse ela revoltada.

Quando ela gritou isso algumas pessoas começaram a nos encarar.

Bater ele bate, mas as vezes eu até pedia.

— Fala baixo, não como você está pensando, ai miga, é complicado de explicar.

Naquele momento passava mil e uma coisas na minha mente, tudo menos como iria explicar isso a ela.  

— Como assim é complicado garota? Vai me dizer que ele te bate porque te ama? Quem é você e o que fez com a minha Samanta? A feminista que não aceitaria que nenhum homem encostasse nela —debochou.

A panteraOnde histórias criam vida. Descubra agora