Ensinamentos

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Quando entramos no cômodo que era um quarto bem espaçoso que estava em baixa luz, com algumas velas pelo canto do quarto e só uma luminária com um pano roxo na sua frente, sendo que no canto do quarto tinha uma cama box e no meio tinha uma poltrona que nessa luz não dava muito bem para saber se era preta ou roxa.

— Que bom que vocês chegaram — disse Carla aparecendo para nós.

Ela estava usando um vestido preto de coro bem justo ao seu corpo, seus cabelos vermelhos estavam presos em um rabo de cavalo alto e ela ainda estava com uma bota de cano alto até as coxas que parecia ser de coro também.

— Sentem na cama e só quero que vocês apreciem o show — disse ela bem calma. — Theo, sei que você vai perguntar, mas não precisa se preocupar, Tales adora visitas.

Acho que ela já respondeu essa pergunta várias vezes.

Fechamos a porta e nós nos sentamos na cama que ficava logo de frente para tal poltrona. Quando a olho melhor Tales estava ajoelhado do lado dela com as mãos para trás e com o rosto abaixado para o chão. Não dava muito bem para ver como ele estava por causa da luz e ali estar um pouco escuro.

— Levanta-te!

Com uma única ordem e com um pouco de dificuldade Tales se levanta e dá para ver que ele estava com o corpo todo coberto por cordas.

Shibari é uma arte que eu tenho muita vontade de aprender e Carla manda muito bem nisso.

— Não precisa ficar se fazendo de tímido porque a Samanta já te conhece — diz ela bem séria.

Ele não fala nada e ainda continua com a cabeça abaixada.

— Não vai me responder? Quer mostrar para o Theo o que é ser um Brat, logo você? — a última frase ela diz com um tom de deboche tão forte.

— Não minha senhora — respondeu ele ainda com a cabeça abaixada.

— Achei, bom quero mostrar para o Theo como que em todos esses anos você acabou aprendendo a gostar de sentir dor.

— Sim, minha senhora.

— Sente na poltrona.

O incrível era que em nenhum momento ele não questionava nenhuma das ordem dela e as realizada com a maior calma.

Isso era a coisa mais excitante de tudo.

Carla vai para uma parte não iluminada do enorme quarto e volta com algo que não dava para saber muito bem

Uma vela?

— Uma coisa que nunca pode deixar de sair da sua cabeça é a palavra de segurança — explicou ela.

Depois de dizer isso bem devagar ela foi virando a vela fazendo com que a cera cai em cima de sua perna e ele não fez nenhum movimento nem barulho. Tenho certeza de que essa é uma das coisas que eu não aguentaria.

— A querido, assim, não tem graça — riu ela.

Ela some mais uma vez e então volta com uma chibata.

— Já que a vela não deu muito certo para você vamos ver se você consegue contar até dez.

No mesmo lugar a onde ela havia pingado a vela Carla deu o primeiro golpe.

— Um — disse Tales sem nenhum um tipo de reação a mais.

Como pode? Ele é um robô?

Sem cerimônia nenhuma ela continua a bater nele e ele conta tudo perfeitamente até o dez que ele dá uma fraquejada quase não falando o número.

A panteraOnde histórias criam vida. Descubra agora