Amigos é pra isso

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— Você fez bem em me ligar, ainda bem que não estou em congresso hoje — disse Theo dirigindo.


— Tenho certeza de que se eu pegasse o carro nessas condições eu iria fazer algum acidente — digo tremendo de raiva.


— Está bem, agora você já pode ficar calma — diz ele segurando a minha mão.


— Eu estou me sentindo como um lixo agora sabia — digo começando a chorar.


— Não fica assim Samanta, você não é um lixo, você é uma mulher maravilhosa e incrível, aquele cara que é um lixo por fazer isso com você — diz ele me confortando.


— Eu prometi pra mim que nunca mais iria deixar ninguém fazer eu sentir esse sentimento de novo — digo chorando de raiva.


— Eu sei.


— Não querendo lhe fazer sentir mal, mas ele era tão bom como submisso — digo para pelo menos me fazer rir um pouco.


— É mesmo? Ele conseguiu ser melhor que eu? — disse ele com um tão de deboche na sua voz.


— Não, era só o jeito dele, mas a cara dele de cachorro pidão era tão fofa — confesso a ele.


— Consigo também fazer uma ótima cara de cachorro pidão — diz ele rindo do meu comentário.


— Eu sei que consegue. Fala sério Theo, eu sou uma péssima pessoa? — pergunto deixando as lágrimas rolarem.


— Que isso Sam, você não é uma péssima pessoa. Você é tão incrível e maravilhosa, não diga isso de você mesma. — diz ele parando o carro e então olhando nos meus olhos. — Você é uma das melhores pessoas que eu já conheci na minha vida, tão dedicada, madura e linda. Você consegue trazer felicidade e confiança por onde você passa Samanta, depois da minha mãe você é uma das mulheres mais forte que já conheci em toda a minha vida. Não diz isso para você só porque um babaca não soube dar valor — diz ele secando uma das minhas lágrimas.


— Você acha? — digo com a voz manhosa de choro.


— Eu não acho, tenho certeza.


— Eu sou uma idiota mesmo — suspiro.


— Por quê?


— Por ter largado um homem como você — digo olhando para frente.


— Não, eu que sou burro por ter deixado uma mulher como você escapar — disse ele também olhando para frente.



Como um grande impulso nós dois começamos a nós beijar dentro do carro e tudo estava tão bom se não fosse à voz na minha cabeça berrando para eu parar.



— Eu acho melhor nós não levarmos isso adiante, estou muito magoada no momento para me envolver com qualquer pessoa — digo ofegante e o afastando.


— Eu entendo — diz ele também bem ofegante. — Vou levar você para casa — disse ele ligando o carro.


— Está bem.



No caminho inteiro para a minha casa nós não trocamos mais nenhuma palavra, mesmo que o meu peito queria muito gritar e espernear para voltar com ele.



— Bom chegamos — diz ele estacionando o meu carro.


— Como você vai embora? — pergunto a ele.


— Pego um taxi, pode ficar tranquila — diz ele com aquele sorriso fofo de moleque brincalhão.


— Theo posso pedir uma coisa como um bom amigo?


— Sim, o que seria isso?


— Você pode me abraçar?


— É claro, isso é coisa que você nem precisa pedir — diz ele me abraçando.


— Me desculpa por tudo está bem — digo a ele chorando mais uma vez.


— Eu que tenho que pedir desculpas.



Ficamos um bom tempo abraçados até que os nossos celulares tocam.



— Bom é o meu chefe pedindo que eu vá ao escritório — diz ele desligando o telefone.


— Era a Agatha querendo saber como eu estava — digo com um sorriso fraco a ele.


— Assim... Então acho melhor eu ir indo — diz ele me dando outro abraço.


— Está bem, bom trabalho — digo retribuindo o seu abraço.


— Obrigado.


— Se você for andando por essa rua você consegue achar um ponto de taxi — digo a ele.


— Obrigado de novo e tchau Sam — diz ele envergonhado.


— Tchau Theo, a gente se vê por aí — digo a ele.


— A gente se vê.



Agora só falta eu encontrar com o Alec para piorar esse dia mais ainda.


Esse dia foi dose.


Já não faltava o Ramirez, agora esse clima estranho com o Theo.


Depois de ficar uns bons minutos sentada na minha calçada eu entro e vou logo tomar um banho, coisa que estava precisando e muito, depois fui dormir, mas acabei chorando a tarde toda até finalmente conseguir dormir de fato.


Me esforço tanto para não me envolver com as pessoas e olha só como eu acabo, derrotada e largada.


Eu mereço isso tudo mesmo.

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A panteraOnde histórias criam vida. Descubra agora