Balada entre amigos

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Para não demorar mais que o normal Agatha acabou se arrumando aqui em casa mesmo, mas já estava dando dez horas e a bonita não ficava pronta.

Enquanto esperava Agatha, Theo entra em casa e fica sentado no sofá esperando a bonita sair.

— Desculpa por ter saído tão estressada daqui. — disse ele de cabeça baixa.

— Não precisa pedir desculpas, isso tudo é muito novo para você, deve ser muita informação vindo de uma única vez. Dá para te entender.

Ele não fala nada, apenas fica balançando a perna, então olha para mim, faz menção que iria falar algo, mas fecha a boca mais uma vez.

— O que foi?

— Só queria saber quando será a nossa próxima sessão.

— Continue estudando, logo irei falar.

— Está bem. — diz ele abaixando a cabeça envergonhado.

Quando ele ficava envergonhado a ponta das suas orelhas ficavam vermelhas, isso era tão fofo de ver.

Já não estava mais aguentando ficar esperando a Agatha.

— Mulher morreu aí? — grito da sala.

Depois de ter gritado ela sai do quarto.

Usando um saia de couro preta, um top também de coro da mesma cor e um salto preto e os cabelos soltos.

— Finalmente, vamos? — perguntou Theo impaciente.

— O que vocês acham? Estou um mulherão dá porra?

— Está gata. — digo já sem paciência para esperar.

— Poxa miga, só gata. — diz ela fazendo beicinho.

— Aí senhor, sim está destruidora. — digo revirando os olhos.

— Você não tem sentimentos mesmo.

— Vamos, já estou cansada de te esperar. — digo pegando a minha bolsa.

— Desculpa, mas uma beleza dessa demora a ficar pronta mesmo. — disse ela me dando a língua.

— Não vai esquecer nada em Sam. — disse Theo parado na porta.

— Deixa eu ter certeza.

Olha a bolsa e vejo se não tem nada faltando: chave da casa, carteira e batom.

— Está tudo aqui.

— Então vamos! — diz Agatha animada.

Chamamos um Uber e fomos logo para a Lapa. Rodamos por ali até acharmos uma boate que nós chamou atenção.

Achamos um lugar onde a fila estava enorme, nós até poderíamos ir para outro lugar, mas ali estava parecendo o melhor lugar daquela noite para irmos.

Agatha comprou camarote para nós ficarmos, mesmo eu dizendo a ela para não fazer isso. Só que até gostei disso, pois não estava muito a fim de ficar direto no meio daquela multidão.

Ser amiga dessa garota me fez criar manias que eu não me orgulho muito.

— Só digo uma coisa o seu pai vai te matar — digo a ela.

— Vai nada — diz ela com desdém.

— O que adianta ela já comprou mesmo, vamos curtir agora — disse Theo.

— Está bem — digo por vencida.

— Theo você podia chamar os seus irmãos também pra vir aqui.

A panteraOnde histórias criam vida. Descubra agora