A pantera

Da vontade de rir

Como eu disse, antes do dito cujo eu até que saia com uns carinhas legais, de ter uma noite maneira e tal, só que teve uma vez que foi até engraçada para não dizer trágico.

Foi eu, Agatha e mais três amigas nossas em uma boate nova na Lapa. Dias antes tinha visto algumas divulgações dessa boate, até fiquei animada de ir, falei com elas e juntou a oportunidade perfeita para conhecer um lugar novo.

Tudo bem. 

Vamos curtir, vamos aproveitar e esquecer que alguma vez na vida eu já tive exs.

Quando chegamos lá tudo tranquilo, nome na porta, fomos pro camarote. Melhor coisa da vida é ter uma amiga rica que paga camarote e fomos lá, nós cinco curtir a noite!

Quando fui ao bar pegar uma bebida logo veio um homem atrás de mim.

Queria apenas uma noite sair para esses lugares beber e dançar sem ser importunada.

— O que uma moça tão gostosa como você faz em um lugar desses? — ele me analisava de cima a baixo.

Já que ele fez isso faço a mesma coisa com ele, para pelo menos saber o quão escroto esse cara era.

Ele era o tipo padrãozinho de babaca dessas baladas o famosinho "hétero top": Fortinho com uma blusinha apertada, jeans também bem apertado, tão apertado que acho que ele não tinha um pinto ali, um relógio de ouro enorme no braço e usando um tênis que com certeza era de marca.

— Beber e ver as minhas amigas se divertirem — o respondi, em seguida pedi um Martini.

— Já te falaram que você a mulher mais gostosa dessa noite.

— Ainda não — reviro os olhos.

— Vejo que a sua mãe não te deu educação — debochou.

— A sua te deu? — o corto voltando a minha atenção para o balcão.

— O que você disse? 

Ai Deus! Não tenho paciência com esse tipinho de cara, sinceramente.

— Meu amigo, faz esse favor para mim e me deixa em paz, só quero beber e dançar. Não estou a fim de ficar com ninguém não — digo até que calma.

— Qual foi gatinha, deixa eu fazer a sua noite mais divertida ainda — disse ele chegando mais perto ainda de mim.

Cadê as piranhas das minhas amigas quando mais preciso delas?

Sabe de uma coisa pessoal? Odeio esses apelidos escrotos que os caras colocam nas mulheres como: delícia, gatinha, gostosa, bonequinha, entre outros. Isso para mim já é o é o cumulo do cara babaca.

— Cara vai para merda e me deixa em paz, pelo amor de Deus — digo já bufando de raiva.

— E o que você vai fazer se eu não sair?

Ele está pedindo para apanhar não é mesmo?

Ele chegou mais perto ainda, quase me roubando um beijo e foi na hora que dei uma cabeçada nele para se afastar, coisa que fez na hora o sangue escorrer.

Com uma das mãos no nariz ele se afasta, quando ele ameaçou a chegar mais perto de mim avistei um dos seguranças e o chamei fazendo um gesto com a mão.

— Ele está te incomodando senhorita?

— Sim, por favor.

Os seguranças nem o deixaram se recuperar e o já tiraram dali.

Como um passe de mágica as meninas e a minha bebida apareceram.

— O que ouve? — perguntou a Agatha.