Capítulo 24

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"Gente preciso da ajuda de vocês! Quando estão lendo UAR, para a Lia, quem vocês imaginam? Me peguei pensando, pensando e "se" no meu mundo fantástico de Bob, um dia a história fosse milagrosamente virar um filme(sonho) não sei quem poderia fazer o papel da Lia. Para o Albert eu coloquei aí do lado o Chris Evans, acho ele uma graça. O que vocês acham? Alguma sugestão? Esse capítulo é bem... Digamos, diferente. Espero que não me matem. Com carinho, Lilo"

Não demorou nem 20 minutos e Brian já se encontrava à porta do palácio. Minha tia estava tão ocupada na cozinha que tudo o que fiz foi deixar um bilhetinho na porta.

— Oi... — eu disse passando pelo portão e correndo para abraçá-lo. — Obrigada!

Brian me recebeu em seus braços de um modo tão carinhoso, tão gentil, que me senti acolhida. Ainda que eu não o amasse como homem, eu via nele tantas qualidades que talvez pudesse me acostumar a tê-lo ao meu lado.

— O que houve? — perguntou envolvendo minha cabeça com as mãos. — Por que essa cara?

— Aiii... — suspirei olhando ao nosso redor. — Eu não passei... — e comecei a chorar de novo.

— Como assim? Você estudou tanto.

— Pois é... — comecei a sentir as palavras engasgarem. — Parece que Karina e seu pai andaram mexendo uns pauzinhos. Depois daquele jantar... — suspirei sem palavras — Brian... Vamos mudar de assunto?

— Ok — ele me abraçou de novo.

— Obrigada.

Partimos para o apartamento dele. Nem vi como chegamos, pois consegui cochilar no curto percurso. Senti que ao pararmos, ainda sonolenta, Brian me pegou nos braços e quando dei por mim, eu estava deitada em uma confortável cama, coberta, assistida de perto por ele.

— Oi... — sussurrei ainda com a cabeça latejando.

— Oi.            

— Nossa... Dormi quanto tempo? — olhei ao redor, admirando o belo loft em que ele morava.

— Umas duas horas — ele trazia uma xícara de café nas mãos — Pegue... Café.

Me sentei ainda desnorteada. Tomei a xícara de sua mão e comecei a beber seu conteúdo lentamente.

— Quer conversar? — ele perguntou ainda de pé.

— Não... — respondi entre um gole e outro.

Ele se sentou ao meu lado e bateu na cama, distraído.

— É um lugar simples, mas pode ficar o tempo que achar necessário — me olhou completamente sem graça — Eu vou dormir no sofá...

Como eu era idiota. Só de pensar a infinidade de emoções que passavam pela cabeça dele, me senti a pior das mulheres do mundo, o que não melhorava minha situação deprimente.

— Você está fazendo muito por mim.

— É isso o que se faz por quem a gente gosta... — golpe final. Abaixei a cabeça completamente resignada. Como eu podia simplesmente usar de um homem tão bom?

— Brian? — ele se levantava, nitidamente entristecido por saber que meu amor era só por tê-lo como um bom amigo. E apesar de nunca ter comentado sobre o que eu sentia por Albert, meus olhos há muito tempo não me deixavam mentir — Obrigada.

Desconcertado, ele saiu para a sala. Tudo o que nos separava era um biombo de papel de arroz. Percebi que ele foi até a geladeira, que ficava no mesmo espaço, e de lá tirou uma cerveja. Brian ligou a TV e ficou zapeando os canais, nitidamente buscando se entreter e focar seus pensamentos em outra coisa que não fosse no fato da mulher por quem ele estava apaixonado estar deitada — toda donzela indefesa — na sua cama.

Um Amor de RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora