neuf ❄︎ i changed my mind

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AMÉLIE, Point of view

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AMÉLIE, Point of view.
Los Angeles, Califórnia.

Sorri enquanto Vinnie me puxava para a pista de dança improvisada e me aproximei de seu ouvido, dizendo alto o suficiente para ele ouvir

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Sorri enquanto Vinnie me puxava para a pista de dança improvisada e me aproximei de seu ouvido, dizendo alto o suficiente para ele ouvir.

— Eu não sei dançar!

— Ninguém aqui sabe — ele olhou envolta e eu fiz o mesmo vendo que as pessoas apenas balançavam seus corpos aleatoriamente.

Comecei a dançar com ele uma música eletrônica qualquer, totalmente desengonçada e atrapalhada pela minha falta de experiência. Balançavamos nossos corpos de um para o outro, rindo enquanto eu sentia ele se aproximar cada vez mais.

Ele colocou a mão atrás das minhas costas e colou suavemente nossos corpos. A essa altura eu já tinha parado de me mexer e estava apenas concentrada nos olhos e lábios do garoto a minha frente. Podia sentir a ansiedade no meu peito, se formar e ficar cada vez mais forte.

— Vinnie? — sussuro, colocando uma mão em seu peito e fecho meus olhos, encostando nossas testas.

— Amélie — ele diz no mesmo tom e quando íamos juntar nossos lábios, sinto alguém puxar Vinnie de perto de mim.

Era uma garota, quase da minha altura, morena e olhos verdes. Se eu a chamasse de feia, estaria mentindo para mim mesma.

— Madison? — oh, então essa é a Madison que eu tanto ouvia pelos corredores...

Pelo pouco que sei eles tiveram algo, mas não sei porque ou como acabou.

— Vinnie, nós precisamos organizar o baile de outono, esqueceu?

Baile de outono? Vinnie se inscreveu para ajudar no baile com a ex dele?

— Que baile, Madison? Eu não aceitei nada! — ele diz tão confuso quanto eu.

— Você aceitou hoje e eu coloquei seu nome, não se lembra? Agora é tarde para tirar seu nome, a menos que queira perder pontos nas matérias. Sabe como a senhora Leopoldina é, não?

Vinnie não disse nada, apenas a olhava. Por mais que pudesse negar, realmente tinha química entre eles.

— Sabia que gostaria de me ajudar, nos vemos amanhã na quadra, beijinhos, Vinnie — ela dá um selinho em seus lábios e sai, desaparecendo entre as pessoas.

Suspiro e vejo Vinnie se virar para mim.

— Vou buscar uma bebida — aviso, levemente frustrada e sem entender o porque.

— Não era você que disse que não iria beber? — ele me pergunta e eu começo a andar em direção a cozinha.

— Eu mudei de idéia! — passo em sua frente.

Ao chegar na cozinha, via alguns adolescentes se beijando e outros apenas conversando.

— Francesa! — um garoto moreno grita e eu o olho. Era comigo?

— É comigo?

— Você não é francesa? — ele pergunta confuso.

— Hum... não? Minha mãe era, eu sou canadense.

— E, é isso! — ele riu. — Sou Kio, Kio Cyr, sou melhor amigo do Vinnie.

— Ah, sim! — exclamo. — O que tem de bom pra beber?

Um sorriso sapeca surge no rosto do garoto moreno que logo pega diversas garrafas e despeja os líquidos no copo.

Que meu pai não descubra que eu bebi, amém.

𝗽𝗮𝗿𝗸𝗼𝘂𝗿.Onde histórias criam vida. Descubra agora