quatre-vingt-cinq ❄︎ forgiveness takes time

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AMÉLIE, Point of view

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AMÉLIE, Point of view.
Los Angeles, Califórnia.

Meus tios e meu pai cantavam animadamente uma música francesa qualquer enquanto vovó tocava atrapalhadamente o piano no canto da sala

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Meus tios e meu pai cantavam animadamente uma música francesa qualquer enquanto vovó tocava atrapalhadamente o piano no canto da sala.

Talvez eles tenham bebido vinho demais e isso os deixou animados demais. De qualquer jeito era extremamente engraçado.

Sem querer levei meu olhar até Maya que estava na cozinha, sorrindo e comendo uvas, mas quando olhou em meu rosto seu sorriso sumiu e seu semblante parecia de culpa

Sinto minha tia Sarah sentar ao meu lado, no sofá e lança seu olhar até a filha e em seguida a mim.

— Ame, querida — ela passa sua mão pelo meu cabelo. — O que aconteceu ontem a noite? Ouvimos você gritar, mas não entendemos o contexto e depois você, a Maya e o Vinnie sumiram.

Suspirei, olhando em seus olhos castanhos como o meu e de boa parte da família. Eu deveria mentir para ela não brigar com a Maya mais tarde ou contar a verdade para estragar o resto do seu fim de ano?

— Maya fez algo que eu não gostei e nós brigamos. Sinto muito, mas iremos ficar sem se falar por um bom tempo. Talvez até para sempre — murmuro, olhando meus dedos.

— Oh, querida, para sempre é muito tempo — sinto seus dedos em meu cabelo mais uma vez e sinto vontade de chorar, por isso pisco inúmeras vezes. — Ela se desculpou?

— Por mensagem, mas não é a mesma coisa. Do que vale pedir desculpas se já fez mais de uma vez? Ela já me magoou do mesmo jeito há três anos atrás, a diferença é que teve coragem de pedir desculpas na minha cara — digo firme.

— Perdão leva tempo, Amélie. Você não é obrigada a perdoa-la agora, só não esqueça que ela é sua família e esteve com você quando a Natalie... se foi — ela suspira.

— E é por isso que eu esperava que ela não insistisse em querer beijar meus namorados — digo e me levanto, olhando Maya duramente e subo as escadas rapidamente para o quarto onde eu e Hacker estávamos dividindo com meu pai.

Abri a porta do quarto e bufo, me sentando na cama onde Hacker também estava e passo a mão pelos meus cabelos frustrada, mas acabo acordando Vinnie que me olha confuso. Ele estava tirando seu cochilo pós almoço e não estava muito acostumado com o fuso horário.

— O que foi, Mel? — ele se senta na cama e passa a mão pelos meus ombros.

Suspiro pesadamente e o olho.

— Nada — digo baixo. — Só preciso sair dessa casa.

— Quer ir aonde?

— Tem uma praça algumas ruas daqui, nós poderíamos ir — sugiro e ele abre um sorriso, concordando e isso de certa forma alivia o peso que estava em meu peito.

𝗽𝗮𝗿𝗸𝗼𝘂𝗿.Onde histórias criam vida. Descubra agora