quatre-vingt-seize ❄︎ scissors

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AMÉLIE, Point of view

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AMÉLIE, Point of view.
Los Angeles, Califórnia.

Abri lentamente a porta de casa e do mesmo jeito a fechei

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Abri lentamente a porta de casa e do mesmo jeito a fechei. Em passos rápidos comecei a ir em direção ao meu quarto, mas meu pai chamou meu nome e eu devagar me virei para o olha-lo.

— Sim? — murmuro, abrindo um pequeno sorriso amarelo.

— Você está usando drogas, Amélie? — ele me pergunta e eu franzo o cenho, confusa. — Seus olhos estão vermelhos, você andou fumando maconha? Sabe que aqui é proibido!

— O quê? — pergunto.

— Eu sabia que esse seu namoradinho não era bom pra você! Desde a primeira vez que eu vi ele saindo de casa. Acha que eu caí no seu papinho que ele caiu do céu? Não mesmo. Ele vem aqui para trazer maconha, não é?

— Pai, em que mundo você está? — gritei por cima da sua voz. — Está tão longe da realidade que nem sequer sabe que dia é hoje! Se me conhecesse bem saberia que eu não estava fumando e sim, chorando!

Meu pai suspira, provavelmente lembrando o quão triste é esse dia para nós.

— Amélie... eu sinto muito. Eu esqueci — ele se aproxima de mim, passando seus braços entorno do meu corpo em um leve abraço. — Eu também sinto falta dela...

— Ela faz muita falta, não faz? — rio sozinha, sentindo novamente meus olhos se encherem de água.

— Lembra quando ela cortou seu cabelo acima do ombro quando descobriu que você pegou piolho? — ele riu e eu me lembrei vagamente daquele dia e ri. Eu devia ter no máximo sete anos.

— Eu fiquei com tanta raiva dela! — disse. — E ela queria que você ficasse do lado dela e você só queria me levar na cabeleireira para arrumar o corte!

— Ela usou uma tesoura de escola! — nós gargalhamos. Eu fiz meu pai rir. Depois de três anos. — Queria que ainda estivéssemos no Canadá para irmos visitar ela...

— Sei que daqui mesmo estamos próximos dela — dei um pequeno sorriso de lado. — Obrigada por me trazer para Los Angeles, papai.

— Bem, agradeça à companhia de hospitais! — ele riu e novamente me deu um abraço. — E me desculpe não ser um pai presente para você, Amélie. Com a morte da Natalie, eu precisava ocupar o máximo a minha mente e acabava que não deixava espaço para você.

— Tudo bem. Eu te amo, pai, obrigada por tudo...

𝗽𝗮𝗿𝗸𝗼𝘂𝗿.Onde histórias criam vida. Descubra agora