trente-deux ❄︎ if u love him, let him be happy

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AMÉLIE, Point of view

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AMÉLIE, Point of view.
Los Angeles, Califórnia.

O som da porta do carro se fechando soou e em seguida, senti os dedos de Vinnie entorno dos meus, os entrelaçando

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O som da porta do carro se fechando soou e em seguida, senti os dedos de Vinnie entorno dos meus, os entrelaçando.

Virei minha cabeça para olha-lo e vi o pequeno sorriso em seu rosto enquanto a brisa balançava seus cabelos. Realmente uma imagem que eu quero me lembrar até morrer.

— O quê? — ele pergunta. — Não quer entrar de mãos dadas na escola? Tudo bem... — ele se preparava para soltar nossas mãos, mas eu apertei levemente.

— Não, eu quero. — sorrio. — Vamos?

Hacker assentiu e começamos a andar em direção à entrada da escola, sendo acompanhados por alguns olhares e cochichos. Em alguns eu ouvia a palavra "namorada" e em outros "Madison".

— Olha se não é o novo motivo da minha vela! — Kio aparece com seus abraços abertos e me dá um rápido abraço e um toque com Vinnie. — Tudo bem?

— Claro — sorrio. — E você?

— Com sono — ele murmura, nos acompanhando em direção ao meu armário. — Ganhou muitos presentes, Vinnie?

Abri a lataria azul, guardando todo meu material já que minha primeira aula seria educação física.

— Não tantos, mas o suficiente — sinto ele dar um beijo no topo da minha cabeça e sorrio mesmo sabendo que ele não via.

— Como foi acordar e se deparar com você mesmo? — pergunto, fechando o armário e me virando de frente, o olhando.

— Não foi tão ruim assim, mas de madrugada eu acordei e levei um susto pensando que era algum espírito — solto uma gargalhada.

— Eu também levaria! — digo e sinto o pequeno tapa depositado em meu braço, me fazendo rir ainda mais. — É brincadeira — aperto a bochecha dele.

— Vai fazer algo hoje?

— Nick quer que eu faça um desenho pra ele... — sorrio de lado.

— Poderíamos ir na praia semana que vem, não?

— Claro! Combinado.

Sinto as mãos de Vinnie em minha nuca e o selinho em meus lábios, antes dele sair com um sorriso bobo e sumir entre a multidão, me deixando lá como uma tola apaixonada.

(...)

Eu não gostava de Educação Física. Eu não tinha a menor noção de como jogar uma bola e minha coordenação motora era horrível, ao contrário de Madison Smith que fazia todos os saques e a maioria dos pontos na partida de vôlei.

— Mais agilidade, Delyon! — uma garota do meu time grita, me deixando mais insegura ainda e nem sequer reparando quando a bola vem em minha direção e eu não a rebato. — Não ouviu o que eu falei, não?!

Suspirei e olhei a dona do saque que sorria irônica na minha direção e podia sentir a quilômetros de distância seu ódio por mim.

— Dispensadas, meninas! Vão se trocar! $ a professora gritou depois que tocou seu apito e eu vi as dezenas de garotas correrem até o vestiário.

Peguei minha garrafinha de água e tomei o último gole, suspirando cansada.

— Senhorita Delyon? — ouço meu nome ser chamado e me viro de costas, vendo a professora. — Eu sei que as meninas podem ser difíceis de lidar e competitivas, mas elas tem um ótimo coração.

— Eu sei, professora. Eu só não sou boa em esportes mesmo e elas são — respondo, sorrindo de lado.

— Mas você é ótima em Artes. Eu vi algum de seus desenhos. A professora Lee tem muito orgulho deles.

Abro um sorriso orgulhoso.

— Eu amo pintar e desenhar. Agora se não se importa... — aponto para a direção do vestiário e a professora assente, me dispensando.

Caminho calmamente até ele e assim que entro, me olho no espelho. Meu cabelo estava quase caindo do rabo de cavalo, meu rosto estava vermelho e meu uniforme de aulas práticas suado.

Abro a torneira e encho minha mão com a água, lavando meu rosto e suspiro, ouvindo um som.

Estranho, já que o vestiário aparentava estar vazio. Andei em passos silenciosos até atrás de alguns armários e vi algo que jamais imaginei: Madison chorando e com sua respiração ofegante.

— Madison? — digo baixo e só então a mesma repara que estou ali e passa as costas de sua mão sobre o rosto, virando-o.

— Vai embora daqui, Delyon — ela diz rudemente.

Respiro fundo antes de me sentar ao seu lado e olha-la, a mesma não correspondeu o olhar.

— Hey, está tudo bem. Eu posso te ajudar. É só me dizer o que está havendo — tento pegar sua mão, mas a de olhos verdes recua.

— Além de ser uma vadia quer fingir que gosta de mim também? — ela forçou uma risada irônica.

— Qual é o seu problema, Madison? Eu só estou tentando ajudar — digo derrotada.

— Você, você é o meu problema, Amélie! Você vem e rouba o meu namorado e para completar a situação todos te amam por isso! "Oh, que linda a namorada do Vinnie". Eu estou farta disso, Delyon! — ela surta.

Pisco duas vezes olhando seus olhos que tinham uma coloração avermelhada pelas lágrimas.

— E-eu... — passo a língua entre meus lábios, os umedecendo e sem palavras — Madison, eu não roubei nada de ninguém. Quando cheguei aqui Vinnie estava solteiro e foi pura coincidência nos conhecermos. Se eu te contasse, você não acreditaria.

— Eu o amo, Amélie. Eu sempre amei e sempre vou. E você chega e do nada ele só tem olhos para você — ela diz me olhando seriamente.

— Se você o ama por que o traiu? — murmuro e é como se ela levasse um baque. Parecia não saber que eu sabia. Seus lábios se abriram, mas nada saiu deles. — Eu não roubei nada de ninguém, Madison, e no fundo você sabe disso. Então se você o ama, deixe-o ser feliz.

— Eu sinto falta dele... — ela sussurrou, olhando seus dedos. — Eu sinto falta do sorriso dele, dele me levar no terraço do prédio, dos beijos dele e do sexo. Eu sinto falta dele.

— Eu entendo, mas agora não tem nada para fazer agora. Você só pode seguir em frente — suspiro. — Você aprendeu com seus erros e espero que não os repita com seu próximo namorado... — me levanto e saio dali, deixando a garota pensar sozinha.

𝗽𝗮𝗿𝗸𝗼𝘂𝗿.Onde histórias criam vida. Descubra agora