cinquante-huit ❄︎ you make me feel alive

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AMÉLIE, Point of view

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AMÉLIE, Point of view.
Los Angeles, Califórnia.

Eu passei a madrugada inteira pensando nas palavras de Nick

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Eu passei a madrugada inteira pensando nas palavras de Nick. Ele de repente, sem nenhum motivo, foi grosso comigo e aquilo me deixou incrivelmente triste. Admito que até chorei um pouco.

— Tudo bem, amor? — Vinnie pergunta assim que vê meu olhar seguindo Austin que acabou de passar por nós sem sequer olhar em meu rosto.

— Eu falo com você depois — aviso e começo a correr atrás de Nick no corredor da escola em busca de satisfações.

Puxo seu ombro, o forçando a se virar para mim e assim que vê meu rosto, sua feição fica mais séria.

— Amélie, eu não to a fim de falar com você — ele diz rudemente e revira os olhos.

— Por quê? Eu te fiz algo? Sábado estávamos rindo e brincando na piscina e ontem você decidiu ser totalmente idiota comigo sem motivos nenhum. Me diz o porquê, Nick!

— Não é nada! Você não fez nada! Ou melhor: você fez tudo! — ele grita, atraindo vários olhares e some entre a multidão de alunos, me deixando totalmente sem rumo ali..

...

Sentia a brisa do vento de final de setembro bater em meu rosto e me fazer pensar ainda mais em todas as palavras que disse a Nick nas últimas setenta e duas horas.

Desde que Hacker me apresentou o terraço do nosso prédio eu vinha diversas vezes por semana, me sentava na ponta do prédio ou simplesmente ficava em pé e olhava a vista, refletindo sobre algo. Era uma ótima forma de terapia além de pintar e tocar.

Ouço o som da porta se abrir e fechar e olho para trás, vendo os fios loiros e bagunçados do garoto que me deixa no céu por simplesmente existir.

— Sabia que iria te encontrar aqui — ele me abraça pela cintura e eu o aperto, colocando meu rosto na curva de seu pescoço e sentindo o cheiro do seu perfume. — Você estava meio cabisbaixa hoje. Aconteceu algo?

— Nick e eu brigamos — digo e me sento no chão, olhando a praia que parecia calma. — Ele foi grosso comigo e eu não sei porquê! Eu juro que não me lembro e isso me deixa tão triste — digo, olhando minhas mãos. — Eu devo ser uma péssima amiga.

— Claro que não, Mel — ele segura em meu rosto e faz carinho com seu polegar em minha bochecha. — O Austin é assim mesmo, ele não vai falar o que está incomodando ele até que você segure ele e o force a falar. Digo por experiência própria.

— Você tem certeza que ele falará se eu insistir? — pergunto.

— Absoluta. Amanhã ele vai estar no vestiário depois do intervalo. Ele sempre demora muito, você vai e conversa com ele. Tudo bem? — Sorrio de lado e assinto.

— Obrigada, V. Eu te amo muito — dou um beijo em seus lábios e encosto nossas testas com meus olhos fechados. — Obrigada por estar na minha vida e me fazer bem todos os dias.

— Eu acho que sou eu quem tem que agradecer por você existir. Você me faz sentir vivo e me dá vontade de viver para sempre.

𝗽𝗮𝗿𝗸𝗼𝘂𝗿.Onde histórias criam vida. Descubra agora