AMÉLIE, Point of view.
Los Angeles, Califórnia.Abri meus olhos, sentindo minha respiração ofegante. Era como se eu tivesse sentindo seus lábios no meu e mesmo sem ver seu rosto nitidamente, eu sabia que era ele.
Eu acabei de sonhar que beijei Vinnie Hacker pela segunda vez.
— Merda — resmunguei ao ver que além de ter esse sonho novamente, eu estava atrasada.
Me levantei em um pulo e corri para o banheiro para tomar um rápido banho e escovar os dentes. Coloquei uma calça jeans e uma blusa vinho de alguma banda qualquer.
Ao entrar na sala, encontrei meu pai tomando uma enorme xícara de café que parecia bem forte
— Pai? Por que acordou tão cedo? — perguntei, arrumando minha mochila rapidamente e vi de relance uma mensagem no meu celular.
— Tenho plantão daqui uma hora e meia... — ele bufou. — Vou passar o dia inteiro fora, portanto já sabe...
— Nada de garotos ou bagunça, eu sei. — completei, pegando meu celular e vendo que era uma mensagem de Vinnie dizendo: "quer que eu te leve para a escola hoje?" e automaticamente sorri, respondendo um "claro"
— Com quem está falando tão cedo? — papai tentou ver algo, mas eu rapidamente guardei o celular no meu bolso traseiro.
— Maya, Fuso horário, esqueceu? — menti dizendo o nome da minha prima que mora no Quebec. — Vou de ônibus hoje, ok?
Meu pai abre seu jornal e começa a lê-lo. Ele deve ser o único homem na face da Terra que ainda te jornal de manhã...
Revirei os olhos ao ver o quão ignorada eu fui e vou à cozinha, pegar uma banana.
— Bom trabalho, pai! — abri a porta do apartamento e sai, apertando o botão para entrar no elevador.
Quando ele chegou, descasquei a banana e comecei a comé-la, ao chegar na garagem eu já via Hacker e Cyr encostados no seus carros..
— Bom dia! — abri um sorriso ao ver eles e dei um beijo na bochecha de cada um. — Seus pais devolveram seu carro, Kio? — perguntei ao vê-lo encostado em um carro preto.
— Se ele tá aqui — o moreno resmungou e minha boca se abriu em um pequeno "o", surpresa.
— Ele está de mau humor... — ouvi o sussurro de Vinnie no meu ouvido e em seguida os pelos do meu braço se arrepiarem e instantaneamente lembrei do meu sonho do dia anterior.
— Entendi. Vamos? — soltei uma risada nervosa, entrando no carro rapidamente.
Era difícil ficar perto de Hacker sem lembrar do meu sonho com ele, o que me deixava constrangida sem motivos. O pior que se eu não acordasse no sofá da sala, eu nunca saberia que aquilo foi apenas um sonho. E o mesmo sonho se repetiu essa noite.
Os amigos entraram em seus respectivos carros e eu vejo Hacker começar a dirigir em direção à escola.
— Hum, Vinnie?
— Sim? ele me olhou de relance.
— Nada, esquece — desisto de dizer o que planejava e o vejo rir.
— Pode falar, Amélie — ele sorri.
— A gente podia fazer um piquenique, não acha? — me viro para ele, empolgada.
— Um piquenique?
— Sim! No terraço com a vista da cidade! Não seria o máximo? — abri um sorriso empolgada.
— Claro, por que não? Umas seis horas? Vai chamar o Kio? — ele abre um sorriso, mostrando suas pequenas covinhas.
— Não, só a gente... — murmuro. — Vamos combinando o que cada um vai levar. Gosta de frutas, né?
— Gosto — ele ri levemente.
— Está rindo por quê? — o olho confusa, mas ainda sim, sorrindo.
— Você é engraçada...
— Eu não estou fazendo nada pra ser engraçada — respondo, confusa.
— Você feliz é engraçado. Sabe o engraçado que te deixa feliz? — ele me olha no sinal vermelho e posso sentir o frio na barriga, como quando estamos numa montanha-russa.
— Não entendi, mas entendi — rio sendo acompanhada por ele. — Vamos combinando o resto das coisas hoje? Quando vai estar livre?
— Acho que vou estar ocupado o dia inteiro na escola. Vamos começar a organizar as coisas do baile... — meu sorriso se murcha um pouco — mas consigo abrir uma sessão na nossa aula de sociologia.
— Mas e se o professor brigar? Meu pai ficaria uma fera... — digo receosa vendo o prédio da escola ao virar a esquina.
— Amélie, estamos falando do senhor Gavin. Ele está mais míope que o Bryce — rimos, procurando uma vaga disponível na enorme garagem.
— Ali — avisto uma e o vejo rapidamente estacionar lá. Saímos do carro e ficamos um na frente do outro e vi Vinnie procurar algo em sua mochila. — Até a quarta aula?
— Droga, acho que esqueci a folha das idéias. Mas espera, pensei que sociologia fosse a quinta — ele diz confuso, fechando sua mochila.
— Que bom que está esperto — rio, arqueando uma sobrancelha. —Até a quinta aula?
— Até — ele se aproxima do meu rosto, roubando um rápido selinho e saindo rapidamente. Como se fosse automático e aposto que não percebeu o que fez, pelo seu andar despreocupado.
Como se fosse um cotidiano. Mas Vinnie, aquilo causou um estrago em minha mente e fragilizou ainda mais minhas estruturas.
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𝗽𝗮𝗿𝗸𝗼𝘂𝗿.
De Todovinnie hacker | ❝o que diabos você está fazendo na minha varanda?!❞ 𝗢𝗡𝗗𝗘 vinnie estava fazendo parkour no telhado de seu prédio, quando acaba caindo na varanda de amélie. started in july 7th, 2021. finished in august 17, 2021. cover by cybersc.