dix-sept ❄︎ automatic

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AMÉLIE, Point of view

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AMÉLIE, Point of view.
Los Angeles, Califórnia.

Abri meus olhos, sentindo minha respiração ofegante

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Abri meus olhos, sentindo minha respiração ofegante. Era como se eu tivesse sentindo seus lábios no meu e mesmo sem ver seu rosto nitidamente, eu sabia que era ele.

Eu acabei de sonhar que beijei Vinnie Hacker pela segunda vez.

— Merda — resmunguei ao ver que além de ter esse sonho novamente, eu estava atrasada.

Me levantei em um pulo e corri para o banheiro para tomar um rápido banho e escovar os dentes. Coloquei uma calça jeans e uma blusa vinho de alguma banda qualquer.

Ao entrar na sala, encontrei meu pai tomando uma enorme xícara de café que parecia bem forte

— Pai? Por que acordou tão cedo? — perguntei, arrumando minha mochila rapidamente e vi de relance uma mensagem no meu celular.

— Tenho plantão daqui uma hora e meia... — ele bufou. — Vou passar o dia inteiro fora, portanto já sabe...

— Nada de garotos ou bagunça, eu sei. — completei, pegando meu celular e vendo que era uma mensagem de Vinnie dizendo: "quer que eu te leve para a escola hoje?" e automaticamente sorri, respondendo um "claro"

— Com quem está falando tão cedo? — papai tentou ver algo, mas eu rapidamente guardei o celular no meu bolso traseiro.

— Maya, Fuso horário, esqueceu? — menti dizendo o nome da minha prima que mora no Quebec. — Vou de ônibus hoje, ok?

Meu pai abre seu jornal e começa a lê-lo. Ele deve ser o único homem na face da Terra que ainda te jornal de manhã...

Revirei os olhos ao ver o quão ignorada eu fui e vou à cozinha, pegar uma banana.

— Bom trabalho, pai! — abri a porta do apartamento e sai, apertando o botão para entrar no elevador.

Quando ele chegou, descasquei a banana e comecei a comé-la, ao chegar na garagem eu já via Hacker e Cyr encostados no seus carros..

— Bom dia! — abri um sorriso ao ver eles e dei um beijo na bochecha de cada um. — Seus pais devolveram seu carro, Kio? — perguntei ao vê-lo encostado em um carro preto.

— Se ele tá aqui — o moreno resmungou e minha boca se abriu em um pequeno "o", surpresa.

— Ele está de mau humor... — ouvi o sussurro de Vinnie no meu ouvido e em seguida os pelos do meu braço se arrepiarem e instantaneamente lembrei do meu sonho do dia anterior.

— Entendi. Vamos? — soltei uma risada nervosa, entrando no carro rapidamente.

Era difícil ficar perto de Hacker sem lembrar do meu sonho com ele, o que me deixava constrangida sem motivos. O pior que se eu não acordasse no sofá da sala, eu nunca saberia que aquilo foi apenas um sonho. E o mesmo sonho se repetiu essa noite.

Os amigos entraram em seus respectivos carros e eu vejo Hacker começar a dirigir em direção à escola.

— Hum, Vinnie?

— Sim? ele me olhou de relance.

— Nada, esquece — desisto de dizer o que planejava e o vejo rir.

— Pode falar, Amélie — ele sorri.

— A gente podia fazer um piquenique, não acha? — me viro para ele, empolgada.

— Um piquenique?

— Sim! No terraço com a vista da cidade! Não seria o máximo? — abri um sorriso empolgada.

— Claro, por que não? Umas seis horas? Vai chamar o Kio? — ele abre um sorriso, mostrando suas pequenas covinhas.

— Não, só a gente... — murmuro. — Vamos combinando o que cada um vai levar. Gosta de frutas, né?

— Gosto — ele ri levemente.

— Está rindo por quê? — o olho confusa, mas ainda sim, sorrindo.

— Você é engraçada...

— Eu não estou fazendo nada pra ser engraçada — respondo, confusa.

— Você feliz é engraçado. Sabe o engraçado que te deixa feliz? — ele me olha no sinal vermelho e posso sentir o frio na barriga, como quando estamos numa montanha-russa.

— Não entendi, mas entendi — rio sendo acompanhada por ele. — Vamos combinando o resto das coisas hoje? Quando vai estar livre?

— Acho que vou estar ocupado o dia inteiro na escola. Vamos começar a organizar as coisas do baile... — meu sorriso se murcha um pouco — mas consigo abrir uma sessão na nossa aula de sociologia.

— Mas e se o professor brigar? Meu pai ficaria uma fera... — digo receosa vendo o prédio da escola ao virar a esquina.

— Amélie, estamos falando do senhor Gavin. Ele está mais míope que o Bryce — rimos, procurando uma vaga disponível na enorme garagem.

— Ali — avisto uma e o vejo rapidamente estacionar lá. Saímos do carro e ficamos um na frente do outro e vi Vinnie procurar algo em sua mochila. — Até a quarta aula?

— Droga, acho que esqueci a folha das idéias. Mas espera, pensei que sociologia fosse a quinta — ele diz confuso, fechando sua mochila.

— Que bom que está esperto — rio, arqueando uma sobrancelha. —Até a quinta aula?

— Até — ele se aproxima do meu rosto, roubando um rápido selinho e saindo rapidamente. Como se fosse automático e aposto que não percebeu o que fez, pelo seu andar despreocupado.

Como se fosse um cotidiano. Mas Vinnie, aquilo causou um estrago em minha mente e fragilizou ainda mais minhas estruturas.

𝗽𝗮𝗿𝗸𝗼𝘂𝗿.Onde histórias criam vida. Descubra agora