quatre-vingt-quinze ❄︎ i will always be here

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VINNIE, Point of view

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VINNIE, Point of view.
Los Angeles, Califórnia.

— Você está me ouvindo, Hacker? — balanço minha cabeça após Kio quase gritar em meu ouvido

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— Você está me ouvindo, Hacker? — balanço minha cabeça após Kio quase gritar em meu ouvido.

— Tô sim, cara — sorri nervoso e ele arqueou uma sobrancelha. — Ok, eu não estava.

— É a francesa? — ele pergunta e eu assinto. Desisti de explicar para eles que Amélie é canadense, então apenas ignoro. — Vai ver ela só está com aqueles problemas de mulher, sabe? Minha mãe tem muita cólica nesses dias e fica de cama o dia inteiro.

— Isso acontece? — pergunto à Crum que assenti enquanto mexe no celular.

— Ou você fez alguma merda... — ela completa.

— O quê? Eu não fiz nada. Eu trato ela que nem uma princesa.

— Isso é verdade. Eu sou a maior vela desse casal — Riley comenta.

— Tem certeza? — Maddy me olha e eu paro para pensar.

— Ela pode ficar brava porque eu recusei dividir um pedaço do meu sanduíche anteontem? — pergunto.

— Cara, ela é de Touro — Riley diz.

— Vocês não estão ajudando em nada! — deito minha cabeça na mesa do refeitório e suspiro.

— Pensa, identifica, se desculpa, seja fofo. Pronto. — a de olhos azuis sugere.

...

Eu passei o dia inteiro tentando identificar o que eu fiz de errado e não achei nada realmente digno, então decide enfrentar ela pessoalmente e perguntar.

Como um sexto sentido, eu sabia que a encontraria no terraço do prédio e foi exatamente lá onde achei os cabelos castanhos de Amélie. A mesma estava literalmente sentada no precipício, talvez apenas uns trinta centímetros da queda, olhando os prédios e a praia.

Me sentei calmamente ao seu lado, vendo ela olhar cada movimento que eu fazia.

— Sabia que te encontraria aqui — sorri levemente, mas fui respondido com um pequeno sorriso de lado dela.

— Você me apresentou esse lugar e eu venho para pensar ou só ficar de bobeira praticamente todo dia — ela olha novamente a vista.

— Eu te fiz algo? Ou não sei, falei algo? Me disseram que eu podia ter te magoado e eu fiquei o dia inteiro pensando nisso, mas não achei nada de errado que eu tenha feito, então decidi perguntar direto para você. Eu fiz algo?

— Vinnie... — ela me olhou, rindo levemente e segundos depois seus olhos se encheram de lágrimas. — você não me fez nada. Hoje só é um dia ruim.

Ela deitou sua cabeça no meu ombro e com minha mão direita eu fiz carinho em meu ombro enquanto a ouvia chorar baixinho.

— O que houve então? — perguntei.

— Faz três anos que a minha mãe morreu hoje — ela diz e eu a ouço soluçar. — E eu sei que eu não devia mais chorar, mas eu sinto falta dela. Eu sinto falta de tocar piano com ela, da risada dela, das broncas, de tudo.

— Hey, Mel — levanto seu rosto, a fazendo olhar para mim. Seu rosto agora estava vermelho e molhado pelas lágrimas que escorriam dos seus olhos. — É claro que você deve sentir falta dela, ela é sua mãe e você ama ela. É normal sentir saudades. É ruim? Sim, mas você pode aprender a lidar com ela e fazê-la doer menos.

— Como? — ela pergunta.

— Pensando que agora ela está te olhando, com um coquetel na mão e pensando: "Como minha filha é burra estando a trinta centímetros de 45 metros diretos do chão" — uma pequena risada sai dos lábios de Amélie e ela se levanta, indo mais para trás.

Fico frente a frente dela e seguro seu rosto, dando um beijo em sua testa e a abraço.

— Esses dias... — ela nos separa um pouco e seca algumas de suas lágrimas. — eu estou me sentindo mais próxima dela. E, parece que eu voltei anos atrás quando ela estava aqui...

— Que bom, Mel! Deve ser ótimo senti-la mais próxima de você — acaricio seu rosto e vejo seus olhos se encherem de lágrimas. — Pode chorar, eu sou um ótimo ombro amigo — murmuro e pouco tempo depois, sinto minha camiseta ficar molhada pelas lágrimas da garota. — Eu estou aqui, Mel. Eu sempre vou estar aqui.

faltam três capítulos para o fim de parkour

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𝗽𝗮𝗿𝗸𝗼𝘂𝗿.Onde histórias criam vida. Descubra agora