quarante-quatre ❄︎ yet

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AMÉLIE, Point of view

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AMÉLIE, Point of view.
Los Angeles, Califórnia.

— Sabe, a Tiana é muito burra

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— Sabe, a Tiana é muito burra. Se ela tivesse beijado o Naveen depois de beijar ele da primeira vez, eles já estariam humanos de novo! Mas não, ela foi parar no meio de um pântano e agora eles vão morrer comidos por jacarés! — Vinnie exclamou, frustrado.

Isso é quando você coloca um adolescente que não teve infância assistiu A Princesa e o Sapo para assistir pela primeira vez.

— Mas se isso tivesse acontecido, o filme acabaria por aqui e que graça teria? Agora quieto e presta atenção no filme — digo, passando meus dedos entre seus cabelos já que o mesmo estava deitado em minha barriga e nós estávamos vendo filme na sala de sua casa.

— Não consigo prestar atenção quando tem você do meu lado — ele admite, levantando sua cabeça.

Sorrio, dando diversos selinhos em seus lábios enquanto o sinto sorrir e me puxar para um verdadeiro beijo. Passo minhas mãos pelo seu cabelo enquanto sinto o mesmo me deitar no sofá e aprofundar mais o beijo. Ele separa nossos lábios, descendo para meu pescoço onde começa uma trilha de pequenos beijos e mordidas, que me fazem suspirar.

— Você parece um vampiro — sussurro e ele me olha com um pequeno sorriso.

— Não gosta? — ele se aproxima de meus lábios.

— Gosto — junto novamente nossos lábios em um beijo lento, mas somos interrompidos pela porta do apartamento de Hacker se abrindo e rapidamente nos separamos, a olhando.

— Atrapalhei algo dos pombinhos? — Maria pergunta com diversas sacolas na mão.

— Não! — me apresso a dizer envergonhada e me levanto. — Eu te ajudo, Maria — pego alguma das sacolas de sua mão.

— Eu vou no banheiro — Vinnie avisa e em passos rápidos vai até o lugar.

Acompanho Maria até a cozinha e a ajudo a guardar algumas das compras nos armários.

— Vinnie parece estar muito feliz com você, Amélie... — ela diz e eu sorrio, sentindo aquele frio na barriga.

— Eu também estou com ele. Aliás, me desculpa pelo meu pai ontem interrogar ele na sua frente. Ele é muito protetor com essas coisas — rio levemente.

— Não se preocupe, querida. Eu entendo ele. Mas me conte um pouco sobre você.

— Hum, meu pai é canadense e minha mãe era francesa, eles começaram a morar juntos no Canadá e eu nasci. Então uma vezes por ano eu vou para a França ver meus avós, geralmente no Natal.

— Que lugar da França? — ela pergunta curiosa.

— Provença, no sudeste. É conhecido pelos vinhedos, oliveiras e as florestas de pinheiros. Um lugar muito bonito, você deveria ir um dia, Maria! — sorrio, me lembrando dos natais com a família inteira reunida.

— Deve ser. E você fala francês?

- Oui. No Quebec as pessoas falam muito francês e inglês, era bem legal, mas quando era pequena confundia tudo — rio.

— Agora entendi o que meu filho viu em você. — ela me lançou um sorriso caloroso o qual eu tive que corresponder, olhando para baixo.

Hacker aparece na cozinha, me abraçando por trás e dando um beijo na bochecha.

— Não me diga que ela começou a falar e não parou mais — ele sussurrou pra mim e eu ri, negando. — Quer ir à praia? Podemos começar a compor.

— Claro! Só preciso passar em casa e pegar meu violino.

— Mas e o almoço? Eu fui no mercado só pra fazer uma comida bem gostosa para vocês. — Maria diz, fazendo um biquinho e vi o quanto ela parecia com Vinnie.

— Nós vamos voltar antes das uma, ok? — digo e ela concorda, já que agora eram dez horas da manhã de um sábado.

Vinnie pega seu violão rapidamente e em poucos minutos, estávamos na porta do meu apartamento pegando meu violino.

— E aí, Marcel — Vinnie abre um sorriso ao ver meu pai.

Ele agora estava tentando ser o mais alegre possível para meu pai gostar dele. Bem, meu pai não é muito paciente com pessoas felizes demais. Ele diz que elas a irritam.

— Amélie, controle seu namorado — meu pai vira a página do jornal que lia e eu rio, buscando meu violino.

— Vamos à praia fazer um trabalho, papai. Volto depois do almoço! — aviso.

— Se você voltar com alguma marca nesse pescoço, Amélie... — ele deixa a
frase no ar e eu fecho a porta de casa, rindo.

— Seu pai me odeia — Hacker desabafa.

— Claro que não, ele só não gosta de você... ainda — dou um selinho em seus lábios.

𝗽𝗮𝗿𝗸𝗼𝘂𝗿.Onde histórias criam vida. Descubra agora