- Tenho duas palavras para você mocinha. Pai. Morrer.
Seu sorriso se alongou, ele levantou a arma e pôs o olho na mira.
- Não! - Ela suplicou. - Porque vai fazer isso?
- Não leve ela. - John se abaixou, protegeu seu rosto com os braços e começou a chorar e gritar - Por favor deixe ela ficar. Não há leve. Deixe Tess ficar.
Tess de cima olhou para ele no chão, ela estava chorando em silêncio.
John estava tendo um ataque, como os outros.
- Não atire nele. - Ela se virou para o caçador. - Deixe ele vivo. Oque vai ganhar com isso? Eu preciso dele.
O caçador deu passos em direção à Tess.
- Você vem comigo. - Ele pegou ela pelo braço.
- Não. - John se levantou. - Não vai levar ela. - Ele foi para cima do caçador.
Tess percebeu que o Caçador não iria pensar duas vezes em bater, ou atirar nele.
- John. Não - Ela empurrou ele para trás. - John para! - Ela gritou um segundo tarde demais.
O caçador bateu com a espingarda na cabeça de John. Tess gritou. Chorou alto. Se esperniou.
- John!
Ela se atordoou, desesperada gritou. Procurou por ar.
O caçador começou a arrasta-la.
John, ficou caído no chão, ele não estava se mexendo. Tess sabia que a pancada não fora forte o suficiente para matar. Mas ele estava desacordado.
- O que você fez? - Ela gritou em meio ao choro.
- Cale a boca. - Ele exigiu.
À arrastou para as árvores. Ela estava com medo, apavorada e só gritava.
Ele não hesitava a nenhum momento.
A puxou, para mais e mais longe de John. Se enfiando mata a dentro.
***
- Para onde está me levando? - Ela exigiu.
Ele apertou mais o seu braço. Ela se retorceu. Chorou.
- Preciso voltar para ver se ele está bem. - Ela disse.
- Calada. - Ele gritou.
Tess estava fora de si, chorando muito, sua cabeça doía.
Ela tinha que se recompor, pensar com clareza.
Caçador. Espingarda. Oque devo fazer? Pensou.
Ela andou mais de pressa, para que ela deixa-se de ser arrastada.
- Quem é você? Oque estava fazendo na floresta? Antes de me encontrar?
- Você está fazendo perguntas demais.
- Por favor. Só me responda quem você é.- Aland. - Ele disse.
Ela tentou absorver todas suas características.
Alto, forte, cabelo castanho claro, olhos esverdeados. Voz estrondante, uma pequena cicatriz em sua linha do maxilar.
Tatuagem. Uma no seu pescoço exposto. Oque era aquilo? Uma picareta? Quem tatuaria uma picareta no pescoço? Um maluco.
- Você está me olhando de mais não acha?
- Pra você ou eu estou falando demais, ou te olhando demais. Não se preocupe, se me deixar ir não vou te entregar para a Polícia. Eu e John, nem ao menos temos telefone. Me deixe ir.
- Como você pode morar no meio da mata de Oklahoma com um velho?
- Ele me achou. Quando eu era pequena. Cuidou de mim.
- Nome? Tess? É esse o seu nome?
- Para que quer saber meu nome? - Ela enxugou algumas lágrimas.
- Diga o nome. - Ele gritou assustando Tess.
- É Tessy, Tessy Savannah.
- Porque me é familiar?
- Eu não sei.
Ela mentiu. Obviamente ele tinha ouvido o nome dela anos e anos nos canais de notícia. Se ela dissesse que se perdeu quado pequena em um Acampamento de Verão ele iria se lembrar da matéria, iria levá-la até a cidade mais próxima, pedir uma recompensar e entrega-la a sua família.
E tudo oque ela queria nesse exato momento era John.
- Diga porque me é familiar. - Ele a sacudiu.
-Sou uma garota prodígio, participei de programas de televisão.
- Morando na mata?
- Não, antes. Antes de John.
- Garota Tessy Savannah, um prodígio que se perdeu dos pais. Morando com um velho louco no meio da mata em Oklahoma.
Em tão poucas palavras Tess percebeu que ele narrou toda sua história, sua vida. Quão superficial ela era?
- História de filme? - Ele perguntou.
- Me deixe ir. - Ela murmurou.
- Acampamento de Verão, como era mesmo o nome?
Tess sentiu sua cabeça revirar. Ele sabia. Ele iria leva-la. Ela se arrepiou. Sua respiração acelerou.
- Algo com W. Wil ... Wilker? - Ele agora sorria, porque esse sorriso parecia um veneno ao olhar de Tess?
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O Colecionador de Borboletas
Mystery / ThrillerCom poucos flash backs de sua própria família, uma menina cresce com medo de seu futuro, mas também com muito amor. Tess, era apenas uma criança comum, passando o verão com sua mãe, mas uma vida comum não era o suficiente para ela se achar no mundo...