O Sol ainda não havia nascido, mas não faltara muito. O clima era estável e Tess agradeceu por isso. Sophie já havia tirado os sapatos " Eles estão me machucando " fora oque ela dissera. Tess agradeceu a Deus por ele ter mandado alguém para ajudá-la. Tess reconhecera que Sophie estava mesmo se arriscando por ela, oque diria todos quando soubessem que uma infermeira ajudara uma adolescente a procurar por um insano, que aliás é fruto da mente dela, porque não é possível existir um homem na mata de Oklahoma que cuidara de uma criança.
Sophie era boa demais. Tess não quis se perguntar o porque, só pensava agora em encontrar John.
- Como vamos encontrar? - Tess se perguntou em voz alta.
- Você não se lembra de como e por onde passou com Alland?
Tess forçou seu cérebro à pensar. Ela tinha que se lembrar.
" - Oque vai fazer? Me levar para minha família?
- E não se esqueça da recompensa.
- Não há recompensa. Sofisma passa-se na sua cabeça se acha que tem recompensa.
- Sofisma? - Ele arqueoou novamente as sombrancelhas.
- Engano.
- Estou falando mesmo com uma garotinha?
- Já disse, prodígio, não se lembra?
- Já sei.
Ele pegou novamente nos braços dela. E a arrastou.
O sol brilhava, não estava muito quente, mas já fazia meia-hora que eles estavam andando.
- Quanto tempo mais? - Ela pergunta.
- Seria mais rápido se você parasse de tentar fugir.
- Eu pararia de fugir se você me deixa-se ir. Já disse que não há recompensa. "
Não adiantou. Eles simplesmente andaram por entre as árvores, assim como as duas estavam fazendo agora. O cérebro de Tess não tinhas informações o suficiente e foi isso oque ela disse para Sophie. Elas continuaram andando, em meio ao silêncio, as vezes Sophie perguntava algo, Tess respondeu, " Eu não sei porque ele fez isso, ele me desmentiu na frente de todos, não sei como ele foi capaz daquilo, ele é tão falso. Ele viu John, não só viu, bateu me tirou dele. Agora ele finge que John não existe. Mas oque mais intriga é o porque dele fazer isso. Quer dizer, isso não tem motivo. Afirmar que John existe não mudaria nada. ", Sophie discordara, ela dissera que talvez se ele confessasse, alguém iria atrás do John, mas de qualquer forma ela concordou que isso não tinha um sentido.
Em uma outra pergunta à Tess, a garota respondeu, " Ela nos deu carona em seu carro, ela me reconheceu dos jornais mais rápido que Alland. Não a vi depois que cheguei no hospital, não sei se ela continuou lá porque queria dinheiro. " Sophie interrompeu perguntando sobre oque era esse dinheiro, Tess disse, " Eu disse a Alland que não tinha recompensa, ele não liga muito para oque eu digo, não é mesmo? Mas a Eva, bom eu não ouvi Alland dizer nada sobre a recompensa para ela, acho que ele quer o dinheiro só para ele. Talvez ela só ajudou Alland pensando que estava fazendo o certo para alguém. "
Tess começou a ver algumas borboletas, elas voavam de uma flor para outra, passando entre os matos, árvores e ervas daninhas.
- Me diz Tess, porque ele colecionava borboletas?
- Eu não sei, talvez ele se sentia um pouco sozinho, Sarah o deixou, não sei se houve outras, mas talvez a coleção fizesse bem para ele. Mas está tudo bem, ele parou.
- Você ainda não me disse quem é Sarah.
Tess se lembrou de ter dito o nome Sarah para Sophie, mas não havia dito quem de fato era. E na verdade ela não sabia se deveria dizer, Sophie estava se mostrando uma ótima pessoa e estava ajudando, mas isso não quer dizer nada. Tess não queria que a ruiva pensasse que John sequestra todas as garotas que pode. Ele não era assim, mas Sophie não sabia disso e poderia de alguma forma interpretar isso de uma má maneira.
Tess mudou de assunto resolvendo que não diria mais esse nome.- Fiquei surpresa quando você se ofereceu para vim comigo, me pergunto o porque.
- Isso é errado. Você não pode se enfiar mata a dentro, ainda mais sozinha. Quando as autoridades me perguntarem porque fiz isso, vou responder que a ideia foi melhor que deixar você ir sozinha.
- Você faz isso com todos pacientes? - Tess queria que essa pergunta ficasse vaga, como uma retórica, mas se surpreendeu com Sophie.
- Você não é uma mera paciente Tess.
***
Havia se passado algum tempo.
Tess sentiu o cheiro, e apenas isso foi no suficiente.
Ferrugem e flores.
Ela sempre amara o cheiro mas dessa vez ela chegou aos prantos. Sim ela chorava, estava tão feliz agora. Isso significava que estavam mais perto do que imaginavam, John estava ali e o mais importante é que ela estava ali. Ninguém poderia impedi-la.
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O Colecionador de Borboletas
Mystery / ThrillerCom poucos flash backs de sua própria família, uma menina cresce com medo de seu futuro, mas também com muito amor. Tess, era apenas uma criança comum, passando o verão com sua mãe, mas uma vida comum não era o suficiente para ela se achar no mundo...