O Colecionador de Borboletas

Capítulo 16 - Covarde

Quando já não havia mais árvores,  Aland arrastou Tess por meio dos matos.

Ela pode ver que assim que acabava a mata, tinha uma pista.

Com pouco movimento. Ela viu alguns automóveis passando, uns que ela nunca tinha visto. Ela reparou que agora as coisas estavam diferentes,  levando em conta que ela ficou sete anos no lugar seguro com John.

Ela foi andando até a pista com Aland.

Ele pediu carona para um motorista,  que para falar a verdade nem olhou para eles.

Depois do que parecia cinco minutos,  um outro carro entrou no campo de visão.

Esse era prateado. Uma mulher se encontrava no banco do motorista.

Aland fez sinal com a mão.

O carro parou um pouco à frente deles.

Arrastando Tess, Aland foi até o carro.

- Olá senhora.  - Ele disse tentando parecer simpático. - Você poderia nos dar carona?

A senhora que não era muito velha,  de cabelos cor de castanho escuro e olhos castanhos claros disse :

- Oque é isso em sua mão?  Uma espingarda?

Oque? Aland havia esquecido da espingarda?

- Não se assuste - Ele disse - sou um caçador. A senhora pode coloca- la em seu porta-malas.

A senhora saiu do carro e foi para a parte de trás. Aland entregou à ela a espingarda que por sua vez a colocou no porta-malas.

A senhora olhou para Tess.

- Oque você está fazendo com essa garota?

- Ele me sequestrou.

- Encontrei. - Disse Aland limpando a garganta.  - Você se lembra? Tessy Savannah, a garota que se perdeu de sua mãe no acampamento de verão Wilker há sete anos atrás.

- Agorta prodígio?  - Perguntou a senhora.

- Isso - Aland disse sorrindo.

- Ele me sequestrou senhora. Ele está mentindo, como ele me acharia se nem mesmo o Estados Unidos achou?

A senhora passou as mãos no cabelo de Tess.

- Não acredito que é você. Ha meu Deus! Você precisa voltar pra sua família, ir a um médico.

- É isso oque vou fazer senhora. - Disse Aland.

- Ele só quer a recompensa.

- Vamos, vamos entre - Disse a mulher empurrando Tess para dentro do carro.

- Como a encontrou? - Perguntou a mulher ao Aland.

Tess já não estava mais prestando atenção na conversa quando Aland começou a falar. Ela se focava em outra coisa agora. Como seria reencontrar sua família? Ela sempre sentiu falta. Mas ela na verdade não pensava muito sobre isso com John. Ela não sabia oque iria fazer ao ver sua mãe. Na verdade ela nem sabia se queria ve-los.

Encostou sua cabeça no vidro do carro.

Como estará John? Será que ele estava machucado? Teria ele levantado? Ele iria a trás dela? Seria bom isso? Seria bom John se expor? Eles teriam que entender, o EUA e sua família, teriam que entender que ela agora queria ficar com John e só isso. Se pudesse agora mesmo ela voltaria. Foi ele que criou ela. Quem aceitou ela do jeito que ela é. Queria poder saber oque ele estava fazendo nesse exato momento.

Ela levou suas mãos aos olhos e secou as lágrimas. Tudo ficaria bem,  ninguém iria obrigar ela a fazer oque ela não queria.

Esfregou suas têmporas.

Ela começou a observar oque tinha do lado de fora da janela. Eles estavam entrando em uma cidade. Ela tentou reconhecer mas não adiantou,  Eles já haviam passado da placa informativa. E ela não queria, e não iria, falar com nenhum dos dois.

Ele, Aland, apenas queria a recompensa. Ela, como ela dissera que era mesmo seu nome? Eva? Bom,  Tess ainda não sabia oque ela queria,  provavelmente uma parte da recompensa, Talvez cinco minutos na televisão, aparecendo como aquela que deu carona para a garota desaparecida.

Tudo parecia superficial para ela agora.

Depois do que parecia ser 10 minutos após entrarem na cidade, eles pararam o carro em frente ao um prédio muito grande. Hospital.

Eva saiu do carro e Aland abriu a porta para Tess.

- Venha - Ele disse estendendo a mão para ela. No mesmo momento se lembrou de John, ele que dizia isso para ela. E agora era só um um qualquer querendo dinheiro.

- Não vou descer. - Ela disse. Seus olhos ardiam.

- Como não vai descer? Venha logo Tess.

- Já disse que não vou descer.

Eva se abaixou para que pudesse olhar nos olhos de Tess, que ainda se encontrava dentro do carro.

Eva pôs suas mãos no colo de Tess.

- Você tem que ir. - Disse ela querendo ser gentil. Não. - No caminho liguei para a Polícia, em breve eles estarão aqui, Junto com sua família.

Ligou? Tess não viu ela ligando.

- Quem você acha que é? Acha que vai me convencer? 

- Sem mais conversas Tessy. - Aland a pegou pelo braço,  assim como havia à pegado antes. Desta vez com mais força, mais velocidade, ele a machucou.

Tess gritou de dor.

Ele a arrastou,  sem ligar para sua dor.

Oque ele havia feito? Tess se perguntou se ele não havia deslocado o braço dela.

- Você está me machucando.

As pessoas do lado de fora do prédio os olhavam, se perguntando o motivo que ele tivera para arrastar uma garota até o hospital.

- Sem gracinha Tess, vamos logo. Seja uma boa garota.

Tess sabia que ela não conseguiria mais fugir. Não estando onde ela estava. Então ela cedeu,  foi com Aland até a entrada do hospital,  sendo assim uma covarde indecisa.