Dizer o nome da garota alto e claro, fez uma onda passar por Tess, uma onda de sentimentos, mas ela não saberia de qualquer forma como descreve-los.
A ideia de procurar Sarah parecera um pouco ridícula, pelo oque John havia dito, Sarah era mais velha que Tess quando estava com ele, então agora ela poderia ter qualquer idade. Tess não tinha um sobrenome para Sarah, nem ao menos o nome do estado onde vivia a garota. Ela pensara em outras coisas que ela poderia recorrer, mas tudo parecia distante e inalcançável, não poderia ela fugir do hospital e procurar mata-a-dentro por John. Ela também não poderia pedir para que fizessem isso. - Pelo simples fato de que não iriam. Então por um breve momento ela realmente fantasiou que poderia encontrar Sarah, pedir ajuda, e ela enfim confessaria que John existe.
Mas outra coisa veio em mente, Sarah havia fugido de John, porque ela o ajudaria agora? Na cabeça dela ele era um psicopata, não?
Tess se odiou por ter uma ideia idiota e por dizer-la em voz alta.
E agora Sophie não parava de perguntar.- Você vai me dizer quem é Sarah? - Ela disse. - Já perguntei cinco vezes. Me diga.
Ela protestava, mas Tess dizia somente não. Ela não poderia ir atrás de Sarah, ela simplesmente não se importava com John, oque - na cabeça de Tess - já era suficiente para afastar-se dela.
Então oque mais poderia fazer?- Tess, não vou insistir mais, tudo bem, você não quer dizer. Mas se quer realmente fazer algo produtivo e um dia encontrar John, você vai ter que aceitar as coisas, começar a esquecer que não conhece sua família, se esforce um pouco. Não estou tentando mandar em você, mas no momento essa é a coisa certa a se fazer. Não precisará ser um anjo, seja simplesmente passiva. Que tal?
No primeiro instante Tess pensou que Sophie estava tentando preciona-la, mas logo depois ela pensou que ela poderia estar certa, ela não sabia como encontraria John estando em Denver, mas certamente não encontraria ele estando em um Hospital.
A ideia de sair de Oklahoma para Colorado fez ela se arrepiar, de um jeito não muito saudável, John estaria esperando ela, ele esperaria ela a qualquer momento e adiar isso seria crucial para ele, sair do estado pareceu loucura. Tess tinha 14 anos, ela não mandava em si, ela tinha que ir com os estranhos que são família de repente.
E então surgiu hipóteses que ela poderia fugir do Hospital, ela poderia sair dali, e perguntar a qualquer um onde ficara a mata, ela tinha apenas mais uma noite em Oklahoma, não seria total desperdício passar ela procurando por John.
Ela tentou pensar em como faria isso, mas ela não tinha experiência e nem ao menos conhecia o hospital. Poderia ela simplesmente sair pela janela a noite quando ninguém estivesse lá. - Pareceu uma ideia simples, mas tudo valia.- Oque tanto pensa e não diz Tess? - Perguntou Sophie com a voz delicada de uma ruiva.
Tess não respondeu, ela poderia pedir ajuda para fugir dali. Não, Sophie não faria isso, não ajudaria uma paciente fugir do Hospital. E de repente isso era tudo oque Tess era, uma mera paciente.
***
Quando já eram 20:00 Tess perguntou.
- O movimento é muito intenso aqui Sophie?
Sophie agora dava mais uma dose diária de remédio para Magali. Ela ainda não havia dito nada, Magali simplesmente ficava deitada o dia todo, ela só dormia, e ficava olhando para o teto. Tess percebeu que ninguém a visitara.
- A noite as coisas ficam mais calma, não há muita emergência. Apenas pacientes internados.
- Você trabalha muito a noite? - Tess precisava de informações, para que seu plano desse certo, mas ela também precisa ser sutil para que Sophie não percebesse o interesse repentino que Tess ganhou na vida de quem trabalha em hospitais.
- Um pouco. Mas não vou passar a noite aqui.
- Você tem uma família Sophie?
- Mas é claro.
Mas é claro que ela tinha, com certeza havia uma mãe dedicada, um pai rabugento e julgar pela beleza de Sophie, com certeza havia um namorado, mas ela não carregava nenhum anel nas mãos. Apenas Tess era uma bastarda, não espera, ela tinha uma família, John.
- Vive com eles? - Tess perguntou.
- Não, na verdade moro sozinha, gosto de ficar sozinha no pouco tempo livre que tenho.
- Hum. - Ela disse com pouco interesse, já que o que importava ela já havia descoberto. O hospital era calmo e com pouco movimento a noite. Tess fugiria. Sim ela decidiu que fugir para mata era mais útil do que ficar de mãos atadas vendo todos irem contra ela. Com um pensamento rápido ela foi arrumando as ideias em um plano decisivo. Assim que Sophie terminasse de servir a janta, ela perguntaria se Sophie já ia embora, ou se ela ficaria mais um pouco. Oque daria a ela a chance de olhar pela janela e vê se era muito longe do chão. Na verdade ela não se lembrara se tinha subido elevadores ou escadas para chegar ao quarto. - Isso por a usa do choro e pânico que garota sentira.
Quando os pratos da janta foram levados do quarto por uma senhora, a mesma que os trazia, Tess perguntou à Sophie.- Já vai embora? Você não pode ficar essa noite? - A última pergunta foi só uma garantia de que Sophie não desconfiaria.
- Não posso Tess, já estou indo, vou ter que passar no supermercado de qualquer forma, tenho que ir antes que feche. Então tchau.
Ela veio até Tess e deu um beijo em sua testa, como fazia de costume. Tess viu ela fechar a porta e em seguida se levantou.
- É melhor você não dizer a ninguém oque eu estou preste a fazer. - Ela disse para Magali - Mas tudo bem, acho que não devo me preocupar com isso, não é?
Ela passou da cama de Magali e foi até a janela. Ela com certeza estava no segundo ou terceiro andar, o parapeito era Largo, mas ela nunca faria isso, então seria que ser do jeito tradicional.
Ela se livrou da coisa horrível que se vestia. - Aquela roupa cujo o nome havia se esquecido, onde a coisa é apenas um pano com uma cordinha, e que em hospitais ou você usa ou você usa.
Enfiou-se em uma blusa preta de mangas compridas, calça jeans e um tênis, qual ela nunca tinha visto antes. - As roupas foram trazidas por Gracy e Allan, que por sinal acertaram o número da garota.
Ela prendeu os longos cabelos ondulados em um rabo-de-cavalo, e percebeu ela que suas raízes estavam em um tom de castanho meio ruivo, já o resto do cabelo em um castanho bem claro. Ela se conformou que aquilo era culpa do Sol, talvez seu cabelo fosse mesmo um castanho meio ruivo e ela não tivera percebido por conta do sol queimando todo o cabelo ao ponto de deixa-lo claro ao longo destes anos, e como passara três dias inteiros dentro de um quarto o cabelo finalmente poderia ser do tom que era naturalmente.Ela foi até a porta e à abriu. Olhou para os dois lados, os corredores estavam vazios, legal. Ela voltou para dentro do quarto, pegou uma garrafa de água, a qual Sophie sempre deixara, pegou também os comprimidos para dor de cabeça e foi até a cama de Magali.
- Sei que você não é de falar muito, mas será que tem uma lanterna dentro dessa bolsa aí? - Tess sabia que isso fora mais como uma pergunta retórica, aquela senhora não falava nunca mesmo.
Conformada de que não encontraria uma lanterna ela saiu do quarto.
Foi em direção ao lado esquerdo, até porque o direto a levaria para as janelas, foi isso que ela tinha visto do corredor.
No final do corredor esquerdo havia duas portas uma sem placa na outra lia-se " saída de emergência ", ótimo, ela agradeceu a Deus mentalmente e abriu a porta. Acendeu as luzes em um interruptor e pode ver as escadas, ela decidiu que descer rápido era a melhor escolha, então ela foi, não tinha muita habilidade em descer escadas mas correu o máximo que pode , e em corridas ela não era boa, digamos que era excelente.Ao chegar no último degrau não acreditou que tinha conseguido. A sua frente havia uma porta, essa era vermelha ela a abriu com um rangido.
Do lado de fora do predio ela sentiu o vento soprar. Aquilo era tão novo para ela, ela estava livre, finalmente, em uma rua desconhecida com pessoas desconhecidas, a quanto tempo não sentira isso? Sete anos, para ser precisa. A noite tinha estrelas e digamos que Oklahoma era bem iluminada. Quando saiu de perto da porta um casal de namorados à encarou. Rapidamente ela disse.
- Estava procurando minha mãe, com certeza ela não está aí dentro. - Ela sorriu para eles.
- Ela talvez esteja dentro do hospital. - Disse a garota loira.
Ela sorriu de volta para a garota, se virou indo ao contrário deles, tudo oque ela não desejava era encontrar sua mãe. Então ela se enfiou noite a dentro.
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O Colecionador de Borboletas
Mystery / ThrillerCom poucos flash backs de sua própria família, uma menina cresce com medo de seu futuro, mas também com muito amor. Tess, era apenas uma criança comum, passando o verão com sua mãe, mas uma vida comum não era o suficiente para ela se achar no mundo...