Capítulo 17 - Nostalgia

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- Eu não acredito!

Foi isso que Tess escutou antes de abrir os olhos. Sentia seu corpo e sua mente exaustos, ela agora se encontrava deitada, e ela só queria ficar assim por um bom e longo tempo.

Uma de suas pálpebras abriu primeiro que a outra, quando as duas estavam abertas, ela sentiu a luz queimar seus olhos. Rapidamente ela os fechou, esfrego-os um pouco com a mão, e então se desafiou a abrir mais uma vez.

Assim ela o fez. Abriu os olhos.

A primeira vista foi a lâmpada,  branca,  forte e que iluminava toda a sala, não, quarto. Ela olhou em volta estava ela em um quarto de hospital.

A primeira figura a se formar foi um senhor. De cabelos brancos olhos azuis e se vestia todo de branco. Um médico, ela reconheceu pelo jaleco usado por ele - pelo menos isso não havia mudado de sete anos pra cá.

- Tess?  - Ele perguntou.

Ela se virou um pouco mais para o lado,  para ver quem mais estará ali.

Uma mulher. Essa com uma maquiagem forte demais para seu cargo, que provavelmente era de enfermeira, seu coque se desfazia atrás de seu pescoço, um coque de cabelos ruivos, e Tess viu que ela era bonita.

- Sim. - respondeu.

- Eu não posso acreditar. - Disse o senhor incrédulo mais uma vez.

- Sim é ela Dr. - Disse a infermeira.

Eles estavam mesmo discutindo sobre quem ela era? Era tão fácil dizer.

- Tessy Savannah.  - Ela disse em um farfalhar.

- Sim. - O senhor passou sua mão pela cabeça de Tess. Suas mãos tremiam e era muito enrugada.

Uma lágrima brotou do olho esquerdo de Tess - Oloque segundo cientistas significa que o choro é de dor - dando lugar a mais lagrimas.

Ela estava no hospital agora. Sobre os cuidados de médicos e Aland.

Ela queria agora poder dizer oque sabia. Dizer e se livrar do fardo. Dizer que Aland não queria o bem dela,  que ele era um idiota que... ai. Ela sentiu seu ante-braço direito doer.

Se virou para o lado e viu que nele,  agora, tinha uma facha enrolada em volta. 

A infermeira lhe deu um sorriso.

- Vai ficar tudo bem. Isso não foi nada.

- Me conte Tessy. Como conseguiu? - Disse o Dr.

Ele queria mesmo saber? Então lá vai.
- Com dois anos de idade minha mãe descobriu que eu era uma garota prodígio. Nos mudamos do Maine para o Colorado. Entrei na melhor escola do estado. Participei de mais concursos do que posso me lembrar. Eu era a estrela da escola. Pelo menos era para os professores, os alunos me odiavam,  sofri muito bullyng por estar adiantada na escola. Os outros sempre me olhavam com nojo no olhar. Minha família nunca percebeu isso, eu odiava minha vida, por eu ter que ser oque eu não era,  por conta disso eu não tive amigos. Me mandaram, junto com minha mãe,  para um Acampamento de Verão cujo seu nome era Wilker. Eu era estranha, mesmo estando entre pessoas novas. Cometi o erro de apostar corrida,  porque sou boa nisso. E no meio da trilha acabei me perdendo de todos, o garoto que estava apostando comigo,  Philip, conhecia o acampamento e saiu correndo para o final da trilha. Eu corri, mas não achei nada. Então fiquei esperando no meio da mata de Oklahoma para alguém me achar. Ele me achou. Me levou para o lugar seguro. Ele cuidou de mim, me ensinou coisas novas, e eu ensinei a ele como amar. Ele me amou,  do jeito estranho que sou. Ele foi minha família por sete anos. E então um caçador, Aland, me tirou dele, ele o machucou  e me arrastou até aqui. - Nessa hora Tess estava aos prantos,  Ela respirou fundo para pegar ar quando terminou de falar.

O Colecionador de BorboletasOnde histórias criam vida. Descubra agora