Depois do jantar com John, Tess tomou banho e se sentou no colchão de seu quarto monótono.
Ela queria saber agora mesmo oque se passava pela cabeça de sua mãe.
Tess agora só queria dizer a sua mãe que ela estava bem, que não precisava se preocupar, pois ela estava segura, nada de mal poderia acontecer com ela, não enquanto ela estava com John.
Queria poder dizer a sua mãe que John era maravilhoso, se importava com ela, super protetor, e de um carinho surpreendente.
Ela agora queria agradecer a Deus, por John a ter encontrado. E não um maluco qualquer.
Ela fechou seus olhos. Não sabia rezar. Sua mãe nunca fora de nenhuma religião.
Mas ela tinha que agradecer.
- Não sei como fazer isso. - sua voz estava roca. E sua garganta arranhava. - Mas sei que o senhor pode me ouvir. - de repente sentiu uma lágrima rolar embaixo dos seus olhos. - E eu só quero agradecer, então obrigada. Muito obrigada por John - uma de suas lágrimas ficou presa em sua cozinha na bochecha. - Eu não sei onde estou. Algum lugar em Oklahoma, suponho. Mas também não sei oque fazer a respeito. Mas só quero agradecer por ter John cuidando de mim. Obrigada Deus.
Seus olhos, agora marejados, se abriram. Mais lágrimas escaparam deles.
As enxugou com as palmas da mão e se levantou. A porta estava aberta. John não havia voltado de seu "quarto" depois de ela ter ido tomar banho.
Pos o pé esquerdo e descalço para fora da porta. E então o outro. Dentro da sala de John, ela partiu para a porta de madeira.
Abriu com um rangido, mas John não estava lá.
A porta onde ela pensou ter ouvido o chegar de John, agora estava aberta.
Ela suspirou.
Devia ir até lá fora? Ela não sabia a resposta.
Mas na verdade não sabia de nenhuma resposta.
Tomou um gole de coragem, um que ela nem sabia ter guardado, e foi em direção a porta.
Tudo lá fora era erde. Árvores centenárias, - as quais Philip havia apontado - grama verde se propagando por todos os lados. Ela ainda está a na mata. Mas ainda em Oklahoma? Estava perto do Acampamento de Verão Wilker?
- John? - ela o chamou.
Olhou para além da porta, e depois para baixo, havia dois degraus de madeira, os que levava para a grama. A grama de verdade, o solo verdadeiro.
Posicionou um pé primeiro, com cuidado, outro e depois desceu mais um degrau.
- John? Onde você está?
Pisou na grama viva - ela não gostava de ar livre, mas que maravilha era pisar na grama.
Sentiu sensações verdadeiras ao tocar de sua pele na grama. Era tão diferente de tocar a madeira.
- Tess?
Ela ouviu ele a chamar. Olhou para o lado ao som de sua voz.
Ele estava usando um chapéu de pescaria, se lia CatFisher nele. Uma rede em uma das mãos e nela havia duas borboletas. Grandes. Ela se perguntou se não eram mariposas.
- Oque está fazendo aqui fora?
Sua boca se contraiu, preocupação correu em seus olhos. E começou a caminhar em sua direção.
- John, porque não posso vir aqui?
- Você não pode fugir.
Essa era a preocupação dele?
- Não vou. - Ela foi sincera.
Ele começou um choro, um choro surpreendente.
- Você vai me deixar. Vai voltar para sua mãe.
- Não John. - Ela diminuio a distância entre eles - Prometo que não vou fazer isso. Não vou te deixar. Não posso.
Ele caiu de joelhos, seu choro ficou alto e isterico.
Com as mãos em seu rosto ela o puxou para um abraço.
- Você precisa de mim, não John?
Ele acentiu.
- Pois então, não vou ir embora. Você terá que me mandar embora, do contrário não vou.
Ele a abraçou forte, como se ela fosse oque o prendia na Terra. Como se a gravidade já não mais importasse.
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O Colecionador de Borboletas
Mystery / ThrillerCom poucos flash backs de sua própria família, uma menina cresce com medo de seu futuro, mas também com muito amor. Tess, era apenas uma criança comum, passando o verão com sua mãe, mas uma vida comum não era o suficiente para ela se achar no mundo...